“Nem sei como a união de coisas tão diferentes consegue fazer tanto sentido, mas faz”. É assim que a banda Lagum enxerga “Eita Menina”, novo single do grupo em parceria com Mart’nália e L7nnon e com produção de Papatinho, lançada nesta quinta-feira (22). Com nuances dos universos sonoros de todos os nomes envolvidos na música, a faixa é a quarta a ser revelada do próximo disco do grupo mineiro (previsto para este ano).
A faixa chega com um videoclipe que recria o ambiente de um prédio residencial, no qual os artistas são vizinhos. Por meio da perspectiva de primeira pessoa da personagem que conecta as narrativas do vídeo, a banda convida o público a ser parte deste condomínio. “Quem estiver assistindo ao clipe, vai ter a impressão de que está sendo paquerado por todos nós”, comenta Pedro Calais, o vocalista.
Assista:
A história desse inusitado encontro entre influências da música pop, do samba e do rap começou a se desenhar muito antes do vocalista da Lagum ter pensado no refrão “num elevador, indo para uma consulta médica”. O grupo, formado por ele, Jorge (guitarra), Otávio Cardoso (guitarra) e Chicão Jardim (baixo), começou a falar sobre o trabalho do Papatinho desde o primeiro semestre de 2019. “Naquele mesmo ano, no Prêmio Multishow, nos encontramos e brincamos que íamos produzir juntos”, lembra Jorge.
O momento em que a brincadeira se concretizou acabou se desdobrando em uma imersão de dias. “Foi uma experiência única. Tivemos a oportunidade de conhecer e mergulhar no universo Papatunes. Foram três dias em que misturamos produção, conversas e a oportunidade de conhecer as personalidades e o trabalho da Mart’nália e do L7nnon”, completa Jorge.
As possibilidades musicais que nasceram da junção dos artistas resultaram em uma sonoridade nova na trajetória da Lagum. Mas os integrantes garantem que a canção se encaixa em meio aos outros ritmos que também gostam de experimentar. “À primeira vista, ‘Eita Menina’ parece ir muito na direção contrária da proposta do nosso próximo álbum, em que buscamos algo mais de banda. Mas quando ouvimos ela no contexto do disco como um todo, notamos que é muito coesa com o projeto no geral”, explica o guitarrista.