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Dia do Gamer: quais áreas seguir no mundo dos jogos?

Jogadora profissional, comentarista, narradora, streamer e mais opções são caminhos para seguir no universo gamer

Dia do Gamer
Conversamos com algumas profissionais da área para entender as opções de carreira - Crédito: MGG | Instagram/@ravenadutra_

Com universos diferentes, personagens caricatos e histórias viajantes, o mundo dos jogos ganhou cada vez mais espaço na bolha do entretenimento. Ultrapassando barreiras, ele também conquistou um marco no calendário. Então desde 2008, o dia 29 de agosto é declarado como Dia Internacional do Gamer.

A princípio, a data foi criada para conscientizar o público dos benefícios dos jogos eletrônicos e celebrar essa cultura, que alcança diversas pessoas no mundo todo. Dessa forma, participação feminina nesse espaço têm crescido bastante, como a gente já falou por aqui. Cada vez mais mulheres seguem o sonho de entrar para o mundo dos jogos, seja de forma amadora ou profissional.

Afinal, vamos ser sinceras, desde que os esportes eletrônicos começaram a ganhar mais visibilidade, essa área se firmou como uma opção de carreira. Para quem ama jogos online e curte competições, seguir nesse caminho é um verdadeiro sonho. Até por que, nada mais divertido do que trabalhar com aquilo que a gente mais gosta, né?

Pensando nisso, a todateen decidiu celebrar esse Dia Internacional do Gamer apresentando algumas profissões do universo dos jogos online. Conversamos com algumas especialistas que vão contar tudo que você precisa saber sobre a carreira nas principais funções da área. Vem conferir!

Jogadora/Pro Player

Amanda Abreu
Conhecida como AMD, Amanda Abreu é ex-jogadora profissional de CS – Crédito: Divulgação

Eventualmente, quando a gente pensa em esportes online, a primeira coisa que vem na cabeça são as competições e os jogadores profissionais. Aposentada dos campeonatos, e agora atuando como influenciadora, Amanda Abreu (conhecida como AMD) foi a primeira e única mulher brasileira a ter uma skin exclusiva no Counter Strike Global Offensive.

“Eu amo esse mundo e sou grata por tudo que ele já me proporcionou, talvez eu não teria conhecido tantos lugares e culturas pela minha realidade financeira se não fosse os esports”, comemora. A ex-jogadora profissional começou a jogar o game em 2012 e foi chamada para o mundial quatro anos depois.

Quando se trata do dia a dia, a rotina de um gamer está cada vez mais parecida com a de um atleta de qualquer modalidade. Então há toda uma comissão técnica por trás na maioria das equipes. Psicólogos, nutricionista, coach, personal trainner, quiroprata e muito mais para dar suporte as jogadoras.

Para começar nesse mundo, Amanda destaca que o psicológico e a determinação são os maiores aliados. Embora equipamentos e um setup completo façam a diferença, é a mentalidade quem ganha o maior destaque. “Entender que você vai perder muito até chegar no topo é essencial”, aconselha.

“Muitos que diziam que eu não chegaria aqui hoje usam a minha glock dentro do jogo”, finaliza.

Streamer

Uma Noob
Apaixonada pelos jogos, Uma Noob trabalha como streamer – Crédito: Divulgação

Na maior parte das vezes, começar a fazer lives é um hobbie divertido para quem curte jogos online. Valorant, League of Legends e CS são alguns que ganham destaque. Por outro lado, assim como outras funções, ser streamer também pode ser uma profissão para muita gente. Para falar mais sobre o assunto, conversamos com a Heloisy Bello, mais conhecida como Uma Noob.

“Comecei como brincadeira e de repente a coisa foi crescendo. Quando comecei a ganhar dinheiro no meu canal do YouTube, veio o contrato de uma plataforma”, explica. Uma conta que sempre gostou de video games e começou a fazer as lives durante a noite, depois que chegava do trabalho.

Assim como muita gente, Uma também não tinha condições de ter um mega setup e equipamentos de última geração, mas isso não a fez desistir. Ela começou usando o computador do cunhado e, conforme foi crescendo, conseguiu ir comprando mais itens. Ou seja, uma boa dica é pedir ajuda para as pessoas próximas nesse começo.

“Eu trabalhava umas 16 horas por dia quando que eu comecei na internet”, confessa. Apesar da rotina apertada e bastante lotada, principalmente no início, ela continuava firme e forte. “Nunca foi um peso pra mim, eu estava feliz de poder fazer coisas que eu gostava”, declara. Afinal, nenhuma carreira vai ser fácil sem alguns sacrifícios, né?

