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Entrevista coletiva com Rebeldes durante lançamento de DVD ao vivo

Entrevista coletiva com Rebeldes
Entrevista coletiva com Rebeldes

Foto: Munir Chatack/Divulg/Record

A todateen participou da coletiva de imprensa com a banda Rebeldes, que recebeu Disco de Ouro e DVD de Platina por esses dois trabalhos. Confira agora tudo que rolou:

tt: Rebelde começou como uma novela, mas os shows atropelaram tudo e a música ficou maior ainda do que a novela. Como está sendo conciliar essa carreira dupla?

Sophia: acho que a Record nos ajuda bastante nesse sentido porque como os shows são promovidos pela emissora e a novela também, eles fazem uma logística que funciona, que dá certo, apesar de a gente trabalhar todos os dias e não termos nenhum dia de descanso.

Lua: mas não é uma novidade, foi uma coisa planejada desde o início, a ideia era essa: ter a novela junto com os shows, para ter essas várias facetas. O projeto Rebelde queria alcançar tanto o público musical quanto televisivo.

Mel: e a gente sempre diz: se estamos trabalhando bastante é porque está tudo dando certo. Que continue assim!

tt: assim como na versão mexicana, vocês têm planos de seguir com a banda após a novela?

Arthur: acho que a sequência da banda vai depender muito do nosso público. Daqui a pouco, vamos começar a trabalhar um novo CD e um novo DVD e aí vai depender da aceitação do público, de como vai receber esse trabalho. Enquanto eles quiserem, vamos estar aí dando o nosso melhor sempre.

 tt: já tem alguma coisa gravada para o CD novo?

Micael: estamos mais na fase de planejamento. Mas tem música nova já. Inclusive, a gente vai tocar ela hoje, fizemos uma coreografia nova e hoje vai ser a estreia dessa música. Temos datas marcadas para ir gravando as outras, mas ainda não começamos. Porque tem essa logística que a Sophia falou, precisa estar tudo dentro de um cronograma certinho.

Lua: a data de gravação do segundo DVD já foi marcada: 7 de setembro, em Belém (PA).

Arthur: na verdade, não vai ser só no dia 7. Vamos gravar em 4 ou 5 capitais diferentes. E esse DVD está sendo lançado oficialmente agora, mas já estava nas lojas há um tempo.

Sophia: já é disco de platina!

Arthur: é por isso que já estamos tocando no assunto de um próximo CD e DVD.

tt: vocês acreditam estar na melhor fase da carreira?

Lua: muitos de nós estamos no início das nossas carreiras.

Arthur: é o nosso primeiro ou segundo passo na carreira, mas acho que tem sido o ponto alto da carreira de todos nós, o que todo mundo quis para a vida e o Rebelde vem correspondendo a cada dia tudo o que a gente esperava. Tem uma frase do Domingos de Oliveira que uso muito pra mim. A frase diz que os melhores anos das nossas vidas são sempre os que estamos vivendo. Hoje é o melhor momento porque estamos lançando nosso DVD. Quando estivermos lançando o segundo DVD, vai ser o melhor momento. E assim por diante. Acho que é isso que nos dá gás para conseguir gravar de segunda a quinta e ainda fazer shows sexta, sábado e domingo.

Micael: acho que também é uma mistura. Para o Chay, por exemplo, é o primeiro trabalho dele como ator. Eu, a Sophia e o Arthur já fazíamos teatro… A Mel tinha outra carreira, a Lua tinha carreira musical. É uma mistura e um grande momento para cada um crescer e pensar no que vai fazer daqui pra frente.

Sophia: e Rebelde é uma das poucas possibilidades no Brasil de conciliar TV e música. Lá fora é mais comum, mas é raro aqui. Então, poder atuar e cantar – que pra mim foi algo novo – é uma possibilidade incrível, que amplia os horizontes de todo mundo.

Arthur: é tão raro que já falam pra gente: “depois de Rebelde, você vai ter que escolher: vai querer ser ator ou cantor?”. E acho que é algo que o Brasil ainda está meio atrás, dá para caminhar com as duas coisas juntas numa boa.

Micael: ontem mesmo estávamos falando disso. Falei do Jamie Foxx, que é um grande ator e um grande cantor. Se aqui no Brasil a gente pudesse fazer os dois e ser feliz nos dois, seria maravilhoso.

Arthur: porque as pessoas precisam rotular como cantor ou ator.

Mel: e Rebelde é legal porque consegue abrir essas duas portas. Consegue ser um projeto precursor.

Lua: para quem gosta de cantar e interpretar, acho que é uma riqueza muito grande poder fazer as duas coisas.

tt: com essa rotina de gravação todo dia e show no final de semana, como vocês cuidam da voz?

