Banda de garotas: conheça bandas femininas que arrasam no mundo da música

Você já sonhou em ter uma banda? Subir no palco, cantar, tocar guitarra, bateria? Não deve ser sensacional ouvir o público cantando junto as suas próprias músicas? Pois algumas garotas já tiveram esse sonho realizado. Hoje em dia crescem o número de bandas femininas, com músicas superlegais e estilos diferentes. Selecionamos algumas bandas de meninas pra você conhecer e se inspirar:

CW7

Foto: Reprodução/MySpace

Já conhece a CW7? A banda é formada pelos irmãos Gustavo (Pipo), Leonardo e Paulo, além da prima Amanda (Mia), que completou a formação da banda a partir de 2004. Eles são de Curitiba e já estão fazendo um grande sucesso. Veja o clipe de Será Você:

A todateen entrevistou a vocalista Mia – confira:

Vocês tocam em família. E as composições? Também rolam em família?
Mia: “Eu componho a maioria das músicas, só que agora o Paulinho (baterista) está me dando uma força nisso. No disco vão entrar algumas músicas que fizemos juntos. Mas as que estão no CD anterior são minhas, só duas é que foram feitas em parceria com o Pipo (guitarrista)”.

E o que te inspira? Você sempre compôs?
Mia: “Na verdade, eu já faço música há um tempinho. As pessoas sempre me perguntam sobre onde busco ideias. Na verdade, eu não penso muito para compor, eu só pego um papel e uma caneta e começo a escrever o que vem na minha cabeça, de primeira. Até o Paulinho pegou uma letra minha outro dia e me perguntou: “Do que fala essa música?”. Aí eu falei: “Não sei! Dá uma lida nela e vê do que se trata…”. Às vezes são coisas que acontecem comigo, mas na maioria das vezes são coisas que vêm de uma hora pra outra.”

E em termos musicais, quais são suas inspirações, você se espelha em alguma cantora?
Mia: “Eu gosto muito do Evanescence. Eu acho a Amy Lee fantástica, me identifico muito com ela, porque ela toca piano também. Mas eu gosto muito de Paramore também, de Avril Lavigne, me inspiro muito nela, eu me identifico muito com o estilo musical dela. E a gente tem também gostos em comum, como Green Day, Blink 182…”

Como você descreveria CW7 pra uma pessoa que nunca ouviu a banda?
Mia: “Aí que tá o problema. A gente fala assim que não dá pra falar ‘escuta CW7 que é parecida com tal banda’. A gente não sabe qual banda parece com o nosso som. Pra quem não conhece eu diria que tem que ir no show. Vai no show que você vai gostar, porque a gente pede muito a participação do público. Se der entra no MySpace e escuta o som lá, mas pra conhecer mesmo tem que ir ao show.”

Mixtape

Foto: Divulgação/Venâncio Filho

A Mixtape é uma banda formada por meninas: Pris Elias (vocal, guitarra e teclados) e Helen Negrão (baixo). Anteriormente, a baterista Renata Monteiro (bateria) fazia parte da banda, mas teve que sair por conta de outros compromissos.

As garotas (também de Curitiba) são cheias de atitude e fazem um som superlegal. Elas são amigas há 6 anos e decidiram dar o nome de Mixtape para a banda porque é uma palavra inglesa (mix = combinação e tape = fita de aúdio) que designa uma compilação de canções, normalmente adquiridas de fontes alternativas, gravadas em fitas cassete, principalmente na década de 80.

Para conhecer melhor as garotas, assista o clipe de Eu Uso:

A todateen também entrevistou as curitibanas cheias de atitude:

Quando está previsto sair um álbum completo de vocês?
Helen: “Nós estamos em dúvida se vamos lançar o projeto todo de uma vez só ou em etapas. Por exemplo: podemos lançar uma música nova em janeiro, daí trabalhamos ela… Como os artistas internacionais estão fazendo. A Rihanna, por exemplo, antes de lançar o novo álbum, já havia lançado três músicas de trabalho…”

Como você vê o cenário roqueiro atual no Brasil? O que vocês estão curtindo das bandas brasileiras?
Helen: “O que a gente sempre curtiu e que são nossas referências são o Jay Vaquer e o Pato Fu, que fazem muito bem esse trabalho de misturar elementos eletrônicos com o rock e o pop. De modo geral, eu não enxergo muito um cenário de rock tradicional, pra mim, no Brasil, existe mais um movimento de música muito mais pop com elementos de rock, do que um cenário roqueiro propriamente dito. Eu imagino que sempre foi assim, porque uma coisa quando se torna muito popular, pra quem gosta de rock, ela deixa de ser rock.”

O que vocês têm ouvido bastante, sem ser a Mixtape?
Helen: “Estamos ouvindo muito música pop, Katy Perry, Rihanna… Até um tempo atrás estávamos ouvindo bastante o novo da Christina Aguilera, Ke$ha…. estamos sempre ligadas em bandas dos anos 80, ou bandas tipo No Doubt, Garbage, La Roux… A gente gosta também de coisas mais desconhecidas, mas que soam pop, que na estética delas não deixam de ser pop.

Pris, foi vc que compôs Eu Uso, né? Como surgiu essa canção?
Pris: “Um dia eu estava na casa de uma amiga e ela ganhou um colar e não gostou. Aí ela disse: ‘Eu não vou usar isso aqui, é muito feio’. E aí a filha dela, falou assim: ‘Mãe, isso aí tá na moda’. Estava numa novela, não sei quem, que personagem, estava usando aquele colar. Então ela falou: ‘É mesmo? Então se está na moda, eu uso’. E daí começou a usar o colar. E isso que me fez pensar. É bem assim que funciona mesmo: a pessoa acha uma coisa feia, mas ela usa porque está na moda. Aí a gente tirou uma onda com isso, que é uma coisa que todo mundo faz, em maiores ou menores proporções”.

Lipstick

Foto: Divulgação/Júlia Lacerda

A banda Lipstick vem crescendo e conquistando respeito no cenário musical. Formada por Michelle Oliveira (teclados), Tila Gandra (bateria), Mel Ravasio (vocal) Carolina Navarro (baixo) e Dedê Soares (guitarra), as meninas arrasam!  A banda surgiu no ABC Paulista, em Santo André. TDB!

Há alguns anos elas se conheceram numa escola de música e resolveram montar uma banda. Além de amigas, todas se entendiam muito bem musicalmente. Assim nasceu a Lipstick. As garotas já fazem sucesso e tem mu
ita atitude no visu. Confira:

The Runaways

Foto: Divulgação/Apparition

E vocês, já assistiram ao filme The Runaways? O longa é com a Kristen Stewart e Dakota Fanning nos papeis principais, mostrando como foi difícil garotas serem reconhecidas no mundo da música. O filme é superlegal e mostra como pode ser a vida de artista e o caminho para o sucesso.

A banda The Runaways acabou oficialmente em 1979, por causa de diversos problemas. Havia muitas críticas da imprensa americana, que não estava preparada para ver garotas adolescentes com atitude, que escreviam e tocavam seus próprios instrumentos. A banda acabou, mas deixou um legado. As meninas podem sim ter banda e fazer sucesso, não é mesmo? Quem não assistiu ao filme ainda, corra pra ver, porque é TDB!

E vocês, já quiseram arrasar nos palcos e montar uma banda só de garotas? Que tal juntar as amigas pra começar uma banda?

Texto: Isabela Zamboni
Entrevistas: David Cintra