Ele está na telinha como Peteleco. A tt conversou sobre a carreira e vida pessoal do ator Pablo Oliveira.
Você começou no teatro, escrevia texto para os palcos e é coordenador da cia. Nós do Asfalto. Foi uma mudança grande ir do teatro para a tevê? Como foi sua adaptação?
Comecei muito cedo no teatro. Minha avó Dulce sempre foi uma peça fundamental para que isso se mantivesse. Com a tevê, achei diferente que o nossos passos e gestos são totalmente limitados. Você não pode levantar muito os braços, não pode exagerar nas expressões. A minha adaptação foi bem rápida. Nós atores somos camaleões e precisamos nos adaptarmos rápido a qualquer situação. O teatro é muito improviso e adaptação sempre.
Você passou por algumas dificuldades na carreira. Vida de ator é mesmo difícil? Que dica você deixa pra quem quer seguir esse caminho?
Todo mundo tem uma história triste, e infelizmente comigo não poderia ser diferente. Apesar de sempre ter tido o apoio de alguns da família, sempre tem aqueles perrengues que só a gente passa. Saí de casa com 18 anos para morar sozinho, e confesso, foi um dos momentos mais delicados na minha carreira. Eu fazia teatro para pagar aluguel e comer. Tinham meses que precisava pegar emprestado com amigos. As pessoas que acham que a vida de ator é mil maravilhas, mal sabem elas que precisamos matar 2 leões a cada dia! Minha dica vai para aqueles que REALMENTE querem seguir a carreira de ator, que façam teatro e estude bastante. Muito atores se enganam achando que indo na porta das grandes emissoras pedir emprego adianta alguma coisa… A melhor maneira de ser visto é estar em cena, o teatro é uma vitrine e nós somos os produtos, se gostarem nos levam!
Em Malhação, você interpreta o chefão da gangue de um colégio interno. O que é mais divertido em fazer um vilão?
(Risos) Acho divertido os comentários das pessoas da vizinhança e amigos. Um dia, uma senhora me parou na padaria e me disse: “Meu filho, você tão bonito entrando pra essas banda de gente ruim. Tava lá intimidando o menino”. Eu expliquei a ela que era novela e aquelas coisas. As crianças ficaram alegres e algumas até ousaram em dizer “Caraca Pablo, só você mesmo pra dar um ‘jeito’ naquele Antonio (Gabriel Leone)”. No fundo gostei de ver um lado meu que não sabia se conseguiria colocar pra fora. Ganhei tatuagens e cicatrizes, isso ajudou para construção, mas essa coisa de ser intimidador é bem complicada e gostosa!
Aliás, é verdade que teve que ensaiar muitas cenas de brigas? Como foi isso?
Sim, na hora tinha um dublê que nos ensaiou os golpes certos, onde bater e como bater para que ninguém se prejudicasse. Achei bem interessante os pontos e o tipo de soco que aprendi para a cena.
E você, na vida real, é esquentadinho como o personagem ou é mais tranquilo?
Ah, eu sou tranquilo, mas tenho uma personalidade muito forte. Existem certos momentos que se faz necessário esse lado esquentadinho.
Como é trabalhar com o público adolescente? Você curte?
É um tipo de público muito sincero, não é qualquer um que leva um adolescente na maciota. Eles sabem o que querem e onde querem chegar, claro! Eu gosto, porque a grande maioria tem a visão do futuro mesmo a sociedade dizendo que não passam de adolescentes!
Você entrou na temporada de Malhação depois dela ter estreado. Como foi o entrosamento com o elenco?
Fui muito bem recebido por todos. Na maquiagem uns até brincavam “ah eu quero tattoo também”. Outros diziam “você que veio dar um jeito no Antonio?”. Muito legal. O Gabriel Leone, com quem tive mais contato em cena, é um grande parceiro em cena. Sabe aquele ator que sabe jogar em cena? Então, é ele!
Você pode falar dos planos para 2014 da cia. Nós do Asfalto?
Claro! O Nós do Asfalto esse ano passou por uma grande mudança. Estamos mais seletivos com os atores que virão fazer parte integrante do grupo. Vamos abrir novos testes e selecionar atores com RESPONSABILIDADE e AMOR à profissão. Temos viagens marcadas pelo Brasil e Estados do Rio de Janeiro e também estamos com 3 novos espetáculos em fase de produção.
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