Nesta quarta-feira (25) o jornal americano The New York Times publicou um artigo escrito por Meghan Markle, a atriz e ex duquesa de Sussex. Em seu texto nomeado “As perdas que compartilhamos” (título original: “The Losses We Share”), Markle revela que sofreu um aborto natural em julho, e após a perda do segundo filho, refletiu sobre o tabu que envolve o aborto, bem como as divisões que marcam a sociedade.
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“Eu sabia, enquanto segurava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo”, escreveu Markle, casada com o príncipe Harry e mãe de Archie. “[Com meu filho] nos braços, murmurei uma canção de ninar para tentar manter nós dois calmos, o tom alegre da música contrastava friamente com a sensação de que alguma coisa não estava certa”.
A americana continua dizendo que a dor do aborto espontâneo é insuportável, que lamenta o tema ainda ser “tabu, impregnado de vergonha (injustificada), que perpetua um ciclo de luto solitário”. “Nós estamos bem?”, escreve a atriz. “Onde antes havia o senso de comunidade, agora vemos somente divisões.”
Em nota oficial, o Palácio de Buckingham afirma que esse é um “assunto profundamente pessoal”, por isso, a família real britânica não vai comentar a publicação.
Casados em 2018, Meghan e Harry tiveram o primeiro filho, Archie Harrison Mountbatten-Windsor, em maio de 2019. Archie é o sétimo na linha sucessória do trono britânico, mas não recebeu o título de príncipe por escolha de seus pais.
Em janeiro, o casal anunciou que deixariam os compromissos oficiais como membros da família real britânica, alegando não suportar a pressão da imprensa britânica sobre a realeza, e em março, deixaram de representar a coroa do Reino Unido. Após o encerramento desta etapa, Meghan, Harry e Archie se mudaram para o Canadá e logo depois para a Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, onde vivem atualmente.