Em entrevista ao Uol, Priscila Franco compartilhou um pouco sobre a trajetória de criação de sua filha, Any Gabrielly. Antes do sucesso com o Now United, foram muitos obstáculos que ela enfrentou na busca de proporcionar sempre o melhor para a filha.
Any, que é filha de um pai preto e mãe mestiça, sofreu sua primeira experiência com o racismo quando criança na escola, e Priscila falou sobre esta situação. “Fiz questão de colocar a Any numa escola de elite e pagar trabalhando de qualquer forma. Cheguei na escola e disse: ‘Precisa de recepcionista? Eu fico trabalhando aqui com o que precisar no período que a Any está na aula’. Também fiz propaganda da escola e consegui desconto por trazer novos alunos. Logo no início, ela era a única negra na sala. Sentia olhares estranhos como se julgassem que minha filha tivesse ‘defeito’ pela cor. Até que um dia um garoto jogou bananas na Any. Na primeira vez que a ela me contou, eu disse: ‘não vai ser a primeira, nem a última vez. Você vai ter que aprender a se defender. Seja educada e fale com a coordenadora’. Só que foi piorando e um dia ela chegou em casa chorando, desesperada, triste pra caramba”, afirma.
Os pais da cantora são separados e Priscila teve a sua filha mais nova, Belinha. Franco conta que esse foi um período muito difícil para ela, já que foi denunciada de algo que não fez e perdeu a guarda de Any – que ficou na casa de uma tia que a ensinou várias coisas sobre o mundo da música. Nesse tempo, ela lutava para conseguir a guarda da filha de volta e conseguiu após 6 meses.
Aos poucos, Priscila se inscreveu em cursos gratuitos e trabalhava para dar o melhor para Any. A vida delas era agitada, uma correria entre os cursos, aulas em que precisava ser exemplar para não perder a bolsa e vida pessoal.
Assim, a mãe da cantora explica que o sucesso de Any é resultado de todo o esforço que tiveram. “Se hoje Any está onde está, com este inglês polido e madura, não é fruto do acaso. Nada do que está acontecendo é por acaso; nada. É um resultado de trabalho duro, árduo, de formiguinha. Não fico espantada e nem vangloriada. Não é pílula mágica, é retorno de um trabalho”, afirma.
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