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Como lidar com ansiedade no retorno das aulas presenciais?

Crédito: Shutterstock

Nesta quarta-feira (13) o governo de São Paulo anunciou a presença obrigatória dos alunos nas escolas estaduais e privadas a partir da próxima segunda-feira (18). Vale ressaltar que muitas escolas já estavam funcionando em esquema rotativo, com a ida presencial sendo optativa.

Apesar do uso de máscara continuar obrigatório, o distanciamento de um metro entre os estudantes vai deixar de ser exigido no dia 3 de novembro.

Depois de um ano em casa, mudar a rotina assim repentinamente pode ser um choque e tanto. Apesar do retomada trazer a alegria em rever os amigos e diminuir a sensação de confinamento, vários psicólogos observaram um grande número de jovens muito preocupados. Às vezes, até apresentando sintomas fóbicos (medo excessivo) por estarem em locais com muitas pessoas.

Em conversa com a TodaTeen, a psicóloga Rosângela Casseano, criadora do PsicoPass, aponta as principais causas dessa angústia e como lidar com a ansiedade especialmente nesse momento.

Fatores que aumentam a ansiedade

A pressão dos pais e responsáveis em relação ao futuro profissional, o ambiente comparativo da internet e o próprio contato físico com outras pessoas são alguns fatores que abrem portas para sensações de sufoco.

“Pais e tutores estão sempre lembrando da importância da escolha para carreira profissional e uma necessidade de escolher rapidamente uma profissão. Porém o mercado de trabalho mudou e nem sempre a escolha da faculdade significará que o jovem terá que trabalhar exclusivamente na área de escolha acadêmica. Outro fator gerador de ansiedade, sem dúvidas, é a internet. A vida de algumas pessoas nesse meio são retratadas como se tudo fosse fácil, mágico e perfeito, promovendo muita comparação e angustia para quem acompanha”, explica.

Online X Presencial

Desde que as aulas presenciais começaram a voltar, em meados de agosto, Rosângela conta que vários pacientes relataram dificuldades para se adaptar, e como consequência, um nervosismo muito forte. A transformação da prova online em uma prova presencial também diminuiu o conforto de ter anotações por perto, e mudou a dinâmica de esforço para os estudos.

Segundo ela, em cerca de duas semanas os alunos devem se acostumar com o ritmo da nova rotina. “Outro fator que vem pesando é em relação aos horários. Ter que acordar mais cedo, dormir mais cedo, manter boa alimentação, tudo toma outra rotina e haverá um período para essa adaptação”, acrescenta.

Como lidar?

Focar nos pontos positivos, desde encontrar os amigos até ter um aprendizado mais aproveitado, é uma alternativa para aliviar o nervosismo. Também é muito importante sempre estar conversando com os pais e responsáveis, para que eles consigam identificar os principais momentos de fornecer ajuda.

“Usar a máscaras mais seguras e identificar os primeiros sintomas fóbicos, favorecem a situação. Procure ajuda dos responsáveis e de um psicólogo o quanto antes. Também é válido buscar uma ajuda para orientação vocacional, a partir dos 16 anos. Um psicólogo ajudará o jovem (e os pais) a entender melhor suas características e pensar num plano profissional a longo prazo”, aconselha.

Para quem já tem um histórico com ansiedade e fobias, manter uma rotina com terapia é fundamental. Lembrando que sentir a angústia é normal e buscar uma ajuda profissional para tratá-la também é.

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