Arthur: a gente tem uma professora de canto que, logo no início, passou os cuidados que poderíamos tomar. Às vezes a gente lembra, outras não, fica meio na sorte. Graças a Deus, temos um bom rendimento, raramente ficamos roucos.

Lua: com o tempo, a gente vai conhecendo a própria voz e as limitações da dela. Então, já sabe o dia em que deve falar menos, dormir mais cedo, etc.

Sophia: é um instrumento e cada um sabe cuidar do seu.

Arthur: tivemos uma prova recentemente, com 10 dias seguidos de shows. E tinha essa dúvida se íamos conseguir chegar ao último dia com o mesmo gás e a mesma voz. Mas deu tudo certo.

Mel: estivemos no Sul, pegamos 2° em Novo Hamburgo. Tinha toda essa preocupação de, nos intervalos, proteger a garganta. Porque temos a obrigação de mostrar qualidade em todos os shows, independentemente se é o primeiro o último do final de semana.

tt: Chay, sua primeira aparição foi no Ídolos. Como foi a sua entrada em Rebelde?

Eu recebi o convite para fazer o teste para Rebelde durante o Ídolos ainda, algumas etapas antes de eu ser eliminado. Fui nervosíssimo porque nunca tinha feito nada disso. Como eu ia fazer? Fiquei com medo de aceitar o teste e mandar muito mal. Aí, assim que fui eliminado do programa, viajei para o Rio e fiz o teste – com a Mel, inclusive. Estava muito nervoso, não faço ideia de como ficou. Acabei sendo aprovado e então a gente passou por aulas de interpretação, canto e corpo por dois meses. Nessa oficina fui descobrindo o início do que é interpretar e qual o prazer de tudo isso. Hoje, sou completamente apaixonado por essa profissão.

tt: vocês já estão pensando em projetos paralelos solo?

Micael: só se for de madrugada (risos).

Arthur: acho que cada um tem seus sonhos, seus planos. Mas nesse momento a gente está mais focado na banda e na novela. Já tem essas duas coisas, se tivesse mais uma não daria tempo. É o que o Micael falou: só se fosse de madrugada. Temos uma banda e precisamos nos preocupar com o que temos hoje. Acho que, se a gente começa a pensar em mais coisas, divide a energia.

Lua: claro que, cada um dentro dos seus interesses, tem seus próprios planos e desejos.

tt: como vocês lidam com a questão de o público ter tantas crianças?

Micael: muitas vezes, funcionam como despertador! (risos) Às vezes são 8h da manhã e tenho que acordar às 8h30. Aí, escuto o grito na janela e já sei que tá na hora de levantar.

Mel: e dependendo do sotaque a gente já sabe onde está. (risos)

Micael: mas o carinho é o mais gostoso, que é muito sincero. Mas temos que ter cuidado também, porque somos formadores de opinião para essas crianças. Precisamos ter cuidado com o que falamos e com nossas atitudes.

Lua: sabemos dessa responsabilidade que temos com as crianças. Às vezes, no meio da multidão, pedimos calma para não empurrarem, nos preocupamos também com as que ficam a madrugada na rua atrás da gente, etc.

Mel: acho que essa é a melhor parte, porque é um público extremamente carinhoso, que sabe o que a gente faz. Então, quando chegamos aos lugares, é para esse público que a gente canta e sobe no palco. É ele que nos motiva.

Arthur: uma coisa que eu sempre costumo fazer nos shows é agradecer aos pais que levaram as crianças. Muitas vezes, eles se divertem mais que elas, é muito legal.

tt: a novela tinha mudado um pouco, mas agora voltou com uma pegada mais romântica. Vocês acham que a criançada quer ver beijo na boca?

Micael: já conversamos sobre isso. Houve uma trama paralela na segunda temporada e a gente percebeu, sim, que a criançada quer ver beijo na boca.

Arthur: elas querem ver coisas que poderiam acontecer um dia com elas.

Sophia: é um desafio para a Margareth, porque eles gostam de beijo na boca, mas são muito novos. Então, temos que tratar do assunto, porém com leveza e suavidade.

Lua: aí entra a responsabilidade de sermos formadores de opinião e estarmos lidando com uma idade muito frágil.

Mel: hoje em dia, está tudo muito acelerado. Não tem como você não falar dos assuntos achando que uma criança de 10, 12 anos não entende e não fala de beijo e coisas assim. Acho que, quando a gente fala de uma forma saudável e carinhosa como a novela faz, não tem nada de errado.

tt: na vida real, como estão os corações de vocês agora?

Lua: a gente está lançando um DVD novo, hoje tem um show também, lotado, muito legal.

Arthur: fizemos um exame e o coração tá bem, batendo direitinho.

Sophia: respondendo a pergunta, é legal porque os fãs amam a gente, são apaixonados. E querem em troca um simples sorriso. E sabendo que a gente está feliz, que nosso coração tá bem e tranquilo, eles ficam felizes também pela gente.

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