Gosta de cozinhar? Adora passar horas na cozinha inventando mil e uma receitas? Se gosta, você já pode pensar em cursar Gastronomia! O curso está em alta e além de formar chefes de cozinha, também forma empreendedores. A todateen conversou com Luana Massi, do Madeleine Doces, Léo Oliveira, professor do curso de gastronomia do Senac e Lineker Souza de Carvalho Bastos, aluno do curso de Iniciação à Panificação do Senac Aclimação. Os três contaram um pouquinho sobre o dia a dia da profissão. Confira:
Luana:
Você é uma das proprietárias do Madeleine Doces. É você que faz todos os bolos? Como é?
Hoje em dia eu já não faço mais todos os bolos. Há dois anos eu até fazia, agora tenho uma equipe que faz parte dos bolos ou inteiros. Quando aparece algo mais complicado sou eu mesma que faço.
No tempo vago, você pensa em recheios, massas diferentes?
Eu deveria ter mais tempo livre pra fazer isso, mas me falta tempo vago pra criar. Na teoria é isso, sim: desenvolver massas, recheios, docinhos novos. No dia a dia não é assim porque eu acabo ficando um pouco no escritório, tem muita gente que precisa falar comigo, atendo alguns clientes, meu tempo é dividido em várias coisas.
Qual é a sua formação?
Aqui no Brasil eu me formei em publicidade, fiz pós em marketing, trabalhava em banco e larguei tudo. Fui fazer pâtisserie em Paris, no Lenôtre, é uma escola superbem conceituada lá. Não é voltada pra amadores, é mais pra profissionais, mas eu fiz um curso intensivo profissionalizante. Quando acabou o curso, fiz um estágio num restaurante lá e depois fui pra Londres aprender sobre pasta americana, fiz uns três cursos lá.
Luana Massi, do Madeleine Doces.
Léo Oliveira:
Quais os pré-requisitos e qualidades que uma adolescente que queira fazer Gastronomia precisa ter?
Primeiramente precisa gostar da área. É muito importante saber se você vem para o curso por gostar do que faz ou se está sendo influenciado pelos pais. No geral tem que ter um foco, determinação e disciplina.
Na sua visão, quais as vantagens e desvantagens da profissão?
A grande vantagem é que a profissão está em alta no momento – a influência da mídia tem ajudado os adolescentes na escolha da profissão. A maior desvantagem é que não se pode mais contar com horas vagas na nossa vida. As preparações das receitas exigem algumas horas a mais de trabalho, o que acaba tomando a maior parte do tempo livre do adolescente.
Muita gente que pensa em fazer Gastronomia se imagina sendo chef de cozinha, mas o curso é mais amplo, não? Quais as outras áreas em que se pode trabalhar?
Com certeza! A gastronomia abre caminhos para várias outras áreas: a panificação e a confeitaria é uma delas, sendo esaa uma área de grande peso na gastronomia e muito valorizada. Tendo em vista seu salário diferenciado para quem se especializar nesta área.
Lineker:
Quando você teve certeza de que queria fazer Gastronomia?
Desde criança gostava de ver minha avó cozinhando e aos 13 anos comecei a ajudá-la em uma pequena padaria de propriedade dela. Isso aumentou ainda mais meu interesse pela área e fez com que eu procurasse saber mais e me especializar.
O que mais você gosta no curso e o que menos gosta?
O que mais gosto é colocar a mão na massa, literalmente. O que menos gosto: sinceramente, não há nada que menos gosto, até porque a parte teórica me chama muita atenção – anoto e destaco as partes que acho mais importante para utilizar na prática. Fico muito concentrado em todo o curso.
Que conselho você dá pra quem quer começar a fazer curso?
Já fiz o curso Básico de Confeitaria e agora estou fazendo Decoração de Bolos e Iniciação a Panificação. Com a idade que tenho, não sei se posso dar conselhos, mas acredito que é necessário gostar do que faz. Escolhi essa área porque gosto demais. Dedicação e força de vontade também é fundamental para adquirir todo o conhecimento que é transmitido nos cursos. Acredito que o mercado de trabalho está carente de bons profissionais especializados nessa área. Voltarei a minha cidade com muito mais capacidade para iniciar minha carreira, mais preparado e sempre buscando novos conhecimentos.
Entrevistas: Mariana Scherma
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