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Entrevista com Maria Cecília e Rodolfo

Confira uma entrevista TDB com a dupla Maria Cecília e Rodolfo!

Maria Cecília e Rodolfo fazem o maior sucesso com músicas sertanejas superlegais. Além de lidar com a carreira, eles também namoram há algum tempo e contaram pra todateen tudo sobre o relacionamento, o envolvimento com os fãs e até dicas de moda. Confira!

O DVD de vocês é muito bacana e cheio de canções novas. Várias delas têm uma projeção no fundo, como em Tchau, Tchau, que tem umas mãozinhas dando tchau. Vocês participaram desse processo de criação? E em que partes de um show vocês gostam de por um dedo?
Maria Cecília: Acho que na música, nos arranjos, nos cenários também o nosso empresário nos mostrou e a gente falou “não, é bacana, já que é em São Paulo…” Porque a gente fez o DVD tudo a ver com São Paulo. Tinha um heliporto ali… Então, com certeza a gente sempre põe um dedinho. Em todas as partes tem um toque nosso ali.

O Thiaguinho e o Péricles do Exaltasamba participam de O Troco no DVD. Como rolou essa parceria?
Rodolfo: Nossos empresários já se conheciam e aí ele fez esse convite pra eles. A gente já tinha recebido a música de um compositor e o nosso empresário conversou com o empresário deles pra saber se eles queriam participar e tal. Eles aceitaram na hora e a gente fez um ensaio na semana de gravação do DVD. A música ficou bacana demais na voz deles, aí colocamos os arranjos e deu no que deu. A música foi um sucesso, graças a Deus!

Vocês são fãs do Exalta?
Maria Cecília: Muito! Com certeza!
Rodolfo: Somos muito fãs do trabalho deles, são 25 anos de carreira. A gente sempre acompanhou o trabalho deles.
Maria Cecília: Foi uma honra tê-los no nosso DVD.

Vocês têm muitas músicas agitadas e outras tantas mais lentinhas. Quais preferem cantar no palco?

Maria Cecília: Ah, eu não sei se tem alguma diferença, mas, com certeza, em cada música a gente entra no clima, sim. O nosso estilo começou mais romântico, nesse DVD que a gente procurou ousar mais um pouco com essas músicas mais dançantes, como O Troco e Tchau, Tchau, e a galera gostou. Isso que é importante, o público gostar. Mas na hora do show, eu acho que tem momentos pra as duas coisas.
Rodolfo: Eu, pra falar a verdade, prefiro cantar as mais agitadas.

Este ano vocês lançaram este CD e DVD, devem estar com a agenda cheia, fazendo muitos shows pelo Brasil. Mesmo assim, já estão pensando em um outro disco? Talvez um de estúdio?
Maria Cecília: Então, com certeza! Hoje em dia, as coisas são muito rápidas, né? Acho que em seis meses você já tem que estar com o CD novo. Antigamente, eram dois anos e o artista ficava tranqüilo e a gente não. A partir do momento em que lançamos o CD, já estávamos pensando em músicas novas. Mas a gente não sabe ainda se vai ser ao vivo ou em estúdio, mas pretendemos gravar um outro CD do meio do ano pra frente.

Mudando um pouco nosso foco: vocês se conheceram na faculdade, cursando Zootecnia, né? Em que momento começaram a tocar juntos?

Maria Cecília: Na verdade, nós nos conhecemos no segundo ano da faculdade e fomos começar a cantar no último semestre, dois anos e meio depois. Eu sempre ouvia o Rodolfo cantando no corredor da faculdade e ele sabia que eu cantava, mas nenhum dos dois era profissional, sabe? Era só por brincadeira. E aí nossos amigos começaram a escutar, acharam bacana e sugeriram que a gente montasse uma dupla e procurasse um lugar pra tocar. Eu pensei: “será?”. Mas a gente era universitário, sem dinheiro e eu falei: “vamos achar um barzinho pra gente ganhar um trocado”. Foi quando começamos como uma brincadeira mesmo, a gente ganhava superpouco, era só por diversão. E aí as coisas começaram a caminhar, começamos a ter fãs do nada, a gente nem imaginava, daí que a gente descobriu que era isso que queríamos pra nossa vida. Foi em julho de 2007 que a gente começou e aí largamos a faculdade.

E em que momento sentiram que o que os uniu foi algo mais do que a música? Quando começaram a olhar um para o outro com um olhar diferente, mais romântico? Eu me lembro de vocês dizendo que eram só amigos…
Maria Cecília: (risos) Realmente éramos só amigos mesmo. No começo, não éramos nem amigos, a gente começou a cantar e só depois que fomos nos tornar amigos e acho que dois anos depois, né?
Rodolfo: É, dois anos.
Maria Cecília: Dois anos depois que a gente foi começar a namorar.

No dia a dia, vocês conseguem separar o profissional do pessoal? É muito difícil? Rola, por exemplo, uma discussão antes de entrar no palco?
Rodolfo: Ah, acontece, é um casal como qualquer outro. A gente tem que separar isso senão não dá certo. Não dá certo a carreira, não dá certo o namoro também. Tem que separar. Não dá pra gente subir ao palco brigado ou ficar discutindo a relação ali no camarim enquanto tem gente querendo entrar pra tirar foto. Então, tem que separar. A gente deixa os problemas de lado, marca pra brigar mais tarde… Tem que separar.

