O trio formado pelos irmãos Hanson está a caminho do Brasil. Pela quarta vez, os gatos farão shows no Rio de Janeiro e São Paulo, nos dia 20 e 21 de julho, respectivamente.
E é claro que a gente conversou com um dos irmãos Hanson antes de eles desembarcarem por aqui. Zac, o mais novo (e lindo?) falou com a tt num papo exclusivo. O fofo contou sobre o novo disco da banda, o show, as fãs brasileiras e até dos Jonas Brothers. Dá só uma olhadinha!
tt: Conte um pouco do novo álbum, Anthem. Está pra ser lançado, certo?
“Sim, sai em julho. Acho que dia 15. Anthem é nosso novo álbum de estúdio e faz uma ponte com o nosso último disco, Shout It Out. Você vai ouvir muitos dos sons e da energia que teve no último álbum, mas também resgatamos alguns sons antigos. Nós brincamos que a guitarra fez uma volta ao passado, pois tem muitos riffs, o som da guitarra está bem explícito – e acho que parte disso faz o som se tornar tão grande.”
tt: E o show desta turnê, o que podemos esperar dele? Vai ter música nova?
“Vai, sim, bastante. A turnê se chama The Anthem World Tour , então teremos várias canções deste álbum. Mas a gente sabe que não podemos deixar de tocar as músicas mais antigas, nossos fãs amam essas canções e querem ouvir coisas dos nossos primeiros trabalhos, como Middle Of Nowhere e This Time Around. Então, vocês podem esperar músicas de todos os álbuns! De qualquer forma, o foco é compartilhar as canções novas.”
tt: Também podemos esperar alguns covers?
“Ainda estamos decidindo esses detalhes. Essa é a semana de ensaio, então temos muita coisa ainda pra definir. Mas uma coisa é certa: a gente sempre gosta de inovar no setlist. Toda noite, sempre que pudermos, vamos incluir umas canções diferentes.”
tt: Vocês têm músicas dos anos 90 que são superqueridas pelos fãs. Como é essa sensação de ter hits que duram tanto?
“É ótima! Você tá falando de MMMBop, né?”
tt: Não só ela, Where’s the Love, If Only, Save Me… tem bastante!
“(risos) MMMBop foi uma música que escrevemos quando éramos crianças. Passaram-se anos e ela ainda é tocada! Essa música, quando você lê a letra, vê que ela fala das poucas coisas na vida que duram, principalmente das relações de amizade: são poucos os amigos que persistem ao seu lado. Aí a ideia é procurar esses que realmente valem a pena e ficar firme ao lado deles, tomar conta… É muito legal ver que nossos fãs tornaram essa música ainda mais verdadeira e a cantam há mais de 16 anos. Eles fazem questão de vir ao nosso show, cantam tudo – eles nos escolheram. Isso é muito importante pra mim. É incrível ver isso tudo acontecer.”
tt: Como é a sensação de ver os fãs crescendo junto com a banda? Isso faz com que tenham uma ligação mais forte?
“Sim! Claro! É incrível. Como cantor e compositor, você quer escrever e fazer música que as pessoas possam cantar sempre, que possam embalar a vida delas e dar alegria por vários anos e aí, quando você percebe que isso acontece de verdade, é impressionante e empolga demais. Eu sinto que temos uma relação muito poderosa com nossos fãs, temos todos esses anos de memórias que dividimos com as músicas. Eles cantavam as músicas em viagens , nas férias de verão do colégio. Às vezes estudavam ouvindo nossa música, às vezes dirigiam cantando alto nossa música – até que alguém via e achava a pessoa doida, esses momentos engraçados. São experiências de vida que eles tiveram ao mesmo tempo em que nós tivemos. É uma relação poderosa que a gente não menospreza nunca. É especial.”
tt: Vocês foram uma banda teen e seguiram em frente, amadureceram sem perder a cabeça. Qual é o segredo?
“Você vê vários irmãos em bandas pop ou de rock, acho que é uma ligação natural, vocês crescem com referências e gostos parecidos, é muito comum. Você vê isso direto na música. Acho que o mais importante pra nós três e o fato de formarmos essa banda a tanto tempo é que, especialmente quando você compara às bandas adolescentes de hoje, esses grupos são montados. É como se existisse uma espécie de elenco, por exemplo, você vai ser o bonitinho, você, o esportista (risos)… Não é como na nossa banda, que tudo se baseia na música, coisa que nós três amamos fazer: escrevemos, nos apresentamos, produzimos o próprio som. Acho que isso torna a coisa toda mais fácil de ser levada por anos e anos porque você está tocando a sua música, é seu mundo, sua história. Acho que se eu fosse um artista que não escrevesse a própria música e não tocasse algo em que acreditasse, seria complicado ficar tantos anos nessa carreira, fingindo uma ligação com uma música.”
tt: Jonas Brothers são irmãos como vocês… Qual sua opinião sobre eles?
