Com a chegada da adolescência, o corpo de toda menina muda bastante. Durante essa fase, é comum que algo possa parecer estranho e muitas dúvidas surgirem, mas, com o passar do tempo e a ajuda de um ginecologista, é preciso conhecer o próprio corpo para saber se há algo errado. O aparecimento de algum corrimento diferente, por exemplo, pode ser sinal de algum problema de saúde. Por isso, é preciso saber diferenciar!
Quando o corrimento é normal
Ao contrário do que se pensa, ao ouvir a palavra “corrimento”, ele não indica uma doença, necessariamente. Segundo o ginecologista Jurandir Piassi Passos, alguns tipos de corrimento fazem parte da vida de toda mulher. É normal ter uma secreção vaginal transparente e viscosa (bem frequente quando estamos em período fértil) ou branca, sem odor forte e, que ao secar na calcinha, tem um aspecto esfarelado.
Portanto, esses dois tipos de corrimento não indicam nenhuma doença, ao contrário, são sinais que mostram que está tudo bem com o corpo. “Fora esses dois tipos de secreção vaginal, as demais devem receber atenção especial, principalmente se forem acompanhados de cheiro forte ou sintomas como prurido (coceira) ou dor na relação sexual”, alerta o profissional.
Alerta vermelho!
Toda vez que o corrimento fugir dos padrões apresentados acima pelo ginecologista, é preciso cuidado. A cor do corrimento também pode ser sintoma de que algo está errado. E o corrimento pode indicar desde infecções bem simples como doenças que podem, inclusive, exigir cirurgia.
Os quadros mais simples de infecção são chamados de vaginoses. Essa doença nada mais é que o desequilíbrio da flora vaginal. Embora simples, é preciso buscar ajuda de um especialista para resolver o problema, usando pomadas ou comprimidos e geralmente mudando alguns hábitos de cuidados íntimos.
Também há casos em que o corrimento pode estar associado à infecções genitais que podem evoluir para infecções de trompas e ovários. Nessas situações mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos ou, se não tratado, até a necessidade de cirurgia. Por isso é muito importante não negligenciar o nosso corpinho.
Além dessas infecções, o corrimento também pode indicar o aparecimento de alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível). Mas não precisa ficar paranoica logo de cara, ok? Procure um médico o mais rápido possível para conseguir um diagnóstico e o tratamento adequado.
Como evitar o corrimento e infecções
Sempre que sentir que está com algum problema, o ideal é procurar um médico. Mas antes disso acontecer, é sempre possível prevenir. O ginecologista Jurandir Piassi Passos separou algumas dicas que podem evitar problemas graves. Dá só uma olhada:
Higiene íntima: ao utilizar o papel higiênico após o uso do banheiro, a limpeza, tanto do xixi quanto das fezes, deve ser feita sempre da frente para trás. Isso evita que bactérias do ânus sejam levadas até a vagina.
Lavagem interna: a lavagem vaginal interna altera o ph e a flora vaginal e pode acabar facilitando processos infecciosos. Por isso, o melhor é lavar com água em abundância e usar apenas produtos com o ph próprio para a vagina. Às vezes queremos limpar demais e acabamos tirando a proteção natural.
Vestuário: a vagina tem que receber o máximo de arejamento possível, ou seja, evitar calças justas e de tecidos grossos, principalmente em dias quentes, evitar calcinhas de lycra e dar preferência às de algodão fazem diferença. Dormir sem calcinha também ajuda a controlar e diminuir os riscos de apresentar corrimento vaginal.
Tudo anotadinho para dizer não ao corrimento?
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