Vocês pesaram tudo isso antes de engatar o namoro? Por que se a relação não dá certo, a dupla não vai se desmanchar, né?
Maria Cecília: A gente conversou bastante.
Rodolfo: Nós conversamos, mas ficamos “será que a gente namora, será que não?”. A gente começou a namorar do mesmo jeito que a gente montou a dupla. Aconteceu, sabe? Mas a gente conversou sobre isso depois que a gente começou a namorar.

Passar tanto tempo junto não atrapalha o romance?

Rodolfo: Pode atrapalhar… Cada relacionamento é de uma forma, né? No nosso não tem atrapalhado, tem ajudado muito, mas cada um é de um jeito.

Vocês cantam músicas românticas. Quem dos dois é mais romântico?

Maria Cecília: Ah, os dois somos.
Rodolfo: Mas acho que ela gosta mais de música romântica do que eu!

E quem é mais ciumento? Vocês como artistas devem ter mais facilidade para lidar com os fãs…
Maria Cecília: Bom, antes de namorar a gente já sabia como era isso. Então acho que já era natural a gente saber lidar com os fãs, com esse negócio de ciúmes. E depois que a gente começou a namorar continuou a mesma coisa, as meninas nunca foram atiradas pra cima do Rodolfo, sempre respeitaram a gente, então acho que continuo a mesma coisa.
Rodolfo: Com a gente sempre foi tranquila essa questão do assédio.

Tem alguma música que mexe mais com vocês, quando estão cantando? Qual e por quê?
Rodolfo: Ah, dependo do momento assim… Não tem uma música que marcou a relação amorosa ainda não, mas são vários momentos, várias músicas… Você de Volta é uma música muito importante pra nossa carreira e é uma música que, a cada show que a gente toca, desperta uma emoção diferente no público. Se eu tiver que destacar uma é essa.

Como é o público do show de vocês? Deve ter bastante gente jovem, mas vocês vêem todas outras faixas etárias?
Maria Cecília: Sim, graças a Deus! E tem aumentado muito isso, o público infantil, a criançada aparece cada vez mais. E aí, consequentemente, os pais que vão levar, às vezes, os avôs, então é um público bem variado. Não tem só adolescentes ou só o pessoal da faculdade, não, é bem misturado.

Mas vocês querem fazer música para um público específico?
Rodolfo: Não, a gente não tem um público-alvo. São todos muito bem-vindos!

Vocês se lembram de alguma demonstração de carinho de algum fã que mais os emocionou?

Maria Cecília: Tem de uma menina lá de Minas Gerais, a Ana, ela fez uma tatuagem com o nosso rosto no braço. E aquilo, acho que foi demais! Tatuar é uma coisa muito fo
rte, a gente ficou impressionado!

E já rolou alguma loucura de fã? Alguma coisa inusitada, se esconder em van, alguma coisa assim?
Rodolfo: Ah, já! Já se esconderam em van, já viajaram mil e trezentos quilômetros atrás… Na verdade, os fãs viajam muito atrás da gente.  

Vocês atendem esse pessoal depois dos shows? Recebem no camarim, por exemplo?

Rodolfo: Com certeza. Eles vão ao camarim, a gente recebe, dá carinho, conversa. Na verdade, eles não só entram e tiram foto, a gente conversa, quer saber o que as pessoas estão sentindo ali…
Maria Cecília: Na verdade, eles ficam muito nervosos de ver a gente e travam, não conseguem falar e ficam “ai, meu Deus, eu preciso encontrar com vocês de novo, tinha tanta coisa pra falar…”. A gente vê isso no Twitter depois, né? Eles falando o que sentiram… Mas a gente sempre separa um tempo. Antes dos shows a gente atende aos fãs.

E vocês já conheceram alguém de quem são muito fãs? Ficaram emocionados também?

Maria Cecília: Já sim! A gente sempre foi muito fã de Zezé Di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, Mato Grosso & Mathias e a gente já conheceu todos eles. Ivete Sangalo também. Mas eu acho que a emoção maior foi gravar, a gente gravou uma música com Chitãozinho & Xororó no DVD de 40 anos deles, foi uma emoção inesquecível.

Vocês pensam em seguir uma carreira internacional, quem sabe até em gravar em outras línguas?
Rodolfo: Acho que é um passo delicado, né? Acho que a gente ainda não está preparado pra tomar essa decisão. “Ah, vamos investir na carreira internacional”. Acho que não… temos só três anos e meio de carreira.
Maria Cecília: É muito cedo ainda, temos que consagrar a carreira aqui no Brasil, para depois pensar nisso.