Inclusive, quem pensa que virar streamer é só ligar a câmera e jogar, tá muito enganado. “Tem todo um trabalho de preparação, você tem que estudar também para fazer o seu conteúdo chamar atenção. É isso que vai fazer as pessoas ficarem na minha live ao invés de clicar na de outra pessoa”, explica.

Além disso, entender a linguagem corporal, estudar outros conteúdos, criar repertório são pontos essenciais para crescer no mercado. “Pra mulher tudo já é mais difícil, né? Então a gente tem que dar o nosso melhor, estar sempre buscando se destacar no que você está fazendo”, aconselha.

Comentarista

Ravena
Ravena explica como o repertório é essencial para ser comentarista – Crédito: Divulgação

Responsáveis por contextualizar acontecimentos dentro e fora do jogo, a função de um comentarista é agregar ao público que assiste. Apaixonada pelo universo dos games, Ravena conversou com a todateen e contou um pouco como é ser comentarista de jogos online, como League of Legends.

“Eu estudo os times, revejo os jogos, anoto as principais características dos jogadores, como quais são os campeões principais de cada um, quem mais se destaca e porquê, como aquele time gosta de jogar, estatísticas vitórias, dano, etc”, explica.

Ou seja, para se tornar uma comentarista de jogos online, é essencial ter um conhecimento bastante avançado do game. “O principal é você saber o jogo de A a Z, e depois com o tempo você vai pegando a experiência profissional”, diz.

Além do repertório, treinar a voz e a dicção é extremamente importante, já que é o principal instrumento de trabalho da função. “Uma comentarista precisa passar uma informação com clareza e, dependendo do jogo, ele pode não te dar espaço para comentar tudo que você gostaria, então você precisa ser breve em seu comentário”, completa.

Para quem quer começar, Ravena dá um conselho bem direto: vá atrás de oportunidades, não espere elas virem até você. “Também é essencial trabalhar sua imagem e suas redes sociais, deixe explícito o que você faz, sempre comente sobre as ligas, sobre o que está acontecendo dentro do cenário competitivo”, aconselha. E não se esqueça de montar um portfólio, pois isso agrega demais!

Narradora

Acelora
Assim como Acelora, as narradoras são essenciais para os campeonatos – Crédito: Divulgação

Além dos atletas, quem também conduz campeonatos e jogos no geral são os narradores dos jogos. Segundo a narradora Acelora, a função consiste em detalhar tudo que acontece no game em tempo real. Sempre viciada em jogos, ela afirma que conhecer as dinâmicas do jogo e ter um repertório completo é fundamental.

“Se dedicar muito ao que você deseja, treinar diariamente, não se envolver em polêmicas e pensar pelo lado profissional sempre”, aconselha. Essa algumas das dicas da narradora, que também explicou fazer exercícios com a voz. Afinal, a profissão exige muita clareza na fala.

Além disso, a alimentação também influencia bastante. “Em dias de narração é necessário fazer inalação, exercícios vocais, alongamento corporal e ficar sem comer alguns alimentos, como: tomar café antes da transmissão, refrigerante, chocolate e coisas relativas para não atrapalhar no desempenho da voz”, explica.

Empresária

Bruna Nobrega
Responsável pelos bastidores, empresárias como Bruna Nobrega cuidam da produção – Crédito: Divulgação

Já para quem adora jogos e tem aptidão para produção, a função de empresária é uma opção. Responsável por cuidar dos bastidores e garantir a participação das mulheres no universo gamer, a profissão envolve edição de vídeo, design, parte comercial, administrativa, advocacia e gestão de projetos.

Por outro lado, a empresária Bruna Nobrega, da Red Button, explica que é “quase impossível achar mulheres empresárias nesse segmento hoje em dia”. Mas o cenário vai e deve mudar, né? Após estudar Produção Audiovisual, ela é importante ser criativo, enquanto a persistência é o grande diferencial.

“Por mais que muitos saibam ligar uma câmera e produzir conteúdo, os mesmos não sabem quais são os processos após isso. Não tem um roteiro, não sabem editar, não sabem otimizar o conteúdo, não sabem como entregar”, explica.

Ou seja, é essencial estudar e entender como as coisas funcionam no universo online dos games. “‘Quem não é visto, não é lembrado’, então esse é um ótimo momento para crescer dentro desse mercado”, reforça.

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