A adolescência nem sempre é um período fácil. São tantas mudanças, dilemas e questões que aparentemente ninguém entende que alguns jovens optam por práticas autodestrutivas na tentativa de aliviar algum tipo de dor, tanto física, quanto psicológica. A automutilação é uma delas: o costume de se auto cortar principalmente na região dos pulsos. Vamos entender melhor sobre isso?
A psicóloga Elisa Bichels explica que a automutilação tem base psicológica, biológica e comportamental, onde a pessoa busca, de maneira desajustada, reequilibrar as emoções à força. “Uma tentativa de aliviar momentaneamente uma angústia ‘enorme’, uma dor psíquica intensa, vivenciada naquele momento”, explica ela.
Nem sempre a automutilação é o início. A depressão e a ansiedade podem ser os precursores desse problema. Se automutilar pode se tornar um vício pela descarga de endorfinas que são liberadas na hora do corte. Sendo assim, isso pode se tornar algo repetitivo e habitual.
Saia já dessa!
Nem sempre é fácil confiar seus problemas a outras pessoas. Mas o primeiro passo para sair dessa e parar de ter esse comportamento que só machuca e te deixa ainda mais culpada é falar sobre seus sentimentos com alguém que possa te entender. Essa pessoa pode ser um amigo, seus pais, familiares, ou principalmente um psicólogo, enfim, alguém que possa estar por perto e te ouvir. Isso ajuda muito!
Pedir ajuda vai fazer com que você adie ou deixe de lado o ato, porque você vai dividir sua dor. Se permita pensar que é capaz de passar por tudo isso, que você é forte e que nada é para sempre, isso vai passar! “Você conseguirá ser um pouco mais forte que a dor. Você é capaz de ganhar dela!”, esse tem que ser seu lema!
Outra dica da psicóloga Elisa é deslocar o comportamento agressivo intencionalmente. “Ao invés de machucar-se, morda o travesseiro, soque a parede, grite, vá correr na rua sem parar por meia hora. Faça algo que possa te trazer algum alívio momentâneo e consiga te distrair apenas naquele instante”, aconselha.
Procurar cumprir metas a curto prazo também pode ser uma boa opção. Aos poucos, dando um passo de cada vez, você logo se verá livre dessa angústia. Você tem que reagir a esse impulso da automutilação dando um passo por vez. Lembre-se: você é capaz de vencer isso! Nada pode ser mais importante do que sua saúde e sua vida.
Stay Strong
Um dos maiores exemplos de superação é a diva Demi Lovato. A cantora passou por alguns distúrbios, entre eles, praticava a automutilação como forma de aliviar suas dores. “Algumas vezes eu estava tão ansiosa, que sentia como se estivesse deixando meu corpo e que se eu não fizesse algo para parar isso, iria explodir. Eu me automutilava para tirar a minha mente dessa ideia.”, contou ela.
Depois de procurar ajuda, ela conseguiu sair dessa e tenta, até hoje, ser um exemplo para outras pessoas que passam por isso. Nos seus braços, a gata tatuou a frase “Stay Strong”, que significa “Fique Forte”. Ainda é possível perceber, abaixo da tattoo, algumas cicatrizes dessa época bad de sua vida.
Umas das formas para se livrar do comportamento autodestrutivo foi a meditação. “Eu sempre tiro um tempo para cuidar de mim e medito. Tenho que trabalhar isso todo dia. E sou lembrada disso toda vez que me sinto triste”, disse. Quem sabe esta prática não pode ser boa para você também?
Consultoria: Elisa Bichels, psicóloga.
A automutilação pode ser causada pela ansiedade. Confira algumas dicas para se livrar dela:
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