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Mulheres na música: artistas femininas recebem apenas 9% dos direitos autorais distribuídos

Crédito: Shutterstock

Enfim chegamos a mais um Dia Internacional das Mulheres, o famoso 8 de março. A data chega com o intuito de homenagear as mulheres em todo o mundo, como um lembrete da força feminina. Além de honrar toda a trajetória percorrida até agora e celebrar os direitos conquistados nesse meio tempo, o dia também serve como um momento de reflexão e conscientização.

A luta das mulheres está longe de acabar e isso fica claro quando nos deparamos com dados demográficos ou até mesmo impressões no dia a dia. Assim como várias outras áreas, a indústria musical não fica de fora de uma cultura predominada por homens. Claro que há uma forte presença de artistas femininas atualmente, mas a propriedade dos materiais produzidos, na maioria das vezes, permanece nas mãos de figuras masculinas.

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Dessa forma, o lucro sobre os direitos autorais de uma música ou álbum hoje em dia, deixa claro a desigualdade de gênero na indústria. Nos últimos cinco anos, a União Brasileira de Compositoras (UBC) realiza um estudo anual que mapeia a representatividade feminina na música brasileira, intitulado “Por Elas Que Fazem a Música”.

A quinta edição da pesquisa, divulgada neste Dia Internacional das Mulheres, revela que mulheres receberam somente 9% do valor total distribuído em direitos autorais. Entre os 100 maiores arrecadadores de direitos autorais, apenas 13 são mulheres.

Felizmente, apesar dos números baixos, não dá para negar que rolou um avanço positivo, como o aumento de número de obras registradas com participação de mulheres. Em relação ao ano anterior, essa participação cresceu em quatro categorias da pesquisa. A quantidade de mulheres autoras e versionistas cresceu em 13%. Como intérpretes, ou seja, quem canta as composições, esse aumento foi de 10%. Para completar, um crescimento de 22% como produtoras fonográficas.

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Mila Ventura, coordenadora de comunicação da UBC, chama a atenção para o debate e urgência de uma participação maior das mulheres na indústria. “Entendemos a importância de gerar dados, pesquisas e estudos para o mercado da música como ferramenta de inteligência. Este ano, mesmo com a pandemia, o aumento significativo do número total de associadas demonstra que apesar de todos os desafios, as mulheres persistem e pouco a pouco vêm ocupando seus espaços, um reflexo direto da nossa sociedade”, afirma.

“Além de aumentarmos o debate sobre os espaços ocupados pela mulher no cenário musical, este ano apresentamos também dados internos, provando que nosso compromisso com a mudança começa de dentro para fora. O quadro de funcionários da UBC é composto 58% por mulheres e dessas, 12 ocupam cargos de liderança, incluindo as gerências de todas as nossas filiais”, completa.

Durante a pesquisa, que já tem a versão completa disponível no site da UBC, outros dados importantes também foram revelados. Por exemplo, as plataformas digitais são apenas 10% dentre todas as fontes de distribuição de direitos autorais para as mulheres.

Crédito: Shutterstock

Para finalizar, assim como a pesquisa, mudanças no dia a dia mostram o crescimento da participação feminina em diversas áreas. Mas, apesar disso, é importante lembrar que é um caminho muito longo pela frente, tanto nas conquistas de direitos como no próprio rendimento das mulheres no mercado de trabalho.

E como podemos ajudar a mudar o cenário? Consuma o conteúdo! Escute músicas escritas por mulheres, assista aos filmes dirigidos por mulheres, elogie o sucesso profissional de uma mulher e compartilhe o conteúdo. Afinal, a internet tá aí pra que, né?

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