Fale conosco

O que vc está procurando?

Busca

Comportamento

5 dicas práticas para não deixar as redes sociais abalar a sua autoestima

Filtros do Instagram: como as redes sociais impactam a autoestima feminina
Filtros do Instagram: como as redes sociais impactam a autoestima feminina

De maneira despretensiosa, os filtros do Instagram entraram em nossas vidas e começaram a se fazer presentes em praticamente todos os vídeos e fotos compartilhados na rede social. No início, de maneira divertida e criativa, com orelhas de cachorrinho e óculos, mas em pouco tempo estávamos em contato com efeitos que serviam para afinar o nariz, aumentar a boca e adicionar uma boa quantidade de maquiagem.

Mesmo parecendo inofensivos, a presença constante dos filtros afeta diretamente a autoestima das pessoas, principalmente a das mulheres.

Racismo e algoritmos: a realidade preconceituosa por trás da lógica da timeline

“Os filtros modificam coisas em nossa aparência que não gostamos. Às vezes pode ser uma boa pele, outras vezes melhoram algum traço que nos incomoda. Então naquele momento nos sentimos mais confiantes em postar a foto, já que ela se aproxima mais do nosso ideal do que a aparência que vemos no espelho. Quando as outras pessoas elogiam a foto, nos sentimos bem e a autoestima aumenta temporariamente como resultado.”, explica Adriana Drulla, mestre em psicologia positiva e especialista em parentalidade e estudos de compaixão e autocompaixão.

Dessa forma, é importante que exista um debate que discuta os efeitos que, mais uma vez, os padrões estéticos inalcançáveis causam na autoimagem feminina.

“Quando passamos a tratar todas as nossas fotos, vamos construindo uma imagem que não nos representa como somos de verdade, mas que nos agrada mais. Mais ainda, aprendemos que os outros também gostam dessa imagem retocada.”, expõe a especialista.

+ Filtros, harmonizações e plásticas: como as redes sociais afetam a autoestima das mulheres

Então, quando passamos a supervalorizar essa imagem editada, passamos também a nos comparar a ela a todo o momento. “Ela passa a ser nosso referencial. E a consequência é que fica cada vez mais difícil gostar de quem somos e como somos de verdade. A autoestima sofre como consequência dessa comparação. Os nossos traços que já incomodavam passam a incomodar cada vez mais.”, fala Adriana.

“Quando tiramos uma foto sem filtro, ou quando nos olhamos no espelho, percebemos todas as nossas imperfeições e sofremos com isso. Ter o filtro como referência é receita certa para a insatisfação já que somos humanos e, portanto, temos defeitos.”

Nesse contexto, a profissional também ressalta a importância de não apenas falarmos sobre o assunto, mas também de mostrarmos a irrealidade desses filtros. “Quando falamos sobre a falsidade dos filtros, podemos perceber que estamos nos escravizando em busca de um ideal inatingível, ou de certa forma concordando que precisamos ser diferentes fisicamente para termos valor.”, diz.

E continua: “É uma visão míope porque primeiro, é impossível um ser humano se parecer com o filtro, e segundo, somos muito mais do que nossa aparência física. O verdadeiro sentimento de valor está em nos sentirmos aceitos por sermos quem somos e não por uma imagem artificial que criamos de nós mesmos. Se queremos que as pessoas gostem da gente, precisamos mostrar quem somos e não quem gostaríamos de ser.”, esclarece.

Por isso, é extremamente importante que consigamos dividir com as pessoas uma imagem que, de fato, nos represente e que vão além de sua aparência física. “Sermos quem somos é o único caminho para construirmos um autoconceito positivo. Todos temos muitas coisas positivas que não conhecemos. Porque quando o nosso foco é se tornar outra pessoa, não conseguimos nos relacionar e conhecer quem somos de verdade.”, finaliza ela.

Abaixo, Adriana elaborou exclusivamente para a todateen 5 dicas práticas de como não deixarmos as redes sociais abalarem nossa autoestima.

