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Como “Moxie” mostra que é preciso manter a cabeça erguida quando o assunto é machismo

Como "Moxie" mostra que é preciso manter a cabeça erguida quando o assunto é machismo
Como "Moxie" mostra que é preciso manter a cabeça erguida quando o assunto é machismo

Desde muito jovens, nós mulheres nos deparamos com inúmeras regras de comportamento e conduta, seja pelo nosso jeito de se comunicar, de se vestir, na maneira de se impor em determinada situação – ou ainda na alta frequência que acabamos ficando caladas para não causar nenhum desconforto. Todas essas normas implícitas na nossa vida variam de acordo com o ambiente que estamos, mas nem sempre se aplicam para os homens. E é a partir dessas pequenas ou grandes desigualdades que nos deparamos ao longo da infância e adolescência que pode surgir uma faísca para muitas de nós entrarem em contato com o feminismo.

Em Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta, que chega ao catálogo da Netflix nesta quarta-feira (3), vemos essa faísca surgindo na trajetória de Vivian (Hadley Robinson), uma garota de 16 anos, aparentemente tímida, que sempre preferiu seguir as regras e não chamar a atenção. O “despertar” dessa jovem acontece quando a chegada de uma nova aluna, a Lucy (Alycia Pascual-Peña), a força a analisar o comportamento dos garotos da sua escola.

Baseado no romance de mesmo nome da autora americana Jennifer Mathieu e dirigido pela icônica Amy Poehler, que também interpreta a mãe de Vivian no filme, a história se desenvolve na medida que a protagonista percebe que está cansada do que vê no ambiente escolar. Assim, ela se inspira na trajetória feminista da mãe e publica anonimamente um fanzine chamado Moxie para expor os preconceitos e as desigualdades do colégio – desencadeando uma mobilização maior do que esperava!

A todateen teve a oportunidade de assistir previamente ao filme e separou alguns dos destaques dessa trama inspiradora. Por isso, cuidado com os spoilers abaixo!

Como "Moxie" mostra que é preciso manter a cabeça erguida quando o assunto é machismo

Colleen Hayes/ NETFLIX © 2020

Manter a cabeça erguida é algo que Vivian percebe que precisa fazer logo quando se depara com os assédios que Lucy sofre por Mitchell (Patrick Schwarzenegger), capitão do time de futebol da escola. A nova aluna não recebe suporte da própria diretora da escola, que segue uma atitude de “passar o pano” para qualquer comportamento inadequado do garoto, o qual aumenta o status da escola pelo esporte.

Diante desse machismo enraizado nas próprias estruturas do colégio, o longa traz essa mensagem de não aceitar o machismo como apenas uma “brincadeira” dos homens, o que fica como uma referência muito importante para as adolescentes dessa geração. E, como o filme é ambientado em uma escola, acompanhamos várias situações um tanto quanto didáticas para abrir o olhar das jovens, exibindo que crescemos em meio a um espaço que não nos acolhe sempre, mas que não precisamos aceitar isso e ficar caladas.

A jornada das personagens se desconstruindo e mantendo a cabeça erguida ainda é acompanhada de vários dramas e inseguranças comuns na vida de uma adolescente. E todos esses sentimentos fazem com que nem todas as atitudes das garotas sejam sempre as ideais. Mas isso ainda é aceitável levando em consideração que estamos falando de um filme ambientado no ensino médio e que não deixa de explorar esse lado mais sentimental – mostrando todo o processo dessas garotas, ao mesmo tempo, se descobrindo como mulheres e ainda descobrindo o feminismo.

Como "Moxie" mostra que é preciso manter a cabeça erguida quando o assunto é machismo

Colleen Hayes/ NETFLIX © 2020

Porém, diferente de outros longas do mesmo estilo, algo em Moxie se destaca: a rivalidade feminina não é o motor da história! A partir do fanzine inspirado na trajetória feminista da mãe de Vivian, a protagonista cultiva novas amizades com garotas de diferentes grupos e elas aprendem a enfrentar, juntas, os altos e baixos do colégio e os dilemas da vida como adolescente.

E a união das mulheres nesta história fica ainda mais interessante por conta da diversidade. O elenco traz jovens com diferentes trajetórias e causas para agregar ainda mais à trama, como a atriz Josie Totah, que expõe pela sua personagem as dificuldades de conseguir um papel feminino em uma peça de teatro por ser uma mulher trans.

Ainda acompanhamos as perspectivas de mulheres negras, asiáticas, latinas, entre outras, sendo exploradas ao longo do filme. Porém, algumas dessas narrativas ficam apenas na superfície, não mostrando todas as complexidades que podem ser expostas quando o assunto é feminismo. Por ser uma adaptação de um livro, é perceptível que o resultado que vemos na Netflix optou por trazer diferentes pautas ainda assim, mesmo não tendo o tempo necessário para explorá-las com afinco.

Como "Moxie" mostra que é preciso manter a cabeça erguida quando o assunto é machismo

Colleen Hayes/ NETFLIX © 2020

Vale destacar que Moxie também é estrelado por Lauren Tsai, Nico Hiraga, Sydney Park, Josephine Langford, Clark Gregg, Josie Totah, Anjelika Washington, Charlie Hall, Sabrina Haskett, Ike Barinholtz e Marcia Gay Harden.

Ficou interessada ainda mais pela história? Então confira o trailer oficial do filme abaixo:

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