Teyonah Parris, Monica Rambeau em “WandaVision”, fala sobre a importância do futuro de sua personagem na Marvel

“WandaVision” se tornou um grande sucesso, não só por ser um dos programas com maior audiência dos últimos tempos, mas também pela importância da narrativa na construção dos próximos conflitos da chamada “fase 4” do universo cinematográfico Marvel (MCU). Entretanto, a história não é importante apenas por conta de Wanda Maximoff, a feiticeira Escarlate, já que outra personagem tem sido fundamental na narrativa e formação de protagonistas dos próximos longas. Monica Rambeau promete balançar as estruturas e a atriz que lhe interpreta, Teyonah Parris, falou um pouco mais sobre sua importância na Marvel, em entrevista exclusiva à revista Variety.

Atenção: esse conteúdo pode conter alguns spoilers, então se você não está acompanhando “WandaVision” no Disney+ e prefere ficar sem saber dos detalhes por enquanto, melhor deixar essa matéria para depois.

A série do Disney+ tem apresentado aos espectadores a filha de Mary Rambeau, personagem que ficou conhecida pelos fãs de Marvel quando foi apresentada como a melhor amiga da Capitã Marvel. Juntas, as duas pilotavam helicópteros. O seriado mostra que Mary criou a “S.W.O.R.D.”, serviço secreto como a “S.H.I.E.L.D.”, e sua filha, Monica, cresceu e virou uma verdadeira agente.

Quando entrou no universo de Wanda, Monica acabou sofrendo uma transformação da energia chamada “Hex”. Desde então, os fãs mais assíduos de Marvel perceberam que se trata do nascimento de uma heroína, visto que Rambeau provavelmente se tornará uma mulher de poderes, chamada “Fóton”. A personagem provavelmente integrará a nova geração de protagonistas da quarta fase da Marvel, sendo a primeira mulher negra a conseguir esse espaço nos filmes da franquia.

Durante a entrevista, Teyonah afirma ter conversado com o Matt Shakman, diretor da série, sobre a inclusão da sua personagem em relação ao período histórico da comédia norte-americana abordado nos primeiros episódios: “Tentamos encontrar o equilíbrio entre o que sabemos ser verdade – na história das comédias americanas esses personagens negros foram deixados de lado ou empurrados para trás – e o que também é real neste mundo (fictício). Há um aspecto disso que tive que me virar para ser fiel ao período de tempo. Mas o que eu amo é que conseguimos ver a evolução de onde as mulheres negras têm vivido nesses espaços”.

“Assim que ela vai desse lugar marginalizado para os dias modernos, Monica assume o comando e tenta conduzir essa investigação de uma forma empática, com compaixão e compreensão, percebendo que Wanda está de luto. Isso acontece enquanto a própria personagem lida com a dor por ter perdido sua mãe”, completa.

Teyonah também falou sobre ser a primeira heroína negra nos filmes da Marvel: “Não é segredo para nenhum de nós que não é sempre que vemos negros interpretando super-heróis, mas particularmente as mulheres negras. Eu diria que houve uma quantidade desproporcional de homens para mulheres, e isso está em tudo na vida, se formos honestos. Então, ser uma super-heroína negra é realmente emocionante para mim porque, especialmente neste contexto, estar em um programa onde você está na casa das pessoas, dá a oportunidade de verem essa mulher negra e sentir empatia por ela. Eles começam a se envolver com sua humanidade. E eu acho que isso é tão importante para jovens negros (ver pessoas que se parecem com eles em programas assim)…”.

A atriz já foi confirmada em “Capitã Marvel 2“, em que provavelmente os espectadores terão a chance de ver ambas as artistas, Akira Akbar e Teyonah, interagindo com a heroína interpretada por Brie Larson em suas versões criança e adulta, deixando mais explícito esse crescimento da personagem e relação com a heroína do filme anterior.