Na madrugada desta quinta-feira (21), Lana Del Rey publicou uma carta em suas redes sociais respondendo as polêmicas que ganharam força nos últimos dias. Em um texto com o título “Pergunta para a cultura”, a cantora questionou as acusações de que suas canções glamourizam relacionamentos tóxicos e abuso sexual, citando ainda Doja Cat, Nicki Minaj, Beyoncé, Ariana Grande e outras cantoras no topo das paradas de maneira negativa.
“Agora que Doja Cat, Ariana, Camila, Cardi B, Kehlani e Nicki Minaj e Beyoncé tiveram primeiros lugares com músicas sobre ser sexy, não usar roupas, sexo, traição, etc – eu posso voltar a cantar sobre ser eu mesma, sobre se sentir bonita por estar apaixonada mesmo se o relacionamento for é perfeito, ou sobre dançar por dinheiro – ou qualquer outra coisa que eu quiser falar – sem ser crucificada ou dizer que eu estou glamorizando o abuso?”, escreveu ela.
Lana afirmou estar cansada de suas canções sejam rotuladas como uma romantização do abuso. “Vamos deixar claro, eu não sou não feminista – mas tem que haver um lugar no feminismo para mulheres que parecem e agem como eu – o tipo de mulher que diz não mas os homens ouvem sim – o tipo de mulher que é censurada sem piedade por ser autênticas e delicadas. O tipo de mulheres que têm suas próprias histórias e vozes arrancadas delas por mulheres mais fortes ou por homens que odeias mulheres”, relata Lana.
Além de rebater antigas críticas, ela também anunciou um novo álbum para o dia 5 de setembro deste ano, como o nome “White Hot Forever”, título já mencionado em uma entrevista de Lana para a Q Magazine.
Nas redes sociais, muitas pessoas afirmam que a cantora foi racista ao mencionar tantas mulheres negras em seu discurso que questiona cantoras com “músicas sobre ser sexy, não usar roupas, sexo, traição”. Internautas também problematizaram o entendimento de Lana sobre feminismo e liberdade feminina, a qual não se apresenta como um tema exaltado nas canções ou na carta publicada.