Entrevista com Hilary Duff

tt: Você canta, dança e atua. Já planejava atuar em vários campos desde o início da carreira?

Hilary: “Eu comecei a trabalhar muito jovem atuando em um seriado de tevê (Lizzie McGuire). E é aquela coisa: quando você tem 14 anos, fica entediada de todos os dias fazer o mesmo trabalho e, por essa razão, quer fazer algo diferente. Ao participar de uma sessão de autógrafos com a turma da Disney, eu vi alguns garotos e garotas fazendo várias coisas. Então, eu pensava: ‘se eles podem, eu também posso’. E aí, eu falei com o meu empresário sobre esse meu desejo e, desde então, comecei a atuar em outras áreas também”.

 
tt: Se tivesse que optar por uma carreira, por qual seria?

Hilary: “É bastante difícil escolher. Eu adorei fazer o álbum Dignity, pois é o primeiro trabalho no qual escrevi todas as músicas. Então, sair em turnê e cantar as músicas que eu mesma escrevi é sensacional. Toda vez eu me apaixono novamente pelo trabalho musical. Ao mesmo tempo, eu acabei de gravar três filmes independentes, que ainda não foram lançados, nos quais interpreto três personagens totalmente diferentes. E isso me anima bastante também. O importante é ficar focada em um trabalho de cada vez”.

 
tt: Você se comunica com seus fãs pela Internet?

Hilary: “Eu gosto bastante de Internet e me comunico com meus fãs por meio do meu próprio site. Eu tenho uma página no MySpace, mas é controlada pela gravadora. O que eu acho estranho é que existem alguns perfis falsos meus. Então, é engraçado quando algumas pessoas me dizem que falaram comigo pelo MySpace, sendo que não fui eu”.

 
tt: Por ter começado sua carreira tão cedo, você sente que perdeu experiências da adolescência?

Hilary: “Eu realmente sinto que perdi alguma coisa, pois tenho amigas que não são artistas que estão em outro momento, pensando o que farão depois da faculdade, por exemplo. Isso tudo, de alguma forma, já está praticamente decidido em minha vida. E o meu trabalho é um pouco recluso, pois não posso ficar no meio de muitas pessoas, não posso sair a hora em que eu quiser, pegar o carro e dirigir por aí… Mesmo assim, não trocaria a minha profissão por nada no mundo”.

 
tt: Você tinha insegurança, na adolescência, em relação aos meninos, à escola ou à sua própria carreira?

Hilary: “A insegurança adolescente continua até hoje (risos). Eu comecei muito cedo a trabalhar e não tinha muita consciência do que iria acontecer comigo. E, hoje, estou na capa de várias revistas, há muitas matérias negativas sobre mim, fotos minhas feitas em vários lugares que eu decido ir. Então, é algo ainda bastante complicado e, por essa razão, não me sinto muito confortável com tudo isso”.

 
tt:: Algumas vezes você é comparada com a Britney Spears. O que acha disso?

Hilary: “A conduta da Britney não é algo que eu invejaria. Se estivesse na situação dela, a última coisa que eu queria era ter uma pessoa como eu falando como ela deveria se comportar. O que eu tento fazer é me manter fiel ao que eu penso e às pessoas que estão à minha volta. Além disso, tento ser uma pessoa normal”.

 
”Fiquei extremamente feliz com os fãs brasileiros!” Hilary Duff

Hilary Duff está longe de ser uma diva, como informa o cartaz da turnê de seu último trabalho, Dignity. Sem a proteção de muitos seguranças, ela apareceu na entrevista coletiva quando esteve no Brasil, no começo do ano, com brincos enormes, calça jeans de cintura alta e uma blusa regata dourada. O cabelo moreno que ilustra a capa de Dignity já estava loiro novamente. Simpática com os jornalistas, ela ainda é uma menina, apesar de querer passar a imagem de mulher nos novos clipes. Respondeu com voz baixa às perguntas, mas esclareceu todas as dúvidas. Ela amou cantar no Brasil e achou os fãs daqui sensacionais: “Tinha hora em que eu parava, olhava para eles, mas não tinha o que falar diante daquilo que aconteceu nos shows!”.

Créditos:

Entrevista: Alan de Faria/colaborador

Foto: Divulgação/Universal Music

Foto: Samir Baptista/colaborador