Carol Munhóz tem 23 anos e anda causando polêmica nas redes sociais com o lançamento de seu livro O Inverno das Fadas.
A escritora teen aposta no gênero “literatura fantástica” para fazer sucesso. Mas não é daí que vem a receita de tanta repercussão. Carol se diferencia por abordar temas considerados mais adultos, como sexo e morte – tudo isso com muito mistério!
Em sua primeira obra, Fadas, a paulista foi comparada pela crítica com Alexandra Adornetto, autora do best-seller juvenil Halo.
Conheça um pouco mais sobre Carol Munhóz:
tt – Como surgiu a vontade de ser escritora?
Carol – Meu primeiro livro surgiu em um sonho. Quando tinha 16 anos estava passando por um quadro de depressão e não tinha mais forças. Em uma das noites em que chorava e pedia por uma luz, sonhei com uma fada linda e com uma história de amor. No dia seguinte sentei na frente do computador e comecei a escrever. Aquele sonho tinha me incentivado a me tornar uma escritora profissional.
tt – Qual é o tema principal do seu livro?
Carol – “O Inverno das Fadas” é um livro que fala sobre fadas e sobre o amor, mas é muito mais do que isso. É sobre o nosso livre arbítrio, nosso destino, suicídio, sexualidade, fama, sonhos e vários temas com que aprendi a conviver no meu dia a dia de escritora. O livro fala sobre evolução. Sobre como um ser é capaz de se modificar para tentar crescer. Tentar ser alguém notável. Então você vai conhecer Sophia, uma fada-musa, e perceberá que talvez nem sempre a fama, dinheiro e beleza é o caminho mais fácil. Tantos artistas já brilharam. Tantas estrelas se apagaram. Quem será a próxima?
tt – Por que você resolveu colocar “sensualidade” nos livros?
Carol – Amo livros de fantasia e cresci com eles, contudo ao longo do tempo, notei que em alguns assuntos os livros não estavam crescendo comigo. Respeito todas as opiniões e decisões que jovens tomam a respeito de sua sexualidade, mas não concordo com a forma que o sexo e temas como suicídio são abordados. Muitas garotas de 18 anos já tiveram relações sexuais e nos livros 99% são retratadas como virgens. Então em algumas cenas, resolvi usar a questão da sensualidade da forma mais real que pude.
tt – O público recebe bem esse tipo de texto?
Carol – Sempre recebi muitos e-mails sobre isso. No meu primeiro livro, existem cenas em que a personagem tem relações sexuais, mas sempre cortava o momento. Alguns não gostavam nem de pensar nisso, mas a maioria me escrevia para falar que gostou e que eu não deveria ter cortado. Decidi ouvir meus leitores. Acredito que os jovens estão acostumados a lidar com isso no dia a dia, então não vejo problema em ter uma cena assim. Até o momento, só recebi elogios sobre a sensualidade no livro.
tt – De onde vem a inspiração para escrever esse tipo de texto mais picante?
Carol – Da minha vida. Sempre fui uma pessoa muito romântica e namoro desde os 14 anos. Não consigo ser solteira. Então fui juntando um pouco de tudo que vivi e tentando passar os sentimentos para o papel. Gosto de falar sobre o real, mesmo em um livro de fantasia.
tt – Por que resolveu escrever sobre literatura fantástica?
Carol – Sou apaixonada por esse gênero. Acredito que um livro é um portal mágico, que te transporta para um lugar onde você consegue por algumas horas ser quem você quiser. Essa ideia sempre me foi interessante. Passei minha juventude nos castelos de Hogwarts e nos campos de batalhas do Rei Arthur. Esses personagens foram meus melhores amigos e me ajudaram muito durante o bullying que sofri nas escolas, durante o divórcio dos meus pais, na minha luta para ser publicada e no meu dia a dia. Então quando resolvi seguir uma carreira literária quis tentar passar um pouco dessa magia para frente e entrei para o mundo da literatura fantástica.
tt – Quais são seus livros favoritos do gênero fantástico?
Carol – Sou apaixonada pela série Harry Potter, gostei muito de Jogos Vorazes e amo a trilogia Dragões de Éter.
tt – E seus autores preferidos?
Carol – São tantos! No exterior: J.K. Rowling, Marion Zimmer Bradley, Suzanne Collins, George R. R. Martin, Alyson Noël e Christopher Paolini. No Brasil: Raphael Draccon, Eduardo Spohr e André Vianco.
A Carol tem twitter e adora trocar ideias com os outros usuários! Segue ela por lá: @CarolinaMunhoz
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Texto e Entrevista: Melissa Ladeia Marques
Foto: Divulgação
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