Lucinda Riley já vendeu mais de 1 milhão de cópias de seu romance A Casa das Orquídeas. A autora veio recentemente ao Brasil e conversou com a tt sobre o sucesso de seu livro, sobre suas histórias e personagens.
Confira o nosso bate-papo com a Lucinda!
tt: De onde veio a ideia de escrever “A Casa das Orquídeas”?
Lucinda: Tudo começou quando eu estava passando as férias na Tailândia com meu marido quando eu vi um livro sobre orquídeas em nosso quarto de hotel. Era uma história sobre a jornada de orquídeas vindas das florestas tropicais do exótico Leste, e que agora pode ser encontrada em todo o mundo, inclusive a minha parte fria do hemisfério Norte em Norfolk. Essa me pareceu uma história maravilhosa para se começar um livro. Quando cheguei em casa, estava falando com um amigo que recentemente herdou uma grande propriedade e teve que tomar a decisão de vendê-la, já que os impostos eram muito altos. Dessa conversa criei o ‘Wharton Park’, juntamente com a localização britânica para a história.
tt: O livro conta uma história romântica, mas que pode acontecer. Como os leitores reagem a isso?
Lucinda: Para ser sincera, quando escrevi o primeiro rascunho da história, eu estava escrevendo para mim mesma, não para um público. Então, eu não sabia o que os outros leitores poderiam pensar ou sentir. O fato de ter vendido dois milhões de cópias dos meus livros pelo mundo foi uma surpresa maravilhosa. Eu recebo e-mails e cartas incríveis dos leitores dizendo como o livro os fez chorar.
tt: Julia Forrester é uma personagem forte que aceita seu sofrimento – e isso é bem diferente do que vemos em nossa sociedade atual, onde muitas pessoas procuram formas de livrar-se de seus problemas. Você acha que esse sofrimento tem um lado positivo?
Lucinda: Julia passa por uma jornada que vai do desespero à alegria e a única forma de atingir a felicidade no final é aceitando os sofrimentos passados, não só os dela, mas os de sua família também. Eu acredito que é uma jornada pela qual todos devemos passar se desejarmos um futuro de positividade. Perdoar e compreender o que veio antes são passos essenciais para alcançar a felicidade e a paz.
tt: O livro trata de temas como a Segunda Guerra Mundial. Como foi a pesquisa para “A Casa das Orquídeas”?
Lucinda: Eu gastei um bom tempo conversando com as pessoas, na Inglaterra e na Tailândia, que tinham histórias para contar sobre suas experiências. No livro, os jardineiros Harry e Bill é que são enviados para lutar e acabam como prisioneiros de guerra. Eu tive muita sorte de encontrar na internet um diário escrito pelo sargento Jack Farrow, que era de Norfolk, e publicou seu diário de quando ele era um prisioneiro de Changi. Isso me deu o link necessário entre o Extremo Oriente e Norfolk.
tt: Como é escrever uma história de mais de 500 páginas e não se tornar previsível?
Lucinda: Eu estou ciente dos clichês, é claro, mas eu nunca sei o que vai acontecer de um dia para o outro enquanto estou escrevendo a história, porque são os personagens que guiam a história e sempre fazem coisas bem estranhas. Isso nunca foi um problema. Até agora…
tt: Quais são os seus projetos? Outro livro em mente?
Lucinda: Acabei de publicar meu terceiro livro, ‘A luz Através da Janela’, no Reino Unido, será lançado no Brasila gora em novembro. Também estou na primeira fase da edição de meu quarto livro, ‘The Still of the Night’. Como meus três romances anteriores, ela é contada em narrativa dupla e é ambientado na Índia, nos últimos dias do Raj, assim como na Inglaterra. Este é meu livro mais ambicioso até agora, e estou muito animada, mas também apreensiva (sobre isso), como eu sempre fico quando o livro está nesse estágio. E agora que voltei de minha recente viagem ao Brasil, onde eu fiquei imensamente inspirada, ( e estou enormemente inspirada), estou tendo ideias para meu quinto livro – então fiquem de olho!
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