“Sabe, não ouvi tanto assim a música deles pra te dar uma opinião formada. Ouvi pouca coisa, mas vi que eles têm talento. Também ouvi ótimas coisas das pessoas que os ajudam na composição das músicas, principalmente sobre Nick, que é o mais novo, não é?”
tt: É sim, o Nick!
“Ouvi coisas boas dele! Só não posso falar do meu gosto pessoal, porque ouvi bem pouco mesmo. E nem os conheço, mas parece que eles trabalham duro – e isso é bom.”
tt: Por sorte, o Brasil sempre está no roteiro de shows de vocês. O que mais o deixa tocado em relação a nosso país?
“Toda vez que vamos ao Brasil encontramos muitos fãs apaixonados. E não só no Brasil. Os fãs brasileiros viajam muito pra nos acompanhar, o que é incrível. Uns dias atrás, estávamos num evento em Atlantic City e surgiram quatro brasileiros com uma bandeira gigante do Brasil. Eles nos disseram que viajaram do Brasil para nos ver lá! E essa não foi a primeira vez que isso aconteceu, já vimos isso diversas vezes. Pra gente, é muito empolgante tocar no Brasil porque a energia é intoxicante, os fãs sabem cada verso de cada música e cantam muito! Tudo isso torna cada show uma experiência inesquecível pra gente e eu espero que seja assim pra eles também. Tocar aí é algo que nós amamos fazer! Mostra que, pra música, não existe barreira.”
tt: E qual é sua melhor memória em relação ao Brasil?
“Wow! Se posso! É uma memória mais recente, foi um show em São Paulo, na turnê de 2011. Eu nem estava no palco, estava na lateral e Taylor entrou pra cantar Save Me sozinho. Nossa, foi tão legal! Ele cantou os primeiros versos e o público cantou de um jeito insano todo o resto da canção, ele nem precisou mais cantar. Foi muito legal ver todo mundo cantando essa canção, ver como eles amavam essa música, todo mundo dividiu esse momento, foi especial.”
tt: Essa música fez um sucesso louco no Brasil, também esteve na trilha de uma novela muito famosa aqui.
“É verdade, eu me lembro disso.”
tt: Vocês fazem um voluntariado bem forte pra ajudar a África. Pode me dizer em que pé está esse trabalho?
“Claro! A ideia da campanha Take A Walk é encorajar todo mundo a dar um primeiro passo, a parte mais difícil quando se fala desse assunto é tomar uma decisão. ‘O que eu faço?’, ‘como eu faço’, essas coisas… Take a Walk é uma ideia bem simples na qual você anda uma milha a pé e descalço e registra isso. Aí, nós doamos por você e por cada pessoa que fizer a caminhada junto: água, sapato, material escolar, o que for que as pessoas estejam precisando. Ajudamos também a contatar médicos para as pessoas necessitadas. Pra gente, o importante é tentar encorajar todo mundo a ajudar. Normalmente, fazemos essa campanha na turnê. Ainda não sei se faremos na América do Sul, é meio complicado quando a gente não sabe bem a língua do país, mas vamos ver. Nossas metas vão variando com o tempo, mas a meta maior é andar por todo o planeta ajudando as pessoas a se conscientizarem. Levar essa mensagem é a grande meta.”
tt: Pode me contar um segredo/curiosidade seu e dos seus irmãos que as fãs vão curtir saber?
“Nossa! Será que sobrou algum segredo depois de 21 anos? Tenho a impressão de que nossos fãs sabem tudo sobre a gente!”
tt: Não precisa ser segredo, de repente um fato curioso…
“Tô pensando, tô pensando… O que posso te falar? Hmmm! Tá difícil (risos), achei essa pergunta difícil (risos). Lembrei! Nós temos uma cerveja, gostamos de cerveja. Produzimos essa porque gostamos de planejar tudo o que envolve esse momento de ouvir música, não só uma camiseta ou um pôster, mas deixar toda essa experiência com a nossa cara mesmo pra nossos fãs.”
(A cerveja chama MMMBop).
tt: Pode deixar uma mensagem aos fãs brasileiros.
“Nós estamos muito empolgados pra voltar ao Brasil com nossa nova turnê. Vai ser muito especial poder dividir com os brasileiros este novo álbum que está pra ser lançado mês que vem. Quero muito que todos possam participar desse momento, estou ansioso. Também estou feliz demais de voltar ao Brasil tão cedo, afinal, estivemos aí em 2011 e voltar em 2013 é muito empolgante. Nós prometemos que voltaríamos logo e estamos cumprindo!
Entrevista: Mariana Sherma
Texto: Soraia Alves
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