Só de pensar em falar sobre esse assunto, já dá um medão. Isso porque, se existe um grande tabu em conversar sobre relações sexuais com os pais, imagine sobre gravidez, né?
Mas o problema é justamente esse: não falar sobre sexo. “Existe um receio de que, se falar sobre o assunto ou orientar, os adolescentes podem fazer mais sexo ou ter curiosidade para conhecer, mas a sexualidade está presente desde que nascemos e faz parte do desenvolvimento de cada fase querer saber mais sobre isso”, afirma a sexóloga Tatiana Leite. Então, chega de vergonha e bora se informar!
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PREVENÇÃO, JÁ! Sim, ela é muito necessária para evitar uma gestação fora dos planos e não adianta pensar que isso não acontece, porque esse pensamento já coloca você em risco. É importante lembrar que “a informação ainda é a melhor maneira de prevenir a gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis”, segundo Tatiana. Portanto, deixe o medo de lado e converse com seus pais e sua gineco pra saber como se cuidar. Para Tatiana, as melhores formas de prevenir essa situação são: educação sexual, conversas abertas com a família e, principalmente, usar métodos contraceptivos. “Você ainda está em formação, então, a gravidez vai adiar ou impedir seus planos futuros, pois não há independência econômica, talvez nem psicológica”, conta Lelah Monteiro, sexóloga e psicanalista. Foto: Shutterstock Images
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ACONTECEU, E AGORA? Claro que o primeiro sinal ao qual você precisa ficar atenta é o atraso menstrual e, por isso, deve consultar um médico antes para conhecer seu corpo e ciclo. Mas, para tirar a dúvida, é melhor fazer um exame de sangue. Deu positivo? É hora de pensar no que fazer e, dependendo da decisão, contar aos pais. “Fale da forma mais direta, sem drama, com honestidade. É preciso assumir a responsabilidade e deixar claro para eles que a criança é o mais importante e precisará do apoio de todos”, indica Lelah. E se acontecer com a sua amiga, a psicanalista dá a dica: “apoie-a sem fazer julgamentos, esteja sempre ao lado dela nos momentos de dificuldade”. Foto: iStock/GettyImages
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QUEM VIVEU: “eu tinha 16 anos quando descobri e fiquei desesperada. Mas, no primeiro ultrassom, ouvi o coração da minha filha e parei de pensar no lado ruim. No começo, todo mundo surtou e tive que ouvir muita lição de moral. Depois, recebi apoio das pessoas, o que foi fundamental naquele momento”, lembra a estudante Ethyene Casulin. Foto: Shutterstock Images
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E vem mudança…
Rolam várias alterações no corpo durante a gravidez, como os seios, que aumentam e ficam mais doloridos, enjoos no início da gestação, vontade de fazer xixi e de dormir muito maiores. Mas a principal mudança acontece na rotina. “Você tem que encarar várias demandas. Quem tem filho precisa lidar com muita coisa: família, escola, amigos e privar-se de algumas situações”, explica a sexóloga Lelah. Foto: Shutterstock Images
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QUEM VIVEU: “eu engordei um pouco na minha gravidez, mas voltei para o meu peso rápido e só fiquei com algumas estrias. Já minha vida mudou completamente. Altera todo o seu horário e você tem que abrir mão do seu tempo para cuidar de outra pessoa”, conta a estudante. Foto: Shutterstock Images
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HELP! O mais importante é se prevenir para que você não tenha uma gravidez indesejada. Mas se aconteceu e já teve seu filho, é hora de aprender a viver essa nova fase. Mas vale lembrar que todo mundo precisa de ajuda, e você não precisa ter vergonha de admitir isso. “Um terapeuta pode auxiliar as famílias envolvidas, com os pais da criança e até com a relação deles com o bebê”, fala a psicanalista. Foto: iStock/GettyImages
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QUEM VIVEU: “não ligue para o que os pessoas vão falar, curta a sua gravidez, é uma fase difícil, mas incrível. Você será a pessoa mais importante da vida do seu bebê, faça por merecer essa posição”, conta a garota. Foto: Shutterstock Images
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A VIDA CONTINUA: Muitas vezes, a gravidez interrompe alguns sonhos, só não vale desistir deles. Você pode aprender a conciliar sua vida com o seu filho e, aos poucos, colocar seus planos em prática. Outra coisa, ninguém faz um filho sozinha. Por isso, é total seu direito pedir (e até exigir) ajuda do pai do bebê, ok? E essa ajuda é tanto financeira quanto moral. Foto: iStock/GettyImages
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QUEM VIVEU: “estou na faculdade e estudo em casa pelo Stoodi, uma plataforma de cursinho on-line, para prestar medicina. Eu trabalho, estudo, namoro e tenho uma filha pequena, mas minha mãe me ajuda muito. Agora, pretendo me formar, me casar com o pai dela, conseguir um bom emprego, realizar os meus sonhos para poder ajudar a realizar os dela”, conta Ethyene. Foto: Shutterstock Images
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POR QUE FALAR DISSO? Simples: porque, apesar das novas campanhas sobre prevenção, 17,4% das mamães do Brasil tem entre 15 e 19 anos! Sendo que apenas 14,2% deste grupo termina o ensino médio, então, é motivo para se preocupar, sim. É importante buscar informações para saber como se prevenir e evitar uma gravidez indesejada. Mas, caso aconteça, mantenha a calma, busque ajuda e nunca desista dos seus sonhos! Foto: iStock/GettyImages
Texto: Ana Castilho/colaboradora