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6 influenciadores LGBTQIAP+ para seguir nas redes sociais

6 influenciadores LGBTQIAP+ para seguir nas redes sociais
6 influenciadores LGBTQIAP+ para seguir nas redes sociais (Reprodução/Instagram)

Em junho é comemorado o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, mais especificamente no dia 28. A data faz referência à revolta de Stonewall, série de manifestações violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York que ocorreu na madrugada do 28 de junho de 1969, dentro da boate de Stonewall. A rebelião durou seis dias e é considerada como um marco na luta pelos direitos da comunidade.

Não apenas neste mês, mas todos os dias, é importante que todos nos tornemos aliados. Ouvindo, seguindo e apoiando, diversos influenciadores e figuras públicas é essencial para escutar e entender a importância de todos os debates sociais.

Pensando nisso, a todateen separou seis produtores de conteúdo para você acompanhar nas redes sociais.

+ 21 artistas LGBTQIA+ do Brasil para adicionar à playlist

Confira!

@anagabriela – cantora

A cantora Ana Gabriela toca violão desde os 9 anos e até os 15 cantava no coral da igreja. Aos 16 anos, sua mãe descobriu seu namoro com uma menina e, numa conversa franca e acolhedora, a mãe disse apenas ter ficado triste por Ana Gabriela não ter confiado nela, e não por ser lésbica. A partir daí, Ana disse que pode viver exatamente como quis por ter o apoio de sua mãe, sem a necessidade de esconder de ninguém que é uma mulher lésbica e livre. Um dos seus maiores sucessos é justamente “Carta Para a Mãe”, música que escreveu para sua mãe. A mãe da Ana participa do clipe e a cena dela chorando é real – aquela era a primeira vez que ela ouvia a música. 

“Eu sei que sou uma mulher lésbica desde os meus cinco anos de idade, quando me apaixonei por uma menininha. Como sou de 1996, foi muito difícil para eu me entender e falar sobre isso. Eu demorei mais 11 anos para falar com a minha mãe.” ANA GABRIELA

@raphaeldumaresq – criador

Nasceu em 1995, em Natal, Rio Grande do Norte. Rapha conta que a arte sempre esteve com ele desde criança e que foi através dela que também se descobriu sexualmente como pessoa queer. Ele conta que seu primeiro beijo gay foi aos 16 anos e que chorou logo em seguida, de tanta felicidade que sentiu. Já foi diretor de filmes, editor, locutor, bailarino e DJ. Ele conta que quando começou a trabalhar na noite, se maquiava e se vestia de uma forma que sempre que o pai o via, soltava algumas piadas que incomodavam Dumaresq. Até que um dia, seu pai o questionou se não achava que estava se vestindo como gay. Foi a deixa que Dumaresq precisava para se assumir para a família – e educar o pai quanto aos comentários que o incomodavam. Rapha também já teve uma gayband “Raphael and the Dumaresqs, e explodiu na mídia após sua participação no programa The Circle. Hoje produz festas, apresenta eventos, participa de programas de tv e é influencer. Ele também conta que o dia que entendeu que o ser humano é um signo feito de imagem e informação, decidiu usar a sua vida e imagem para inspirar outras pessoas, ocupar espaços e transformar o mundo. 

“É muito importante reforçar minha fala como nordestino, afeminada. Não sou só close. Sou politizado, sou estudado. Eu me sinto muito emocionado. Várias crianças e mães vieram falar comigo. Eu não estava ali (no programa “The Circle”) sozinho. Estava representando várias gays afeminadas, dançando escondidas no banheiro, se trocando na casa de uma amiga porque os pais não aceitam o jeito que eles se vestem. Quanto mais a gente se mostrar, mais a sociedade vai nos aceitar” RAPHAEL DUMARESQ

@babucarreira – humorista

Babu Carreira tem 32 anos, carioca, é humorista e sempre usou seu trabalho como plataforma de expressão da sua identidade e sexualidade. Ela se assumiu bissexual primeiro publicamente e só depois para a família. Mas suas lutas começaram muito antes, por ser uma mulher gorda. Aos 16 anos, começou a ficar com garotas, mas não encarava como uma “preferência sexual”, achava que era apenas curtição. Lá pelos 24-25 anos, ela assumiu publicamente no programa “Papo Calcinha” ser uma mulher bi e decidiu falar com os pais antes do episódio ir ao ar. Babu acredita que seu trabalho no humor é uma ferramenta poderosa pois, diferentemente de uma conversa, ele deixa a pessoa mais relaxada e predisposta a ouvir e refletir sobre o que a comediante está falando ou questionando. 

