A segunda temporada de Sintonia chegou na Netflix no dia 27 de outubro e rapidamente alcançou o Top 10 do streaming. Com seis episódios, a nova fase é ainda mais intensa, emocionante e conta com participações mega especiais de Kevinho e Alok! Daí sabemos que só pode sair um hit daqueles, né?
Na produção, considerada um dos maiores sucessos nacionais da plataforma, seguimos acompanhando os passos de Doni, Nando e Rita (nosso trio favorito!) em busca de superar os desafios da vida, sem esquecer as origens e, principalmente, o elo que os une.
E acredite, não é apenas pelo enredo que a série faz sucesso, afinal, Sintonia dá o ritmo a uma tendência mundial. O funk brasileiro é um estilo de vida, seja pela música, dancinhas que viralizam lá no TikTok, além da personalidade única presente em cada um dos artistas representantes.
Pensando nisso, a todateen te conta agora todos os detalhes por trás das trilhas e looks. Vem com a gente!
A começar pelo flow
A série volta a retratar o universo do funk após o gênero chegar até Tóquio. Baile de Favela, do MC João, embalando a apresentação incrível da Rebeca Andrade, lembra? E se tem algo que não falta na segunda temporada em que Doni está em ascensão é música. Além disso, também acompanhamos a apresentação do MC no KondZilla Festival, mais conhecido como o Lollapalooza do funk, reunindo 12 atrações no Pavilhão do Anhembi, em 2019. Tudo recriado na produção. Demais, né?
“Para o Doni, participar do KondZilla Fest é uma conquista muito grande, não só pelo festival, mas por ser a primeira vez que ele vai cantar para um público tão grande, de 50 mil pessoas”, conta Jottapê, que participou do festival em 2019.
“Sempre procuro buscar lembranças do Jottapê para usar com o Doni, e o KondZilla Festival foi um dos shows mais legais que fiz na minha carreira”, completa.
Vale lembrar que na primeira temporada, Jottapê escreveu em parceria com EZ “Te amo sem compromisso”, Passei de nave” e “Não vai ser fácil (taxado de boy)”, e agora repete a dobradinha com o MC com “Rebola sem sentimento” e “Taca no chão” no novo ano da série.
E as colaborações vão além. “Um dos feats que acho que vai chamar atenção é do Doni com Kevinho e Alok. É uma mistura de funk com pop e eletrônico. É também uma das minhas letras preferidas para essa temporada. Acho que a galera vai pirar”, conta Jottapê.
“Não pode parar” e “Não tenho medo de macho” são duas parcerias do MC com Fanieh, que interpreta MC Luzi, nova personagem da trama, prima dos gêmeos Jaspion e Rivaldinho, e que engrossa o time musical. O ator ainda assina duas faixas: “Nem guindaste” e “Meu pai”, completando a trilha sonora de peso da série.
As tendências
E é claro que assim como outros gêneros, o funk traz a sua própria estética. Cabelos blindados, cortes precisos, sobrancelhas delineadas e com traços fazem parte da caracterização dos personagens masculinos.
“Na série, para a galera de maquiagem o problema não era o cabelo das meninas, era o dos moleques, porque tinha que fazer o topete ou o corte disfarçado”, lembra Júlio Silvério, que interpreta Jaspion. Ao lado do irmão gêmeo Rivaldinho (Jefferson Silverio), ele tem uma barbearia na Vila Áurea.
“As pessoas pensam que o menino de periferia precisa estar desarrumado. Isso na série é muito forte: você vai ver os meninos que ouvem funk, que estão na música, com o melhor tênis, com a melhor jaqueta, com o melhor cabelo”, conta.
“Tem um lugar de ascensão da periferia. O menino pode gastar mil reais em um tênis, pode pagar em 12 vezes ou à vista, ele não precisa andar do jeito que é visto, do jeito que as pessoas querem que o menino preto da periferia ande”, completa.
Na segunda temporada, as roupas de Doni e Nando traduzem a ascensão social dos dois pelo funk e pelo crime. Já Rita, continuará a linha que acompanhamos na primeira temporada, e adotará uma cultura de massa com roupas mais fechadas e saias abaixo do joelho ao se dedicar ainda mais aos caminhos da igreja.
Assim Sintonia mostra um cenário comum em uma das maiores metrópoles do mundo, o que causa muita identificação. Depois de lutar para conquistar seu espaço, Doni, Rita e Nando precisam chegar até o topo para não voltar ao ponto de partida.
O funk, o crime e a religião entram em choque no dia a dia da quebrada, e a amizade entre eles é colocada à prova. É possível chegar tão longe sem esquecer as origens?
