Você já deve ter visto algum amigo ou conhecido com o twitbbon “Escola sem pensamento crítico não é escola” no Twitter ou Facebook. A campanha é sobre o projeto de lei “Escola sem Partido” que está em discussão no Senado e gerando grandes polêmicas nas redes sociais.
Foto: Reprodução/Facebook
O projeto
A polêmica toda consiste na proposta de restrição da discussão política e das reflexões críticas nas escolas que o projeto de lei propõe. A ideia é implementar nas bases e diretrizes da educação a ideia de “Escola sem Partido”, restringindo ideias e debates em salas de aula através de uma “neutralidade” dos professores sobre assuntos políticos, ideológicos, religiosos e de gênero.
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O texto do projeto é de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que defende que os professores não devem usar seu poder como educadores para implantar suas ideias em seus alunos. “Não existe liberdade de expressão no exercício estrito da atividade docente, sob pena de ser anulada a liberdade de consciência e de crença dos estudantes, que formam, em sala de aula, uma audiência cativa”, diz o senador, que defende que o professor não tem liberdade de expressão, mas, sim, de ensino.
A polêmica
Além de restringir a conversa sobre política, reduzir a ideia do pensamento crítico e neutralizar a posição política do educador, o projeto de lei também visa proibir o ensino da ideologia de gênero para as crianças e adolescentes. Ou seja, isso seria um retrocesso, já que nossa sociedade é extremamente preconceituosa e precisa debater sobre ideologia de gênero para mudar esse cenário.
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Por enquanto, o twitbbon que mostra uma resistência ao projeto já teve mais de 45 mil usuários. O Senado também está fazendo uma pesquisa em seu site perguntando à população sua opinião sobre o projeto de lei. Até o momento desta publicação, 117 541 pessoas são a favor e 143 896 são contra. Para dar sua opinião clique aqui.
Reação
Além do suporte nas redes sociais pelo twitbbon, os docentes estão se mobilizando contra o projeto através da página “Professores contra o escola sem partido”, por exemplo. Alguns estão comparando o processo à época de censura da Ditadura Militar.
Chamando o projeto de “nova lei da mordaça”, os professores acreditam que o “Escola Sem Partido” impede a fala e a reflexão em sala de aula, impedindo a formação de uma nova geração crítica e pensante. Com a lei, os professores teriam que adaptar suas aulas para um modelo mais frio e menos humano, a fim de evitar os questionamentos e reflexões.
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O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está colhendo assinaturas de deputados para de criar uma frente parlamentar que seja efetiva e contra o projeto. “Nós temos que ampliar esse movimento dentro da Câmara, mas estou certo também de que precisamos de iniciativas que extrapolem os muros da Casa, para poder dar resultado. Precisamos lutar contra essa política de restrição de direitos que estão querendo implementar”, disse o deputado ao Brasil de Fato.
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É importantes nos mobilizarmos sobre um assunto tão importante que diz respeito a educação no nosso país. Procure se informar e discutir esse assunto!
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