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Greve dos roteiristas: movimento pode afetar produções brasileiras? André Brandt explica

Conversamos com o roteirista para entender como a onda de protestos nos EUA pode influenciar as nossas produções favoritas aqui no Brasil

Greve dos roteiristas: movimento vai afetar produções brasileiras? André Brandt opina
Greve dos roteiristas: movimento vai afetar produções brasileiras? André Brandt opina - Foto: Shutterstock

Você também anda querendo atualizações sobre a greve dos roteiristas lá nos Estados Unidos? Nós também! Desde o começo do mês de maio, os roteiristas de Hollywood, que fazem parte de uma associação chamada “Writers Guild of America“, estão protestando em frente às principais empresas de entretenimento norte-americanas.

Isso porque, com a revolução do mundo do streaming em Hollywood, eles não estão recebendo tanto quanto recebiam antes. Dessa forma, com a mais recente onda de protestos que vem surgindo ao redor dos Estados Unidos, a Associação está tentando fazer com que as pessoas que fazem e financiam as séries e programas de TV paguem mais aos roteiristas e os deixem trabalhar em outros programas, se quiserem. Entretanto, os chefões não concordam com isso.

Mas e no Brasil, qual é o cenário?

Foto: Divulgação/Guto Seixas

Para entender mais sobre o que está acontecendo nos Estados Unidos e como isso pode chegar na indústria do entretenimento aqui no Brasil, a todateen conversou com André Brandt. Para quem não conhece o André, a gente apresenta: ele é roteirista de humor e já trabalhou para uns nomes bem conhecidos pelos brasileiros, como Dani Calabresa, Marcelo Adnet, Fábio Porchat e por aí vai.

De acordo com ele, como grande parte dos protestos estão acontecendo nos Estados Unidos, as nossas séries e filmes brasileiros não devem ser afetados diretamente. Porém, é bom todo mundo ficar alerta. “Têm coisas erradas aqui também e que precisamos organizar. É necessário analisar o que está acontecendo lá fora e o nosso cenário. Qual é a realidade dos roteiristas brasileiros? Precisamos nos mobilizar e buscar novas, e melhores, formas de trabalho”, analisou André Brandt. “Espero que um dia role uma mobilização desse tamanho aqui no Brasil, para a galera daqui entender a importância do roteiro em qualquer obra”, completou.

De acordo com ele, é importante entender que o que está sendo questionado nos Estados Unidos também está acontecendo aqui em terras brasileiras. “A falta de organização no Brasil faz com que os roteiristas sejam engolidos nos processos e se tornam, minimamente, prestadores de serviços. O valor intelectual não é tão valorizado como deveria”, comentou, então. “Quando você vai ver, a sala de roteiro é sucateada por pessoas que trabalham horas e horas para entregar um roteiro que depois é feito com 10 milhões de reais. A conta não fecha. As ideias surgem nas salas de roteiro, não podemos ser descartados no meio do processo”, admitiu André.

Mas e aí, já que o público também vai ser afetado, o que podemos fazer de casa para apoiar o movimento? Para o roteirista, é fundamental que o público entenda que o movimento só vai trazer coisa boa para as nossas produções favoritas. “A melhor coisa a se fazer é incentivar que os roteiristas sejam melhor remunerados, tenham uma valorização na cadeia de produção. Também entender o quão difícil é este trabalho e que se você está assistindo à sua série favorita é muito por causa dos roteiristas que estão nas salinhas criando”, afirmou André Brandt.

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