Atriz, cantora, bailarina e contorcionista, Renata Schneider tem conquistado uma legião de fãs ao unir técnica, sensibilidade e bom humor em seus conteúdos. Nas redes sociais, ela soma 3,3 milhões de seguidores no TikTok, 1,4 milhão no Instagram e mais de 3 milhões de inscritos no YouTube — plataformas onde conecta arte, entretenimento e reflexões sobre a vida e a carreira artística.
Nos palcos, Renata brilhou em produções como Korvatunturi e Peter Pan – Crescer é Preciso, destacando-se por sua versatilidade e presença de palco. Agora, em 2025, ela inicia um novo capítulo com o lançamento de seu primeiro single autoral, Boneca Russa, previsto para maio. O projeto marca a chegada da artista ao universo musical, mas sem deixar de lado a linguagem visual e performática que a tornou reconhecida.
Em entrevista exclusiva para a todateen, Renata falou sobre a importância de abraçar sua multiplicidade artística, os bastidores do novo trabalho e o desejo de retribuir as oportunidades que recebeu ao longo da jornada. Confira a conversa completa:
Você é atriz, cantora, bailarina e contorcionista, acredita que essas atividades estejam interligadas e se somam na sua vida?
“Ser atriz, bailarina, contorcionista e cantora me torna uma artista mais completa. A dança me dá presença de palco, a atuação traz interpretação, e o contorsionismo expande minha expressão corporal. Sempre ouvi que precisava escolher um caminho, mas entendi que minha força está na multiplicidade.
No teatro musical, uni todas essas artes, e agora, na música, levo essa visão para meus projetos. Meu primeiro clipe, Boneca Russa, que estreia em maio, não é só um clipe, mas uma obra artística que mistura interpretação, dança e conceito visual.”
Agora você está encarando a carreira de cantora, qual você acha que é a parte mais difícil dessa profissão?
“O maior desafio na música foi entender minha identidade artística. No início, sentia que todas as ideias já tinham sido feitas, até perceber que a originalidade está na forma única de cada artista se expressar. Uma amiga me disse: ‘Os clichês são clichês por um motivo’. Isso me fez parar de buscar algo inédito e focar na verdade do que crio.
Quero que minha música traga conforto e identificação, como fez por mim na adolescência. Além disso, aprender sobre o mercado musical tem sido um desafio. Divulgar uma música é muito diferente de uma peça de teatro, então sigo estudando estratégias para esse novo universo.”
Como você consilia todas as suas atividades em 24 horas por dia?
“Conciliar todas as minhas atividades sempre foi um desafio. Cresci em uma cidade pequena, em uma família humilde, e entendi cedo que, sem correr atrás, muitas oportunidades não chegariam até mim. Busquei tudo que era gratuito na internet, aprendi a editar, postar no YouTube e monetizar conteúdos.
Para custear minha formação, dava aulas de balé e trocava aulas por bolsas de estudo. Minha rotina sempre foi intensa, e precisei abrir mão de tempo com amigos e eventos sociais para seguir a carreira artística.
Por outro lado, crescer no interior também teve seu valor. Foi em um projeto social da prefeitura que descobri minha paixão pela arte. Hoje, em São Paulo e com mais estabilidade, vejo que cada escolha difícil me trouxe até aqui.”
Qual foi a parte mais complexa para chegar onde você chegou?
“Um dos maiores desafios foi entender que sucesso não é só sobre conquistar, mas também retribuir. Tive muitas oportunidades, como bolsas de estudo, e isso mudou minha vida.
Por isso, no lançamento do meu single Boneca Russa, além da festa e do clipe, vou disponibilizar 10 bolsas na minha plataforma de alongamento e doar mais de 100 peças de roupas de dança para uma escola da periferia de São Paulo.
Sei que é um primeiro passo, mas quero ir além. Meu sonho é ter meu próprio projeto social e transformar vidas, como a minha foi transformada.”
