The Circle Brasil é o primeiro reality que a Netflix fez com participantes brasileiros. O programa conta com Giovanna Ewbank como apresentadora e um elenco composto por pessoas de todas as regiões do país. E, entre elas, está o bombeiro JP Gadêlha, de Pernambuco.
Em conversa com a todateen, João Paulo (sim, esse é o verdadeiro nome!) esbanjou toda a simpatia que já vinha mostrando no programa e contou tudo sobre o The Circle e sua vida após a participação. Para começar, ficamos sabendo que demorou quase um mês para gravar tudo, considerando a saída e retorno ao Brasil.
Gravado em Manchester, na Inglaterra, o local que os participantes ficam é um prédio que possui um apartamento para cada, com algumas áreas comuns, como academia e banheira de hidromassagem. O detalhe é que, como eles não podem se ver, essas áreas ficam restritas a uma pessoa por vez. Na série, o lugar em que JP mais se encontrava era, justamente, a academia.
o que mais fazia no reality?
Mas não pense que era só isso que ele fazia por lá! “Além dos treinos, eu li bastante (os títulos dos livros eram camuflados pela produção). Levei alguns livros e consegui terminar todos. Gostava também de cozinhar, inventar cardápios variados e tipicamente nordestinos para matar um pouco da saudade de casa“, revelou.
E, para quem ainda não viu o programa, vale destacar que os participantes só podem se comunicar por meio de uma interface, que é o Circle. Eles podem criar um perfil fake ou manter a personalidade original. A ideia é fazer com que todos gostem de você para que, no final, você consiga ser eleito para ganhar o grande prêmio de R$ 300 mil.
amizades
Apesar de haver alguns fakes durante os episódios e as pessoas só terem se conhecido no final do programa, parece que a amizade que foi criada dura ate hoje.
“Todos somos muito amigos! Lógico que existem aqueles pelos quais nutrimos mais carinho, até por conta da afinidade, mas são todos grandes parceiros que, certamente, levarei para vida. Temos um grupo no WhatsApp que tem, por baixo, mil mensagens por dia. Ou seja, a interação continua”, contou JP.
vida pessoal
Agora, na vida pós-programa, parece que bastante coisa mudou. Segundo o pernambucano, sua participação no reality trouxe uma visibilidade mundial.
“Antes do reality, eu me resumia às publicações no Instagram. Hoje, no entanto, estou construindo uma trajetória mais sólida, inclusive aproveitando a oportunidade para manifestar minhas opiniões e posicionamentos no Twitter. Percebo que as pessoas já têm percepções mais aproximadas e genuínas de minha figura. Recebo, diariamente, mensagens de toda parte do mundo. Infelizmente, por estarmos enfrentando esse período de pandemia, ainda não experimentei fisicamente as boas energias do público, mas virtualmente tenho me sentido muito acolhido e prestigiado.”
ativismo
E sobre as questões políticas, JP se expressa bastante nas redes sociais, como ele mesmo disse, e muita gente acaba tomando um susto. Afinal, quem conheceu o bombeiro no programa provavelmente não imagina que ele é tão engajado.
“Minhas raízes nordestinas me impulsionam a ter um senso crítico maior, sobretudo nas questões sociais. Eu costumo brincar que, se um dia houver uma revolução no país, os lideres serão nordestinos”, brincou.
Bom dia! Vejo muita gente aqui se dizendo surpresa com meus comentários políticos e posições ideológicas. Amigos, vou lhes responder com uma palavra simples, porém repleta de significados: Nordeste.
— JP Gadêlha (@jpgadelhaof) March 31, 2020
esteriótipos
Outra coisa que também pode chocar é o fato de JP ser bombeiro, mas sair do estereótipo que muita gente tem, que ele poderia ser mais fechado e não fazer tantas piadas. Mas calma, que ele veio para desconstruir essa imagem. Segundo ele, depois do programa, os colegas de profissão continuaram o tratando normalmente.
View this post on InstagramDuas fases da minha vida que representam muita evolução, crescimento e aprendizado👊🇧🇷
“É, inclusive, uma das características que mais gosto: no militarismo criamos laços de fraternidade e camaradagem tão intensos que essas questões externas tendem a ser secundárias. Eles me tratam da mesma forma – e eu agradeço muito por isso. Lógico que, com a visibilidade e exposição, a responsabilidade com a imagem pessoal e institucional aumenta muito. Mas, independente disso, todos continuam me tratando com respeito e cordialidade, assim como eu os trato“, revelou.
participaria do BBB?
E, por fim, como o programa trouxe coisas boas na vida de JP, perguntamos sobre a chance de participar de mais um reality, como BBB ou A Fazenda, mas ele disse que não sabe se aceitaria. Só que agora, depois de conhecê-lo também, já estamos torcendo para que surja uma oportunidade.
Imagina, poder acompanhá-lo mais vezes?