Recentemente, com o lançamento da base da influenciadora Virgínia Fonseca, surgiu na internet um novo termo utilizado para as maquiagens: Dermomake. Isso porque, segundo a influencer, sua nova base não era apenas um cosmético, mas um produto que além da função estética, também resultaria em cuidados com a pele.
Aliás, essa, também seria justificava para o valor da maquiagem, que estaria muito acima se comparada com outras bases de marcas nacionais. Mas esse tipo de produto realmente existe? Consultamos a Médica Dermatologista, Natália Venturelli, para tirar essas dúvidas.
A médica já começa esclarecendo um ponto muito importante dessa discussão: “o termo dermomake é marketing, não existe uma classificação pela Anvisa com essa denominação, o que nós temos hoje são medicamentos e cosméticos”. Dentro dessa classificação se dividem produtos como: shampoos, hidratantes, condicionadores, todos esses produtos são considerados cosméticos, e são classificados com Grau 1 pela Anvisa.
Já os medicamentos precisam de prescrição médica, e se encaixam dentro de uma nova classificação, a de Grau 2. “Nessa classificação estamos falando de medicamentos, e eles precisam informar todos os ativos envolvidos na composição do produto, além das doses de cada um deles, algo que por exemplo, não acontece no dermomake”, comenta a dermatologista.
Apesar da base conter ativos como vitamina E, ácido hialurônico, niacinamida e esqualano vegetal, ainda assim, a quantidade desses ativos seria mínima, já que o produto segue sendo classificado como Grau 1 pela Anvisa.
A dermatologista Natália, finaliza orientando que em muitos casos, o marketing é maior do que os resultados de uma maquiagem como essa. “Em muitos casos, vale mais a pena investir em um tratamento com um médico, que te oriente sobre quais são as opções mais eficazes para seu problema, do que investir em uma maquiagem. O dermatologista sempre vai ser o profissional mais indicado para realmente orientar e trazer soluções para o tratamento da sua pele“, aponta, por fim.