Namorar é TDB, certo? Mas nem sempre é possível conciliar o namoro com as amizades, ainda mais se o garoto não se dá bem com a sua best. Já passou por isso ou conhece alguém que está vivendo a situação? Ela é mais comum do que você possa imaginar! Saiba o que fazer para não perder nem o namô nem a BFF:
O inconsciente
A psicologia tem uma explicação para esse relacionamento conflituoso entre o namorado e a melhor amiga da namorada. Segundo a psicóloga Cristiane Pertusi, é na infância que começa o processo de socialização, ou seja, quando passamos a nos relacionar com várias pessoas ao mesmo tempo. “Essa triangulação faz parte da construção de identidade. No entanto, esse movimento de lidar com um terceiro (a amiga no meio do casal) pode ser difícil como parte do processo psicológico de socialização”, explica.
Por quê?
Devido à dificuldade de socialização. “Por isso é comum que os primeiros namoros sejam iniciados com uma necessidade incondicional de exclusividade”, explica Cristiane. Além disso, a adolescência é uma fase em que a insegurança, a competitividade e a possessividade são comuns e se acentuam nas primeiras relações amorosas. Claro que esse tipo de relacionamento conflituoso entre o garoto e a amiga também está relacionado à personalidade do namorado e da namorada e dos modelos masculinos e femininos recebidos da família. “Jovens que presenciam os pais em uma relação de ciúme e controle conjugal podem, inconscientemente, repetir esse padrão”, ressalta Cristiane.
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#ComoLidar?
Primeiro é preciso levar em conta que somente com o amadurecimento do casal, o sentimento de “exclusividade” vai, aos poucos, diminuir.
Não é preciso fazer uma escolha entre o namorado e a amiga. Na verdade, o mais recomendado é que a garota, enquanto amiga e namorada, divida seu tempo entre os dois, sem deixar nenhum de lado. Assim, ambos vão se sentir importantes.
Em um segundo momento, é importante tentar aproximá-los: “é necessário que haja essa socialização do namorado com a amiga para que a competição entre ambos diminua e, assim, um não verá o outro como uma ameaça”, explica Cristiane.
Consultoria: Dra. Cristiane Moraes Pertusi, Doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP. Fone: 11-97564-2812
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