Apresentador ofende universitárias e DJ GBR repreende: “Tá ramelando”

Nesta quarta-feira (7), o coletivo feminista da faculdade ESPM, de São Paulo, divulgou um ato extremamente machista. Em uma entrevista com DJ GBR, o apresentador Fabrício André Bernardi Di Paolo, conhecido como “Vinheteiro”, soltou a seguinte frase: “Na ESPM tem gostosa, hein? Umas minas burras, mas são gostosas!”.

O DJ, famoso por tocar em festas universitárias, estava explicando como funcionam os eventos e, ao ouvir a fala de Fabrício, respondeu: “Você critica o funk por falar das minas, também fala“, e ainda acrescentou: “Tá ramelando“. O apresentador ainda tenta se justificar, dizendo que estava “falando da falta de sapiência das donzelas“.

O vídeo dessa entrevista, publicado no dia 16 de setembro, chamou a atenção das mulheres da faculdade, que fizeram um post explicando a situação. Segundo elas, “esse tipo de comentário encoraja assediadores, estupradores e pessoas de má índole a frequentarem as festas da faculdade em busca dessas tais ‘burras gostosas’. Não somos burras, muito menos devemos ser definidas por nossas aparência e atributos físicos. Urgimos por respeito e um tratamento digno de ser humano, não de objeto, tanto em programas do YouTube, quanto em bailes funks e em qualquer lugar“.

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O Coletivo Coralina vem, por meio desta nota, expressar total e integral repúdio diante da fala de Fabrício André Bernardi Di Paolo (@vinheteiro) em uma entrevista publicada no dia 16 de setembro de 2020 para o canal do youtube “Master Podcast”. O entrevistador em questão, enquanto conversava com o @djgbroficial – responsável por tocar em festas universitárias como as feitas pela ESPM -, proferiu a seguinte fala misógina e machista, ao ouvir o nome de nossa instituição: “Na ESPM tem gostosa, hein? Umas mina [sic] buuuurra, mas são gostosas!”. Após ouvir essa inescrupulosa fala, o DJ rebate, apontando que o entrevistador teria criticado o funk por diminuir mulheres, e ele fez o mesmo. Ao tentar se justificar, o entrevistador piorou sua situação, ao dizer que não estaria diminuindo as mulheres, mas sim ressaltando a “falta de sapiência” das alunas da ESPM. Tal situação não só é um ataque à integridade das alunas, bem como à credibilidade da instituição, uma vez que a fala deixa subentendido que as alunas só passaram no processo seletivo por conta de seus atributos físicos, e não intelectuais. Além disso, é importante ressaltar que esse tipo de comentário encoraja assediadores, estupradores e pessoas de má índole a frequentarem as festas da faculdade em busca dessas tais “burras gostosas”. Não somos burras, muito menos devemos ser definidas por nossas aparência e atributos físicos. Urgimos por respeito e um tratamento digno de ser humano, não de objeto, tanto em programas do YouTube, quanto em bailes funks e em qualquer lugar. Todas as integrantes do Coletivo Coralina estão impactadas com a falta de profissionalismo, caráter, bom senso e respeito do apresentador para com todas as discentes da ESPM, mas, acima disso, estamos mobilizadas para que situações como estas não se repitam. Por isso, exigimos retratação por parte do @vinheteiro e direito de resposta no “Master Podcast”.

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O coletivo feminista da ESPM ainda pediu uma retratação de Vinheteiro, que por sua vez, falou que não faria.

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A fala de Vinheteiro mostra, em sua forma mais pura, o quanto as mulheres são objetificadas e sexualizadas a todo momento e que muitos homens, mesmo estando errados, não conseguem admitir a culpa.