Você sabia que o lindo Ansel Elgort já está pronto para o próximo trabalho? Conversamos com o ator e todo o elenco do filme “Homens, Mulheres & Filhos”! Vem ver o bate-papo:
Você teve uma surpresa quando recebeu o roteiro de ‘Homens, Mulheres e Filhos’, sobre como o roteiro era honesto e observador?
Elena Kampouris (interpreta a líder de torcida Allison Doss, que encontra apoio através das comunidades ‘Pro-Ana’ e “Thinspiration’, onde as mulheres encorajam a anorexia umas das outras): Só sei que, para mim, quando li o roteiro pela primeira vez, fiquei chocada por sua ousadia. Senti como se o roteiro estivesse cobrindo muitas questões pesadas com cada personagem e achei interessante como ele esclarecia a disfunção que cada personagem tinha. E achei realmente muito interessante o quanto podia me identificar com as coisas. Mesmo sendo desconfortável e muitas das coisas sendo muito intensas e estranhas, o roteiro é fiel à vida real, portanto fiquei muito atraída por ele.
Kaitlyn Dever: (Interpreta Brandy Beltmeyer, cuja mãe Patricia (Jennifer Garner) monitora todas suas comunicações, levando-a a criar uma identidade secreta no Tumblr): Bem, sim, quando li o roteiro pela primeira vez, definitivamente pensei que era muita coisa a ser abordada em um único roteiro, mas é isso que faz ele ser tão legal e maravilhoso. Não frequentei o ensino médio, mas sei que o ensino médio é assim porque minha irmã está passando por isso agora (RISOS). Ela está no segundo ano e eu acho que o que me chamou mais a atenção foi o quanto isso era verdadeiro. E as conversas entre os adolescentes do filme também são muito verdadeiras, e isso algumas vezes é difícil de se encontrar em um roteiro. Algumas vezes simplesmente não parece um adolescente falando e você pensa: “Ok, isso não parece correto. Parece que isso foi escrito por um cara de 40 anos”. Mas foi isso que adorei no roteiro. Jason foi muito bom em conseguir torná-lo verdadeiro.
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Neste filme, enviar textos e interagir através da mídia social estão em destaque, como você interpreta isso como sendo uma parte tão importante do enredo e uma ferramenta para todos estes personagens interagirem? Há uma cena onde duas pessoas estão conversando entre si sobre um assunto realmente sério, mas nada é falado, eles estão caminhando lado a lado por um corredor e enviando textos. É esta a realidade de como as pessoas se comunicam hoje em dia?
Kaitlyn Dever:Acho que é bastante relevante e sei que já me senti culpada por enviar textos sobre algo sério para alguém que eu provavelmente deveria ter dito pessoalmente. Há muita coisa e você diz, “Oh, o.k., certo”, e você cai na real quando vê isso no filme.
Fiquei me sentindo culpado ao enviar textos depois do filme (risos) então fico imaginando se vocês estão sempre conectados com seus telefones? Ou vocês são legais o bastante para deixar o telefone de lado e se ligarem com o mundo verdadeiro?
Ansel Elgort: (Interpreta Tim Mooney, devastado pelo recente divórcio de seus pais, o astro do futebol americano do colégio começa a questionar tudo): Na verdade, quero responder esta pergunta. Acho que usar o telefone é uma coisa boa. Acho que o avanço da tecnologia é impressionante, um telefone é uma coisa incrível e ele fará e já fez coisas incríveis com o mundo. Porém, as pessoas são realmente estúpidas com seus telefones, incluindo eu mesmo, e todas as vezes que tenho um segundo no qual não estou me divertindo ou quando estou estressado, navego pelo Instagram repetidamente e fico atualizando, tentando ver se alguém publicou uma nova foto, sem qualquer motivo. E se estou realmente ocupado com algo, nunca faço isso. Isso agora é apenas algo com o qual você preenche um espaço e é apenas uma distração e acho que, na medida em que as pessoas ficarem mais acostumadas com a tecnologia, elas aprenderão a controlar melhor seu tempo. Acho que a tecnologia fará com que todo mundo fique mais inteligente, e não mais burro, no final das contas. Mas neste momento, para todo mundo tudo é tão novo e tudo é tão empolgante e estimulante que as pessoas utilizam a tecnologia e ela faz com que você fique um pouco mais estúpido.
Kaitlyn Dever: Realmente concordo com o que Ansel disse porque acho que, como a gente pode frequentemente ter acesso para checar nossas notificações, nossos e-mails, as atualizações da nossa conta e tudo isso, acho que isso transformou nossa geração em uma geração obsessiva. Quero dizer, tornou-se um hábito atualizar e verificar constantemente e isso realmente mudou a maneira na qual vivemos nossas vidas, nosso estilo de vida e tudo mais.
