Provavelmente você conhece alguém que tem os pais separados ou até mesmo está passando por isso. No começo, principalmente, as coisas podem ficar confusas e até complicadas. Mas, miga, isso é totalmente normal e não acontece só com você. Tá precisando de ajuda? As psicólogas Tatiana Leite e Deborah Moss dão um help!
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A SEPARAÇÃO – O anúncio da separação pode ser um choque, fato. Às vezes, rola a dúvida: é preciso escolher um lado? Deborah Moss diz que não: “quando a separação acontece, os dois lados têm sua responsabilidade sobre ela. Sempre existem duas versões da relação com dois pontos de vista diferentes. O que pode acontecer é você ter um acolhimento ou relação diferente com um dos pais, mas não é preciso escolher um lado”. Até porque você é filha dos dois. Foto: Shutterstock
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ELES NÃO SE FALAM – A separação rolou com muita treta e seus pais pararam de se falar? E agora? De acordo com Deborah, “os pais não se falarem é uma escolha deles e você não tem nada a ver com isso. O problema é quando isso cria uma situação difícil na relação entre os três, fazendo o filho de ‘leva e traz’. Se isso acontecer, é preciso impor limites”, explica a neuropsicóloga. Como? Converse com eles e explique a situação. É preciso que seus papis entendam que as conversas que dizem respeito a você precisam ser feitas em conjunto. “Eles não têm que, necessariamente, ser amigos. Mas não deixe que você se torne uma mediadora”, lembra Deborah. Foto: Shutterstock
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ALIENAÇÃO PARENTAL, OI? – Já ouviu falar sobre esse assunto? Segundo Tatiana Leite, psicóloga, algumas vezes, rola de um dos lados privar ou falar muito mal do outro para os filhos. O que fazer? “Falar mal, às vezes, é normal, por conta do estresse gerado pela separação. Por isso, é importante que você escute as versões de cada um e tire suas próprias conclusões”, explica Deborah. Se precisar, busque a ajuda de alguém de confiança para tratar sobre o assunto. Foto: Shutterstock
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FOI TRAIÇÃO – Eita! A situação é complicada, mas acontece muito. E você ficar sabendo do acontecido pode gerar muitas dúvidas. Porém, é preciso separar as coisas e entender que “a traição é uma questão que tem a ver com a relação dos pais. Muitas vezes, a separação é causada pela junção de muitos outros problemas”. Evitar colocar um como vilão e outro como vítima pode ajudá- la a se sair melhor dessa situação. Lembre-se de que esse assunto diz respeito a eles e não cabe a você julgar. Foto: Shutterstock
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A ESCOLHA – A dúvida sobre com quem morar sempre surge ao ter pais separados. Mas não pense que essa escolha cabe somente a você, viu? “A decisão precisa ser pautada em vários aspectos, como logística, condições financeiras… Sua vontade deve ser levada em conta, mas a decisão precisa ser discutida com os pais. Afinal, não adianta querer ficar com alguém que, no momento, não pode”, explica Deborah. Foto: Shutterstock
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“EU NÃO ACEITO!” – Está sendo difícil lidar e aceitar o fato de ter pais separados? Não surta, miga, a psico ajuda: “é comum não aceitar ou ter dificuldades para isso, afinal, é natural ter o ideal de os pais morando juntos. Talvez você não entenda agora e isso só aconteça no futuro, então, coloquese no lugar dos seus pais e pense no quão difícil pode ser manter um casamento por conta dos filhos. Vale se dar um tempo para se acostumar com a situação, logo você vai entender e aceitar ”, aconselha Deborah. Um novo parceiro (a) Quando um dos pais surge com um novo parceiro, pode causar um estranhamento ou até não rolar aceitação. Aí, é preciso pensar sobre o assunto, pois muita coisa pode influenciar. “Uma coisa é não curtir a pessoa ou a ideia de um dos pais estar namorando. Ou até mesmo não querer se aproximar para não machucar o outro genitor. Por isso, tome cuidado para saber separar. É diferente não gostar da pessoa de não gostar de todo o enredo da situação”, lembra Deborah. Foto: Shutterstock
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UM NOVO PARCEIRO (A) – Quando um dos pais surge com um novo parceiro, pode causar um estranhamento ou até não rolar aceitação. Aí, é preciso pensar sobre o assunto, pois muita coisa pode influenciar. “Uma coisa é não curtir a pessoa ou a ideia de um dos pais estar namorando. Ou até mesmo não querer se aproximar para não machucar o outro genitor. Por isso, tome cuidado para saber separar. É diferente não gostar da pessoa de não gostar de todo o enredo da situação”, lembra Deborah. Foto: Shutterstock
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STAY STRONG – Ainda que a gente diga para você ficar forte e tentar pensar bem sobre tudo, nós sabemos que passar pela separação dos pais não é fácil. Por isso, se sentir que é necessário, peça ajuda a alguém. Um familiar de confiança ou até mesmo uma psicóloga podem ajudá-la a passar por essa fase difícil sem grandes problemas. Foto: Shutterstock
Texto: Bruna Ferreira * Consultoria: Deborah Moss, Neuropsicóloga, mestre em psicologia do desenvolvimento infantil pela USP e Tatiana Leite, psicóloga.