Um colégio tradicional do Rio de Janeiro deu mais um passo para a tolerância. Agora, no Colégio Pedro II, não há mais distinção de gêneros nos uniformes. Tanto os meninos quanto as meninas podem usar saias ou calças, como preferirem.
Tudo começou quando em 2014 os estudantes da escola fizeram um protesto em que todo mundo usou saia para defender uma colega transexual que estava de saia e teve que trocar de uniforme. Desde então, o colégio começou a rever suas políticas de inclusão e até passou a adotar o nome social dos alunos nas chamadas das aulas.
“Não se trata de fazer ou não distinção de gênero. Trata-se de cumprir resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT (órgão ligado ao Ministério da Justiça). Eu apenas descrevo as opções de uniforme; deixo propositalmente em aberto, para o uso de acordo com a identidade de gênero”, disse reitor Oscar Halac ao Estadão.
Quando questionado sobre a repercussão do assunto, já que o colégio é um dos mais antigos da cidade, o reitor foi enfático: “tradição não é sinônimo de anacronia. Mas pode e deve significar nossa capacidade de evoluir e de inovar”.
O filho do ator Will Smith, Jaden Smith, é famoso por não se vestir de acordo com as imposições de gênero e ser um modelo para aqueles que não se encaixam nesses padrões também.
A medida é uma boa forma de mostrar que odiar o próximo não leva ninguém a lugar algum, mas que respeitar as diferenças e aceitar o próximo é o mínimo que podemos fazer. Apesar da medida, o reitor afirma que os alunos ainda não se sentem preparados para poderem adotar a nova política de uniformes: “Aqui dentro eles estão seguros. Lá fora, ainda não”.
LEIA TAMBÉM
- Entenda sobre sexo só depois do casamento com Rayza Nicácio
- Maísa calou os preconceituosos depois de falarem que seu cabelo era ruim
- Mulheres mostram o que acontece quando homens que as assediam são confrontados