Travis Tope: (Interpreta o jogador de futebol americano Chris Truby, que ainda não beijou uma garota, mas seu acesso à pornografia ilícita na Internet afetou seriamente sua visão de amor e sexo.): Isto é algo que observei na prática ou que percebo nas pessoas que possuem mídia social. Acho que quando alguém curte sua foto ou algo assim, isso não significa nada, na verdade. Não é importante. E, ainda assim, as pessoas criam autoestima a partir disso e isso é assustador, as pessoas estarem dando valor a estas coisas que não têm nenhuma importância.
Ansel Elgort: Bem, acho que em relação à vida pessoal, isso não significa nada. Mas a partir de um ponto de vista verdadeiramente comercial uma “curtida” vale muito porque é literalmente propaganda. Portanto, o que você pode fazer com a mídia social como anunciante é insano porque é gratuito, enquanto que, se você estiver tentando levar o anúncio de uma campanha, digamos, no meu caso, a 3,5 milhões de pessoas, isso custa muito dinheiro. O estúdio fica muito feliz por eu ter muitos seguidores porque assim é uma forma de divulgar o filme. Eu também fico muito feliz porque este é um filme de orçamento baixo que não poderia fazer uma grande campanha. Então, você pode divulgar algo e isso é importante para você ou, no caso de artistas, há pessoas que estão nas redes sociais agora vivendo disso, apenas porque têm seguidores e são pagos por companhias para fazerem propaganda de coisas.
Travis Tope: Com certeza é uma ferramenta maravilhosa. O negócio é o seguinte, não era isso que eu estava dizendo. Estava apenas dizendo que o que me assusta é quando as pessoas, ou seja, suas emoções estão incorporadas nisso.
Ser um ator agora também significa que você tem que criar a sua “marca”?
Ansel Elgort: São apenas negócios. Acho que ser um artista agora é simplesmente assim. Você tem que ser um homem de negócios e um artista ao mesmo tempo. Tem pessoas cuja equipe de gerenciamento envia Twitters por elas e publicam no Instagram por elas e isso também funciona. Mas as pessoas se conectam mais se tudo parecer pessoal e elas sabem dizer quando o próprio artista é quem está fazendo isso. Depois, após você ter construído este relacionamento, você pode utilizá-lo para tipo divulgar um filme. Por isso que hoje em dia isso é a norma e você tem que seguir. O mundo está sempre mudando e você tem sempre que fazer ajustes. Acabei de fazer um filme com Kate Winslet e ela estava me dizendo, “Nunca vou participar da mídia social”, e eu disse, “Certo, você não precisa participar da mídia social. Você já foi indicada para tipo seis Prêmios da Academia, então não importa”. Mas como um ator de 20 anos de idade, eu preciso participar.
Will Peltz: (Interpreta Brandon Lender, um rapaz muito popular pelo qual Allison (Kampouris) sempre foi apaixonada.) Concordo e acho que mais adiante será ainda mais importante. Será, na verdade, algo que as pessoas consultarão quando estiverem contratando você, porque quando você tem um número tão grande de seguidores, você pode fazer uma divulgação efetiva. Digamos que você tenha 3,5 milhões de seguidores e outra pessoa tenha 500 seguidores e estas duas pessoas estão concorrendo a um emprego, quero dizer, as chances são de que eles escolherão alguém que possua 3,5 milhões de seguidores e possa divulgar o filme.
Fiquei chocado com mundo de Web Sites de “thinspiration (inspiração magra)”, eu nem sabia que esta expressão existia até ver o filme.
Elena Kampuris: Não sabia que os sites Pro-Ana (pró-anorexia) existiam até ler o roteiro. Depois fiz pesquisas e foi perturbador. Havia este reino sombrio que existe no lado escondido da Internet. E quando li o material que estava nos sites foi perturbador e chocante. Quanto mais lia sobre como ser mais eficiente em passar fome, mais entrava na maneira de pensar de Allison e sua mentalidade. Isso somente me ajudou, mas foi realmente chocante.
Então isso significa viver neste mundo onde esta garota apenas quer realmente se encaixar, mas a única maneira que ela encontra é emagrecer até ficar só pele e osso. Fiquei curioso em saber como você processou isso como atriz, porque você certamente leva uma parte deste mundo com você quando vai para casa.
