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#OrgulhoBi: Yago Machado fala sobre preconceito dentro do próprio meio LGBTQA+

#OrgulhoBi: Yago Machado fala sobre preconceito dentro do próprio meio LGBTQA+
#OrgulhoBi: Yago Machado fala sobre preconceito dentro do próprio meio LGBTQA+

Yago Machado é um ator e dublador de 20 anos, muito conhecido por seu trabalho como a voz por trás de Darwin, de O Incrível Mundo de Gumball. Em um papo exclusivo com a todateen, ele abriu o jogo sobre sua vida pessoal e sua sexualidade, e desabafou sobre os preconceitos que bissexuais sofrem.

a profissão

Embora tenha pouca idade, Yago já trabalha desde pequeno! Ele contou que é ator desde os 5 anos e começou sua carreira junto com a Xuxa. Depois, com quase 9 anos, sua mãe recebeu a sugestão de colocá-lo em um curso de dublagem e ele aceitou. “Foi amor à primeira vista“, ele brinca.

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Entre seus trabalhos, além do papel em O Incrível Mundo de Gumball, ele também deu voz a Flynn Jones, personagem da série da Disney, No Ritmo, e até o Aquaman adolescente, no filme do herói. “Eu amo o que eu faço, quero fazer até ficar velhinho“, ele garante.

como se entendeu

A primeira vez que fiquei com o menino eu estava num ambiente de brincadeira, descontraído“, começou Yago. Ele conta que sempre foi muito mente aberta e fazia o que tinha vontade, mas em relação às pessoas que ficava, ele não se permitia tanto quando gostaria. Até que em um dia, com os amigos em volta colocando uma certa pressão e um pouco de álcool no sangue, ele decidiu experimentar como seria ficar com um garoto.

Depois [do beijo] eu fiquei pensando: ‘Será que fiz porque estava naquela vibe de brincadeira ou porque queria mesmo?’. Mas mais tarde vi que eu realmente tinha vontade“, ele contou, acrescentando que, assim que se entendeu, viu que não fazia mais sentindo ficar se segurando para não beijar outros homens.

o preconceito

Atualmente, Yago namora uma mulher, e diz que isso por si só já é motivo de ter sua sexualidade invalidada. “A galera acha que eu fingi que era bi. Isso não existe“, ressalta ele. “Tem pessoas que querem medir o quão bi eu sou. Falam que sou ‘bi de festinha’“.

Para Yago, muito desse preconceito vem de dentro da própria comunidade LGBTQA+. “Acho legal ter nome por questão de representatividade, mas a partir do momento que virou uma espécie de medida, eu acho chato. Você começa a discriminar no lugar de representar. É uma questão que muita gente reclama. Ninguém é igual. A ideia seria a gente se unir, se acolher, mas fica um querendo medir e discriminar o outro, sendo que a gente só deveria aceitar o jeito que cada um é“, ele desabafa.

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Fora da comunidade, ele também passa por situações chatas. Seus próprios colegas de trabalho, por exemplo, não parecem entender muito a sexualidade do ator e acabam fazendo alguns comentários homofóbicos. “Muita gente não sabe que sou bissexual e aí falam coisas ofensivas sem nem saber. Quem sabe, parece ignorar a minha sexualidade e me trata como se eu fosse gay. Se passa uma mulher bonita, por exemplo, dizem que eu não gosto”.

Yago destaca também alguns atritos com a família, mas nada que não possa ser resolvido. “Dentro de casa também é um pouco complicado, porque meus pais são mais velhos, têm a cabeça mais antiga, mas tudo bem, eu consigo contornar isso”.

No fim, o ator deixa claro que não se deixa afetar com comentários maldosos e manda um recado para quem tem preconceito: “As pessoas que lutem se acharem errado“.

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