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Como pedir aos pais para passar as festas de fim de ano fora de casa

Psicólogos dão dicas para negociar o tempo com os pais nas festas de fim de ano

As festas de fim de ano estão chegando e, com elas, a cobrança da família para que todo mundo se reúna pelo menos nessa época. Mesmo assim, há quem queira viajar com os amigos ou simplesmente curtir o Natal e/ou o Réveillon de uma maneira diferente. Mas como encarar os pais e fazer esse pedido?

mãe e filha

Foto: Shutterstock Images

Por que é tão importante?

Antes de pedir para sair é importante tentar entender porque elas são tão importantes. O psicólogo Lucas Rezende lembra que a data é cheia de simbologia, afinal, representa “o encerramento de um ciclo e ‘um novo começo’.” Já psicóloga Andrea Lorena lembra que, para muitas famílias, essa é uma das poucas datas em que é possível reunir toda a família e, por causa do clima de mudança, “deixar as desavenças de lado”. Se mesmo com toda essa carga emocional, você quiser sair de casa, vale a pena negociar com jeitinho.

Quando pedir?

Andrea recomenda sempre “pedir com antecedência“, assim, dá para deixar os pais pensando um pouquinho e ainda evita que eles já tenham planejado alguma coisa que inclua você, como uma viagem, por exemplo.

Como pedir?

Para convencer os pais, trate o pedido como uma negociação: “apresente uma proposta justa e se prepare com bons argumentos” sugere o psicólogo. Dessa forma, você explica como a saída ou viagem vai ser importante para você, mas já estabelecendo algumas regras como: ligar todos os dias para casa, usar o dinheiro que você juntou, não quebrar as regras deles mesmo longe…

Também dá para lembrar seu comportamento durante todo o ano, mostrar as boas notas e explicar seu merecimento. Se mesmo assim estiver complicado convencê-los, dá pra sugerir ajudar mais nos trabalhos domésticos, por exemplo.

Não convenci, insisto?

Se nada disso der certo e você quiser muito sair, sempre há a opção de tentar conversar novamente. Mas não adianta repetir a mesma ladainha: “só vale a pena insistir se houver novos argumentos ou novos dados que possam mudar a percepção dos pais sobre a situação”, explica Lucas. Procure novos motivos, dê mais garantias de que tudo será seguro e o mais importante: cumpra todas as promessas para que elas sejam prova da sua responsabilidade e sirvam de argumento da próxima vez, ok?

Não deu mesmo

Se ainda assim a resposta for “não” é melhor aceitar. Não vale a pena criar um climão, afinal, ficar em casa em alto astral vai ser melhor para todo mundo. Agora é aproveitar que um novo ano está chegando para mostrar que merece confiança para tentar uma próxima vez.

Consultoria: Lucas Rezende, psicólogo e professor do Instituto de Neurolinguística Aplicada, do Rio de Janeiro

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