Daqui do Brasil, tem alguma região que vocês gostaram mais de tocar ou algum show que marcou demais?
Rodolfo: Olha, acho que o interior de São Paulo. Acho que o estado de São Paulo é onde a gente mais faz shows, na verdade. Mas é um estado que gosta demais e, então, é diferente fazer show aqui. Minas Gerais também adora o sertanejo, tem muitas feiras agropecuárias, né? Minas e São Paulo acho que são os dois estados onde a gente mais faz shows.
Maria Cecília: Ah, mas teve alguns shows em que a gente já se surpreendeu. No Acre, lá em Rio Branco acho que foi um show incrível e a gente não imaginava. Em Tocantins também…
Rodolfo: Em Palmas, né? Fizemos alguns no nordeste também nesse ano que passou que foram muito interessantes também…
Maria Cecília: É difícil dizer… No Rio Grande do Sul também, a gente fez um show incrível, inesquecível, é complicado dizer… Eu não te dizer a região preferida,

Você tem a preocupação de preservar a vida pessoal de vocês?
Maria Cecília: Com certeza. A gente até procura não falar muito do namoro porque não é o nosso foco, né? A gente vende os nossos shows, o foco é a nossa carreira, não o nosso namoro. Então a gente é superdiscreto. Não vai ter nunca o que falar mal da gente, você nunca vai ver a gente bebendo, caindo, dando algum bafão em algum evento, porque a gente preserva isso mesmo, acho que é bacana, né? Temos uma carreira tão curta, não é legal a gente fazer isso…

E além do sertanejo, que outro estilo vocês curtem ouvir?
Maria Cecília: Samba, pagode, axé, pop-rock… De tudo!

Vocês ouvem sertanejo desde pequenos?

Maria Cecília: Eu não, na minha casa nunca se ouviu sertanejo. Minha família quase que me excluía por eu ouvir sertanejo. Eu de repente tomei gosto e meu pai falava “o que é isso? Na minha casa você não vai ouvir sertanejo!”. Mas eu falava “Não, eu gosto, esse é meu jeito!”. Mas eu sempre escutei MPB na minha casa, rock, meu pai gosta muito de rock. Mas daí, depois que eu comecei a cantar eles começaram a me respeitar e hoje eles escutam e adoram.
Rodolfo: Eu sempre escutei sertanejo, desde pequeno, na minha casa era só sertanejo.

RAPIDINHAS

Uma comida?
Maria Cecília: Massa
Rodolfo: Churrasco

Um livro?
Maria Cecília: A Cabana
Rodolfo: A Cabana também

Um filme?
Maria Cecília: Um Amor pra Recordar
Rodolfo: Homens de Honra

Um perfume?
Maria Cecília: Chanel
Rodolfo: Bora Bora

Uma atriz?
Maria Cecília: Alinne Moraes
Rodolfo: Suzana Vieira

Um ator?

Maria Cecília: Bruno Gagliasso
Rodolfo: Antonio Fagundes

Um ídolo?

Maria Cecília: Zezé Di Camargo
Rodolfo: Meu pai

Agora eu tenho umas perguntinhas sobre moda pra Maria Cecília.
Você está com esse cabelão! Você deixou crescer ou colocou aplique?

Não, eu coloquei mega hair. Eu queria até falar isso, posso falar o nome do salão? Foi no Lay Out aqui em São Paulo com o Tony. É uma forma de agradecer, né? Estava muito curtinho meu cabelo e eu não conseguia fazer rabo, não conseguia mudar, estava sempre igual. Aí eu falei: “não, vou ter que dar uma diferenciada” e mudou demais, né? Mas acho que agora eu não tiro mais! (risos)

Você é ligada em moda? Acompanha as tendências?

Eu gosto e acompanho bastante. Tem uma menina que nos veste, que é nossa personal stylist, a Camila Motoryn, mas eu gosto tanto que estou até montando uma grife minha que deve ser lançado em breve.

E o que não pode faltar no seu guarda-roupa?

Salto não pode faltar nunca. Saia eu gosto muito também… Jaqueta, pode ver que eu tenho jaquetas de tudo quanto é cor.

Você mesma vai às compras ou sua stylist faz isso por você?
Os dois. Eu gosto de passear, dar uma olhada também. Mas quando não dá, a Camila pega pra mim.

Você é consumista?

Bastante (risos)!

Você gosta de esmalte? Atualmente eles viraram uma loucura entre as adolescentes!

Eu amo! Gosto dessas cores bem fortes. Eu experimento tudo, só não sou fã de cintilantes, mas essas cores bem vivas, laranja, rosa, eu gosto muito!

E quando você está em casa você fica mais relaxada ou gosta de estar sempre arrumadinha?
Ah, não! Quando eu estou em casa ou no hotel eu gosto de ficar de short ou com um vestido bem soltinho, bem à vontade.

Como você define seu estilo?
Talvez um pouco romântico, às vezes um pouco ousado, em sapatos eu gosto de ousar bastante, de usar coisas diferentes… Mas eu não sou muito moderna, não, eu sou mais tradicional.

Mas você usa sempre aquilo que está na moda?
Depende, eu procuro misturar. Não é só porque está na moda que eu vou usar. Eu sou tradicional, eu gosto mesmo do básico, mas talvez eu misture algo moderno.

Texto: Isabela Zamboni
Entrevista: Thaís Coimbra
Foto: Francisco Cepeda/AgNews

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