“É importante falar o que eu passei, não que minha história seja a mais interessante, mas como eu passo a imagem de empoderamento muito forte, é bom conhecerem parte de como foi meu processo, verem que eu já estive em um relacionamento abusivo, que eu já fui feita de trouxa, que eu já tive minha bissexualidade usada a favor do outro.” BABU CARREIRA

@transpreta – historiadora e pesquisadora

A mineira Giovanna Heliodoro diz que sua história começou muito antes de nascer. Ela conta que sua mãe teve 2 abortos espontâneos antes de engravidar dela e que seus pais sonhavam muito com um menino. E ele nasceu, em 1997. Mas Giovanna nunca se identificou como um menino cis e inclusive criou um termo para explicar que, para os pais, o que houve foi uma “quebra de expectativa de gênero”. Aos 16, deu seu primeiro beijo em um garoto e, dos 19 para os 20, se assumiu uma mulher trans. Giovanna também conta que se assumiu depois de ver o filme “Minha Mãe é uma Peça”, usando uma fala que dizia “Você é um homem ou um saco de batata?”. Ela lembra que quando a mãe perguntou o que ela era, sua resposta foi: “sou um saco de batata, mãe!”, e isso virou uma piada delas para sempre. Ela relata que cresceu com medo de ter sua vida e seu nome associado a pessoas que eram vistas como prostitutas, violentas, párias e que isso foi parte do seu processo de aceitação. Foi doloroso se inserir no mercado de trabalho formal, pois não há espaço, confiança e nem incentivo. Então, foi aí que entendeu que, para subverter e hackear esse “cistema”, ela precisaria ir por outra via, a do empreendedorismo. Ela diz que TRANSPRETA é um mecanismo de empoderamento e a sua forma de mostrar ao mundo que travestis negras existem.

“Espero que no futuro as mulheres dessa geração, além de se auto-organizar, comecem a tomar posse do que é seu. Que nós, pessoas negras, travestis, trans, tomemos posse de todos os acessos que nos foram tirados, que possamos reconstruir nossa narrativa e escrever a história desse país.” GIOVANNA HELIODORO

@patrickrigon – multiartista

Pati Rigon nasceu em 1987, em Cachoeira do Sul, uma pequena cidade no Rio Grande do Sul, e foi designada nos documentos como sendo do gênero masculino e assim foi criada. Desde sempre, se via e se sentia diferente, mas foi só na adolescência que seu primeiro alerta acendeu. Enquanto nos meninos da sua sala crescia barba, na Pati cresciam seios. Nessa época, ela começou a fazer reposição com testosterona para frear o desenvolvimento hormonal feminino e sentiu que finalmente teria um pouco de paz, diante do bullying e violência que sofreu durante toda a infância e adolescência por não se encaixar no padrão social exigido para alguém designado menino. Já maior de idade, viajou para a Itália e, sem acesso aos hormônios, parou com a testosterona. Seus seios voltaram a crescer e, no retorno ao Brasil, teve seu segundo alerta: começou a lactar. Os resultados dos seus marcadores hormonais eram equivalentes aos de uma mulher grávida. A partir daí, ela foi a fundo na investigação da sua biologia até finalmente entender que ela era uma pessoa intersexo e que não deveria ter parado com os hormônios abruptamente! Pati passou por uma grande revolução ao se descobrir intersexo e ao entender como se sentia, para além da biologia. Hoje, ela se identifica como mulher trans e bissexual. Sua revolução pessoal sempre se misturou com seus trabalhos. Primeiro como modelo, quando desfilou e fotografou no auge da moda andrógina. Ali, pela primeira vez, ela foi vista como mulher. E hoje, como artista plástica, utilizando temas pessoais e reflexões sobre sua identidade de gênero e sexualidade em suas obras.

“A presença LGBTI+ no cenário cultural contemporâneo é fundamental para quebrarmos velhos preconceitos e tabus empoeirados, para levantarmos novos diálogos e para caminharmos pra além da cis-heteronormatividade, abrindo espaço para que cada vez mais pessoas, em toda a pluralidade humana, sintam seus corpos e suas existências sendo retratadas e representadas de forma digna.” PATI RIGON

@transboylife_ – advogado, empreendedor e ativista

O ativista Stefan Costa nasceu em 1995, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro e até seus 23 anos, acreditava que era uma mulher lésbica, quando teve uma espécie de epifania depois de perder uma pessoa que considerava como mãe. Nesse momento, ele realizou que a vida é mesmo um sopro e ele não estava vivendo nem sendo quem era de verdade. O medo de magoar as pessoas, perder o emprego e tudo que estava em jogo tinham um peso muito grande, mas já não eram capazes de frear o que sentia e o que ele realmente era: um homem trans. Ali iniciava seu processo – primeiro de autoconhecimento e aceitação, e depois de adequação ao seu gênero. Em 2020, Stefan lançou uma vaquinha online e finalmente conseguiu realizar sua mastectomia. A partir daí, a internet virou trabalho (e militância) de vez. Ele diz que criar conteúdo para internet foi a forma que encontrou para poder ajudar outras pessoas negras e que, um dos seus objetivos, é fazer com que em sua outra carreira, a de advogado, também possa realizar coisas importantes para o movimento. Há 6 meses, Stefan ainda estava se perguntando quando faria sua cirurgia de mastectomia e hoje, deita com a esposa sem camisa e mal acredita em tudo que tem acontecido em sua vida.

“Vivi essa falta de informação e agora eu posso passar um pouco do que sei para frente. Na internet, me deparei com muitos homens trans brancos. Queria ver como eu ficaria após o tratamento hormonal, mas nenhum deles se encaixava no meu perfil. Um homem trans negro não tem uma visibilidade tão grande quanto os outros”. STEFAN COSTA

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