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Entrevista com Veronica Roth, autora da saga “Divergente”

Conversamos com a autora da saga Divergente, que chega às telonas neste mês!

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Foto: Divulgação

A contagem regressiva já começou! Logo, logo será possível ver o gatíssimo Theo James ao lado da diva Shailene Woodley nas telonas. Divergente chega aos cinemas este mês! Para quem não aguenta mais de ansiedade, a tt conseguiu uma pequena prévia do que será esse filme TDB! Conversamos com ninguém menos que a autora da saga! Confira:

Há muita comparação entre os jovens autores, como com Jogos Vorazes e Crepúsculo. O que você acha da comparação?
Eu acho útil essa comparação, pois traz leitores para meu trabalho também. Jogos Vorazes é o próximo Crepúsculo, por mais estranho que soe. Eu adoro esses livros, então não é uma má comparação.

Você costumava sair com os atores? Fizeram amizade como os de Crepúsculo?
Os atores ficaram bem amigos, mas eu estava escrevendo meus livros. Nós não saímos muito. Mas tivemos uma chance de nos conhecer melhor desde que as filmagens terminaram. Eu e a Shailene nos divertimos algumas vezes.

A Shailene chegou a pedi-la conselhos sobre como interpretar a Tris?
Não, pois ela tem a bíblia da Tris, que é o livro. O livro é o que pode explicar melhor a personagem, então ela não me perguntou muito. Mas ela quis saber muito sobre alguns detalhes extras daquele mundo. Ela queria saber se ela mudasse algo faria muita diferença, ou qual seria a razão por trás de algumas questões da história.

Quando você escreveu Divergente você pretendia abordar mais os desafios dos adolescentes ou assuntos como política também?
Quando eu escrevi esse livro, eu tinha 21 anos e não me sentia inteligente o suficiente para apontar o dedo para a sociedade. Foi tudo baseado mais em minha individualidade. Naquela época, eu já conseguia entender a minha adolescência, pois tinha acabado de sair dela. Mas acho que essa é uma verdade universal: as pessoas não se sentem à vontade para se encaixar em rótulos. Aí a solução é parar de rotular as pessoas e aproximar-se delas como indivíduos complicados e estranhos. Os seres humanos são complexos. Uma das coisas que aprendi enquanto escrevia esses livros é que precisamos conhecer as pessoas melhor em vez de rotulá-las imediatamente.

Por que você acha que futuros distópicos são ótimas metáforas para adolescência?
O colégio é uma realidade distópica na verdade (risos).Eu ouvi alguém dizendo isso outro dia. Eu não sou a única fazendo histórias nesse estilo, eu sei, mas algo interessante sobre elas é que o interesse que nos desperta em saber como chegamos àquele nível de sociedade.

Como e por quê você começou a escrever?
Eu comecei quando tinha 11 anos, mas eu não lembro o porquê. Eu fiz meio sem pensar. Com certeza não foipensando que seria uma carreira. Mesmo quando eu escrevia Divergente, meu plano era ter um trabalho fixo e ser escritora apenas como hobbie. Felizmente não foi necessário.

Você se inspirou em quais autores?
Quando eu era criança, esse gênero jovem-adulto não existia, somente livros para crianças. Eu me inspiro muita em Lois Lowry e Garth Nix. Agora eu estou lendo a série Legend (de 2011) da Marie Lu. É sobre outra sociedade distópica, e é tão bom!

Quais histórias você quer contar no futuro?
Agora que eu fechei essa série Divergente, quero fazer algo novo. Eu não quero deixar essa faixa etária de lado. Ainda não sei o que vou fazer. Certamente não será sobre sociedade distópica de novo.

Como foi ver a Shailene como Tris e Theo James como Four?
A primeira vez que os vi foi no primeiro teste. Foi estranho, porque eles não vestiam nenhum figurino específico e era uma sala vazia. Entretanto, por algum motivo, eles me convenceram. Eu também achei que seria estranho e constrangedor ver os atores falando diálogos que eu escrevi. Eu fiquei rindo de nervoso, mas eles eram tão bons. A Shailene tem um talento nato.

Entrevista: Pedro Caiado/Colaborador

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