Quando é a hora de desistir do sonho?

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A gente sabe que nada na vida é fácil, não é mesmo? E parece que, que na adolescência, tudo fica ainda mais difícil e os sonhos parecem impossíveis de se realizar! Por isso, chega uma hora que dá vontade de’ chutar o balde’ e desistir de tudo. Mas será que esse é o caminho certo?

“Algumas frases que nossos avós falavam carregam grandes verdades. E uma que ajuda a motivar é o tal do dito ‘nada do que vale a pena, vem fácil’.Ensinando os adolescentes que a batalha do dia a dia é desafiadora – cansativa até – mas extremamente recompensadora ajuda a tirar a imagem da nuvem tempestuosa que algumas vezes assusta a estrada do futuro”, diz Rafael Alvarenga, psicólogo e autor do livro Meu primeiro dia de aula.

Assim como Gael, pai de  Karina, de Malhação,  alguns responsáveis não entendem os sonhos dos filhos e acabam querendo proteger demais. “Todo pai e mãe deve proteger e preparar seus filhos para o bom combate que é o mundo de relações adultas. E este proteger envolve, necessariamente, permitir que o filho desenvolva experiências e para enfrentar as desilusões e reviravoltas que a vida traz. O mundo é um lugar lindo, mas no qual o sofrimento ainda é muito presente. Portanto, é preciso que o jovem entre em contrato com estes dissabores e aprenda como vencê-los, desenvolvendo formas de melhorar o mundo que o rodeia”, orienta o profissional.

Desistir é a solução?
Sonhar em ser famosa, passar no vestibular de medicina, ser um grande jogador de futebol: como saber se o sonho irá se realizar? Infelizmente, não tem como. Mas, algumas situações na vida mostram que é preciso ter autoconhecimento para perceber se vale a pena continuar tentando ou não. O psicólogo ensina a fazer três perguntinhas:

*”Eu consigo aprender o que é preciso para atingir meu objetivo? Eu quero aprender?”
*”Eu já tenho algum talento relacionado ao meu objetivo? É possível me desenvolver mais nessa área?
*”Eu me vejo, daqui a 5, 10 anos, dando importância para este objetivo? Por que?”

Rafael diz que, essas e outras perguntas, ajudam a orientar em quanto de energia o jovem está disposto a investir em seus planos. “Sempre vale a pena batalhar por algo que se queira muito. Mas existem sonhos que exigem muita energia investida para serem conquistados”, diz.

Consultoria: Rafael Alvarenga, psicólogo e autor do livro Meu primeiro dia de aula