Elena Kampouris: Quando li o roteiro pela primeira vez, eu realmente me identifiquei com a personagem. Lidei com as inseguranças sobre meu próprio corpo e acho que muitos de nós lidamos, especialmente hoje em dia e com a pressão da ideia da sociedade do que é bonito e, com a leitura de todo este material dos sites Pro-Ana, realmente tive aquela ideia de como seria sua mentalidade. E ninguém me disse que eu precisava perder peso para interpretar o papel, (RISOS) mas eu mesma senti que precisava, de uma maneira saudável, perder algum peso, então perdi. Quero dizer, ela está obviamente perdendo peso de uma maneira doentia, mas eu perdi peso de maneira saudável e a perda de peso somente me ajudou a conseguir me identificar ainda mais com ela e entrar na pele da personagem. Foi engraçado porque quando terminamos as filmagens eu saí de um transe porque estava muito ligada na maneira de pensar da personagem e como ela apenas quer continuar. É uma loucura como você pode se envolver com isso.
Numa visão mais ampla, não somente as garotas, mas todas as pessoas são pressionadas a manter uma forma física bem específica para trabalhar nesta indústria?
Ansel Elgot: Acho que os rapazes podem escapar mais disso. É muito injusto, mas os rapazes não são tão pressionados por estarem fora de forma ou gordos ou muito magros.
Katherine Hughes: Certo. Contudo, as garotas são duramente castigadas por causa disso.
Will Peltz: E a ideia atual como Elena estava dizendo, se você olhar fotos de 20, 30 anos atrás, você olha para modelos em biquínis e elas são muito mais encorpadas. Seus seios são maiores, seus corpos mais cheios. Agora parece que é um corpo totalmente diferente.
Ansel Elgort: Estamos voltando um pouco para aquele tempo.
Will Peltz: Você acha?
Ansel Elgort: Quero dizer, sim, têm modelos que estão nas elegantes revistas de moda e são muito magras e felizmente estamos voltando para a Sports Illustrated, com Kate Upton na capa.
Kaitlyn, você entende porque a personagem de Jennifer Garner, que interpreta sua mãe, é tão protetora que chega a sufocar?
Kaitlyn Dever: Sim, quero dizer, Jennifer disse que ela se identifica bastante com sua personagem no que diz respeito a querer saber tudo que está acontecendo com seus filhos e não querer que eles se machuquem Meus pais são assim também. Tem algo sobre não querer dar liberdade aos filhos. E sinto que é isso que está acontecendo com sua personagem (Patricia) e Brandy (filha de Patricia). Ela é muito ligada na filha e quer se envolver em tudo no seu mundo. Ela tem que se desligar um pouco, mas ela realmente não entende isso. Algumas vezes ela realmente ultrapassa os limites. Mas acho que é no sentido de que ela apenas quer fazer parte de seu mundo e não quer que ela se envolva em nada ruim. Acho que tem também aquela coisa de exagero, porque Brandy provavelmente não faria nada de ruim no Facebook ou qualquer outra mídia. É apenas o fato de que é isso que está na cabeça dela. É isso que está na cabeça da minha mãe, ela acha que todas estas coisas ruins estão acontecendo comigo on-line, e na verdade, não há nada ruim acontecendo.
Esta é a última pergunta. Em suas próprias palavras, se você tem um amigo que está curioso sobre o filme, como você descreveria o filme para este amigo?
Kaitlyn Dever: Acho que o filme fará com que as pessoas se conscientizem sobre tudo que está acontecendo online e também é para mostrar que isso não é uma coisa ruim ou uma coisa boa. É apenas sobre como o mundo está mudando.
Elena Kampouris: Acho que o filme é realmente um alerta. E acho que ele fará com que as pessoas se conscientizem sobre várias questões que estão acontecendo agora mesmo. Irá abrir seus olhos, porque há muitas questões pesadas que são abordadas neste filme e acho que ele é realmente significativo.
Ansel Elgort: Se eu fosse sair com alguns amigos, eu tentaria, bem, você sabe, não vou dizer para você exatamente sobre o que é este filme. Mas é muito verdadeiro (risos). Curta este filme!
Timothée Chalamet: (Interpreta Danny Vance.) Será que devo assistir?
Ansel Elgort: Claro, Timmy, você deve ver este filme, é mesmo muito verdadeiro.
Timothée Chalamet: Ah, é? Por que?
Ansel Elgort: Ele é assim… É o primeiro filme que verdadeiramente captura o que está acontecendo neste exato momento. Você entende? Não tenho que explicar o filme para você agora.
Timothée Chalamet: Ouvi falar que o rapaz de ‘A Culpa é das Estrelas’ está no filme (risos). Ele é bom?
Ansel Elgort: Na verdade ele é ótimo. (risos) Mas, é isso aí, você deveria apenas assistir ao filme. Apenas assista.
Travis Tope: Sabe Shakespeare uma vez escreveu que você deveria segurar um espelho diante da sociedade. Acho que este filme está definitivamente segurando o espelho diante da sociedade.
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