2021 chegou e veio junto com novas resoluções para fazer o novo ano acontecer. E um dos fatores mais legais em se pensar no início de um novo ciclo, durante as férias, é a escolha dos materiais escolares para a volta às aulas, certo? No entanto, muitas vezes o projeto de escolha de tudo o que os estudante precisam podem não caber no orçamento dos pais, ainda mais depois da pandemia do novo coronavírus.
Pensando nisso, a todateen conversou com a Mary Elizabeth Azevedo, coordenadora do projeto Bibliotroca há 12 anos, do Colégio Pio XII, que é mãe de uma aluna e dois ex-alunos e busca trazer uma maior conscientização a cerca da compra de livros didáticos e uniformes através da troca entre pais e mães da instituição.
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como funciona normalmente
Já tradicional no Pio XII, a proposta da “Bibliotroca” foi apresentada à diretoria por um grupo de mães há 16 anos. O Colégio abraçou a ideia e todos os anos, mães e pais podem efetuar a troca de uniformes e de livros paradidáticos e didáticos, não consumíveis e de categorias diversas. A regra é simples e não há burocracia: quem entregar livros utilizados no ano anterior que ainda estejam na lista de material atual, pode retirar outro livro durante todo o ano letivo.
Mary Elizabeth Azevedo, comenta que a compra de material didático é sempre um gasto muito grande. “Os livros raramente serão utilizados novamente após o ano letivo. É um investimento na educação e não na aquisição da obra em si que fazemos com a compra. Se podemos compartilhar, não há porque mantê-los ou, o que é ainda pior, jogá-los no lixo. Com a Bibliotroca, nós, pais, economizamos, e nossos filhos aprendem a dar valor ao investimento que fazemos em sua educação”.
Mary ainda afirma que os familiares que participam do projeto economizam de R$1500,00 até R$2000,00. “Um aluno mais velho ele pode receber todo o material escolar na troca”. Há oito anos, o projeto ainda foi ampliado para os uniformes. Com as mesmas regras usadas para os livros, os trajes podem ser trocados, peça por peça, o que proporciona ainda mais economia às famílias.
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“As crianças crescem e os uniformes acabam ficando pequenos, mas, muitas vezes, ainda estão em perfeitas condições de uso. Então fazemos uma avaliação para checar se não estão muito desgastados e os aprovados são disponibilizados para a troca”, explica a coordenadora.
As mães voluntárias do projeto “Bibliotroca” ainda orientam alunos, pais e professores com dicas sobre a importância de cuidar do livro, o significado da troca e os cuidados que se deve ter para conservá-los. Ainda assim, ao chegar à Bibliotroca, todos os títulos passam por uma avaliação. “Os próprios professores incentivam os alunos a cuidarem bem dos livros, pedindo que resolvam os exercícios com lápis ao invés de caneta“, diz Mary. Para o aluno que efetua a doação e não tem interesse em nenhum outro para retirar, a Bibliotroca oferece créditos com prazo indeterminado.
o projeto durante a pandemia
Neste ano, a pandemia alterou a “Bibliotroca” e as mães voluntárias que lideram o projeto atenderam as famílias no formato drive-thru, onde foi aceita somente a doação de livros, que ficarão em quarentena até janeiro, mês em que pais e responsáveis serão orientados para a retirada do material. “Nós estamos preparando sacolinhas com o nome do familiar e o material que o aluno precisa para o ano de 2021. Também faremos a entrega por drive, onde as pessoas não poderão nem abrir a sacola na hora, recebendo o que separamos para elas, segundo os seus pedidos”, afirma Mary.
A troca de uniforme, por enquanto, está suspensa.”Apesar de todas as dificuldades deste ano, nos preparamos para atender às famílias com segurança e esperamos que dessa forma, possamos continuar fazendo nosso trabalho de solidariedade”, diz a coordenadora. “Enquanto estivermos nessa situação, vamos nos readaptando e não vamos desistir de atender a todos pais”.
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Ela ainda incentiva outros familiares a fazerem o mesmo, se inspirando no projeto da Bibliotroca. “A troca de livro deveria ser um habito em todas as escolas, faz bem para a saúde financeira das famílias e ensina as crianças a consumirem os materiais com responsabilidade“.
Desde que se tornou adepta da troca, Mary conta que economizou bastante e vê o projeto como definitivo: “É bom para os alunos e para os pais, a adesão é muito grande. Algumas pessoas apenas doam o material para que seja repassado. Assim, funciona bem para todo mundo”, finaliza.
E aí, mana? Te inspirou a fazer algo diferente esse ano?