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Fim do cinema? Especialista de Hollywood explica o que será da indústria do entretenimento no pós-pandemia

Fim do cinema? Especialistas de Hollywood explicam o que será da indústria do entretenimento no pós-pandemia
Fim do cinema? Especialistas de Hollywood explicam o que será da indústria do entretenimento no pós-pandemia

Na última quinta-feira (15), aconteceu a edição de 2020 da tradicional EXPOCINE, um dos maiores eventos da América Latina voltado à indústria cinematográfica. Contando com a participação das principais personalidades do setor, a convenção teve bate-papo com produtores, distribuidores, plataformas digitais e outros profissionais do mercado.

O que será do cinema nos próximos anos? É o questionamento mais latente de Hollywood. Para trazer as mais importantes informações sobre o cinema e os próximos lançamentos, a todateen cobriu o evento e compilou tudo o que vocês precisam saber.

o streaming é o futuro?

John Fithian, Presidente da NATO (National Association of Theatre Owners), foi bastante sincero quanto aos desafios da indústria do cinema no contexto da pandemia do novo coronavírus. Dentre os obstáculos, ele citou os efeitos e os prejuízos causados por filmes como Mulan, lançado diretamente na plataforma de streaming Disney+ – que chegará ao Brasil no dia 17 de novembro – além de reforçar a importância do apoio governamental neste momento.

“Os estúdios querem que o cinema esteja lá quando acabar a pandemia. Eles lucram muito com o cinema.”, disse ele. “Tem um motivo para a Disney não divulgar os números do lançamento de Mulan no Disney+. É porque os resultados ficam aquém do que seria uma estreia nos cinemas. A Disney lucra muito com o cinema, é uma marca que nasceu no cinema.”, revelou.

O especialista ainda afirmou que, em Hollywood, os estúdios estão com medo de lançar filmes nos cinemas. Temos conversado seguidamente com os estúdios sobre os adiamentos das estreias. Entendemos que tenham medo, mas precisamos sobreviver até que seja seguro uma reabertura de todos os mercados ao mesmo tempo. Não sabemos quando isso será. Verão de 2021? Verão de 2022?”, ponderou ele.

parceiros e Netflix

Ainda na palestra moderada pelo jornalista J. Sperling Reich, do site Celluloid Junkie, Fithian revelou que tem conversado com a Warner Bros e com Christopher Nolan, diretor de filmes aclamados como Tenet e Dunkirk. “Temos que acreditar que os estúdios são nossos parceiros. […] Lançar filme mudou com a pandemia. Não é mais uma corrida, é uma maratona. Os filmes ficam em cartaz muito tempo.”, afirmou.

O empresário também expressou dúvidas sobre a Netflix – um dos maiores streamings atualmente – ser, de fato, rentável. “Você sabe como um filme performou no dia seguinte da estreia. Os dados do cinema são transparentes. Eu queria muito que os do streaming também fossem. É um mito que a Netflix seja lucrativa. Ela não tem tantas visualizações como quer dizer que tem.”, disse.

números, lucros e expectativas

Na conversa, Fithian abriu o jogo e anunciou os prejuízos real da pandemia. “Dos US$ 11 bilhões [R$ 60 bilhões, em média] do ano passado, talvez a gente consiga faturar US$ 3 bilhões [R$16 bilhões, aproximadamente] este ano. Talvez. Em 2021, se a pandemia estiver sob controle, vamos vender muito. E em 2022, vamos voltar a quebrar recordes. É uma possibilidade. O que precisamos responder agora é como sobrevivemos até lá.”, disse ele, esperançoso.

O presidente ainda se solidarizou com a situação dos outros países. “Peço desculpas aos meus colegas da América Latina pela forma como o governo americano lidou com a pandemia da Covid-19. A má gestão acabou provocando a situação que temos hoje de Nova York e Los Angeles com os cinemas fechados. E por isso os estúdios americanos não estão lançando os filmes. Nem mesmo aqui, onde muitas cidades já estão com os cinemas abertos.”, falou.

No entanto, além de sua perspectiva positiva, Fithian reforçou quanto o suporte é importante neste momento.

“Precisamos do apoio dos governos para sobreviver a essa crise. Precisamos de empréstimos, de fomento.”

Lembrando que a EXPOCINE nasceu em 2014 como uma convenção dedicada a fazer a ponte entre os setores de exibição e distribuição e, entre eles e seus fornecedores, no coração da indústria, em São Paulo. Rapidamente se consolidou como o maior evento do mercado. Em 2020, a edição aconteceu online, com apresentação dos line-up dos maiores estúdios internacionais e nacionais, debates relevantes sobre o mercado hoje e encerra seus dois dias de maratona com um Pitching, estimulando a produção de novos conteúdos.

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