+ Problemas de saúde e autoestima: o que não te contam sobre cirurgias plásticas

Confira!

1. é impossível agradar a todos, faça uma lista das pessoas que realmente importam

Os cientistas chamam de sociometro o termômetro que mede a nossa percepção sobre o julgamento que os outros fazem de nós. Quando percebemos que os outros nos julgam positivamente, nos sentimos bem. Quando o inverso acontece, nossa autoestima sofre mesmo que por apenas um momento. E diversos estudos demonstram que isso acontece mesmo sem que a gente perceba. No entanto, você pode escolher quais opiniões continuará a levar em consideração. Ou seja, é natural se sentir mal em um primeiro momento, mas continuar se importando é opcional. Faça uma lista das pessoas que realmente se importam com você, e com quem você se importa. As outras opiniões, desconsidere.

2. lembre-se que na maioria das vezes a crítica do outro não diz nada sobre você

É impossível agradar a todos sempre. As críticas existirão independente de você usar ou não filtros, independente de você usar ou não as redes sociais. Uma das principais razões que leva as pessoas a criticarem as outras é porque quando elas fazem isso o referencial a que elas se comparam diminui de valor. Ou seja, as pessoas críticas passam a se sentir melhor em relação a elas mesmas porque depois de te criticarem elas se sentem superiores quando se comparam com você. A crítica diz mais sobre a insegurança do outro, que precisa te diminuir pra se sentir melhor, do que sobre você.

3. quando você perceber um desconforto ao se comparar com alguém nas redes, ou quando receber uma crítica, lembre-se que é normal

O nosso cérebro está o tempo inteiro nos comparando com os demais e sofremos, pelo menos momentaneamente, quando somos criticados. Isso é normal e acontece com todos os seres humanos. Ou seja, se você se sente mal isso não significa que tem algo de errado com você. Significa que você é humano. Foque em aprender a lidar com este desconforto em vez de mudar a si mesmo pra agradar sempre.

4. pratique a autocompaixão

Autocompaixão é sobre lidarmos com o nosso desconforto com gentileza e com o entendimento de que todos os seres humanos têm defeitos, não apenas você. São os seus defeitos que te fazem humano, e não inferior aos demais. Então, quando você perceber que está se criticando, sendo muito duro consigo, ou levando a crítica do outro a sério demais, lembre-se de ser gentil com você mesmo. Lembre-se que os seus defeitos fazem parte de você, mas não te definem. Se dê apoio. Fale com você mesmo como você falaria com um grande amigo que estivesse passando pela mesma situação. Se você precisar dar um tempo das redes sociais, ou se distanciar de pessoas tóxicas, faça isso. Se você precisar de um abraço ou uma conversa sincera, procure alguém que te ame de verdade.

5. considere dividir outros aspectos da sua vida nas redes sociais

Somos muito mais do que aparência física. Quando nos tornamos dependentes dos elogios dos outros em relação à nossa aparência e gastamos muita energia tratando fotos e voltando para ver os comentários, pode ser um sinal de que a nossa autoestima está fragilizada. Neste momento, pode ser interessante descobrir que as pessoas não te admiram apenas por sua aparência, a conexão verdadeira se dá a partir da nossa humanidade. Faça uma lista sobre as suas qualidades. Considere dividir com os seus amigos algo interessante que tenha aprendido sobre você, ou um hobby que você tenha, causas que você acredita, seus projetos, ou coisas que pretende construir no mundo. Quando percebemos que temos valor por sermos quem somos, o peso ou necessidade de termos uma aparência física perfeita fica bem menor.

Mais notícias para você

Entretenimento

Expusemos as contas secretas das suas celebridades favoritas

Comportamento

Confira nosso guia completo sobre emojis de reação do Facebook

Especial

Um feed organizado é a chave para destacar seu perfil no Instagram

Comportamento

Te ajudamos a viralizar na rede social do momento com essas dicas