A gente piscou e a São Paulo Fashion Week N54 (SPFW) começou e já fazem três dias que os estilistas dão um show de arte e moda na passarela. O evento iniciou na quarta-feira (16) e vai até domingo (20). Serão 48 desfiles, com 43 físicos, mas apenas cinco no formato fashion filme virtuais que apareceram até a data final do evento.
Para você que ainda não conseguiu acompanhar nada dos desfiles, montamos um breve resumo de algumas marcas que desfilaram no Komplexo Tempo. Confira a seguir:
Meninos Rei
A coleção criada pelos Irmãos do Céu e Júnior Rocha, apresentou muita diversidade no casting, cores vibrantes com tons neon e roupas fazendo assim, referências aos subúrbios da terra baiana que abraçaram quem assistia o evento.
A marca levou um verdadeiro time de famosos para apresentar suas peças, começando por Márcio Victor, do Psirico, cantando “Firme e forte” para abrir a passarela, seguindo de Deborah Secco que desfilou duas vezes, a cantora e apresentadora Jojo Todynho, os atores Fabrício Boliveira e Igor Rickli, produtor e modelo Carlos Cruz, influencer Thais Carla e DJ e coreógrafa Lunna Montty.
Soul Básico
O tema da marca foi o Sentimento Oceanico. Assinado por Zeh Henrique, o desfile levou nas peças cor branca, conjuntos de calça, camisa e jaqueta finalizados com um cordão de palha na cintura. O preto e o prateado tiveram ênfase nas peças da coleção. Jeans sem lavagem também teve seu espaço na passarela do SPFW.
Greg Joe
Estreante no SPFW, a marca de Lucas Danuello, Greg Joe que tem sua força entre o público LGBTQIA+, se inspirou em filmes de terror cult, para apresentar sua nova coleção.
Assim na passarela, quem assistiu pode ver muitas cores e looks que também faziam referência ao estilo musical heavy metal como: verde-escuro, marrom, vinho preto, camisetas oversized sobreporam vestidos e calças. Tons alegres como vermelho, amarelo e branco acenderam a coleção.
Renata Buzzo
A marca que leva o nome da criadora sempre traz temas intensos relacionados à vida da artista, com um toque de arte e poesia. O desfile dessa forma, foi voltado para causa antimanicomial e a relação de mulheres como vítimas de diagnósticos de loucura.
As cores escolhidas para representar esse tema foram: off-white, amarelo pastel, bege e cores que lembram pílulas como rosa e azul. As roupas seguiram a partir de amarrações de camisolas de hospitais, bem sofisticadas. No pé havia pantufas de pelinhos.
Sou de Algodão
O desfile foi criado pelo movimento Sou de Algodão que existe desde 2016, com a missão de estimular a moda responsável. São 37 empresas parceiras, sendo 19 delas tecelagens, malharias e fiações. Sendo assim, outras 18 são marcas e estilistas que participaram do calendário do SPFW.
São elas: Amapô, Ateliê Mão de Mãe, AZ Marias, Dendezeiro, Heloísa Faria, Isaac Silva, Korshi 01, Martins, Maurício Duarte, Meninos Rei, Naya Violeta, Rocio Canvas, Ronaldo Silvestre, Santa Resistência, Silvério, Soul Básico, TA Studios e Thear.
A cartela de cores da passarela seguiu tons de brancos, terrosos, vermelhos, amarelos, verdes e azuis. Cada estilista teve liberdade no processo de criação para que as peças também representassem a identidade das marcas presentes no movimento.
TA Studios
A TA Studio levou para o seu desfile alfaiataria leve e sustentável assinada pela estilista Gisele Calda que já fez parte do projeto Sankofa com a marca.
Assim, com cores minimalistas como preto, braco e tons terrosos de caatinga, a passarela se encheu de looks agênero dentro de outra proposta que é aberta para o público.
Assim a marca, deu abertura para o colorido e fez referência ao K-pop no make e estampas das roupas com: grafismos folclóricos, folhagem de costela-de-adão e o cordel feitos pela artista plástica Mari Salmonson.
Another Place
A Another Place apresentou o desfile dividido em três partes chamado Love Hurts, que foi idealizado por Tainá Muller e Jhona Burjack. A ação de flertar foi apresentada com looks mais brilhantes, a euforia foi a parte mais sensual, fendas e recortes e a solidão foi mostrada por meio da tendência destroyed.Dessa forma, o casting estava com os cabelos molhados e o make foi borrando durante as transições simulando o choro de um coração partido.
Thear
A coleção assinada pelo estilista Theo Alexandre, chamada MerthAmorfose, dessa maneira, teve uma seleção de modelos com mais de 70 anos, com corpos diversos e diversidade de gênero e PCDs.
Dessa forma, quem assistiu pôde vislumbrar peças artesanais, com reutilização de tecidos de corte finalizados em crochê, nas mangas e barras de vestidos e saias. Coletes de macramê.
O apelo sustentável também esteve presente no desfile da Thear, dessa forma, as peças são de monofibra 100% algodão, um tecido natural e biodegradável.
Martins
Tom Martins costuma fazer o desenho de suas coleções em um dia. Assim, ele se inspirou em quatro filmes: As Patricinhas de Beverly Hills (1995), Jovens Bruxas (1996), Legalmente Loira (2001) e Meninas Malvadas (2004).
Dessa forma, podemos observar, que o final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, andaram lado a lado nesta coleção. Jaquetas bomber, xadrez e flanelas, apareceram no desfile do SPFW. Pelúcias e modelagens oversized também tomaram conta da passarela.
