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Letícia Vilas Boas, modelo curve estreante no SPFW, compartilha importância da diversidade nas passarelas

Crédito: Instagram/@leticiavboas/@spfw

A SPFW N52 já chegou ao fim, mas hoje a todateen traz uma entrevista super bacana com a modelo curve Letícia Vilas Boas, estreante na semana de moda paulista, a mais importante e aguardada do país.

Se o termo “modelo curve” é novidade para você, não tem problema, a gente explica. A ideia é uma referência àquelas com corpos mais curvilíneos, coxas mais grossas, bumbum avantajado e a cintura fina.

Bom, e ainda que em passos lentos, a diversidade – como já falamos aqui – vem transformando as passarelas e abrindo espaço para que corpos não padronizados, ganhem visibilidade. E que ótimo, né?

Crédito: Instagram/@leticiavboas/@spfw

Não fugindo muito da rotina de qualquer profissão, Letícia teve seu primeiro contato com a indústria da moda aos 13 anos. “Treinei em casa as poses, mas quando cheguei lá, o nervosismo tomou conta! Depois fiz muitos trabalhos de graça para pegar experiência e aí sim, depois de um ano, fui para São Paulo, em uma agência maior”, recorda-se.

Entre os perrengues do início de carreira, ela quase desistiu do sonho por não conseguir segurar as medidas e sofrer com a baixa autoestima. Mas hoje, aos 25 anos, celebra a conquista de colocar o corpão para jogo.

“Eu não consigo descrever em palavras a emoção que senti no último desfile, foi muito forte. Várias top models estavam junto comigo, trocando experiências. Quando me toquei que estava no mesmo lugar que elas fiquei extremamente emocionada, principalmente por me dedicar tanto pra estar onde estava. Sinto que foi merecedor”, conta.

Nas redes sociais, Letícia também compartilha parte de suas experiência para que outras mulheres com o mesmo sonho não tenham medo de entrar para este universo. “Eu fico muito feliz e animada com esse momento que estamos vivendo. A evolução que eu mesma presenciei nesses 13 anos em relação à diversidade de corpos no mercado é muito grande”, garante.

“Todo trabalho que eu chegava, as pessoas já ficavam com a fita esperando para medir meu quadril e, se passasse de 90 centímetros, parecia que eu era a pior profissional do mundo e não era esforçada. Hoje em dia ver tanta diversidade em campanhas é algo que me traz tranquilidade para ser quem eu sou. Hoje não durmo mais com ansiedade ou chorando um dia antes do trabalho com medo das roupas não me servirem e ser xingada pelo cliente”, comenta.

E não pense que não rolou insegurança para estar no SPFW não viu, no entanto, a força vem de Tommy, seu filho de apenas 6 meses. “Depois que dei à luz, me veio uma força e desencanei do que pensavam de mim. Acho que essa era a minha maior insegurança. Pensar em como as pessoas me viam e o que elas achavam de mim. Assim as coisas fluíram bem melhor pra mim. Tanto na vida pessoal, quanto profissional”, explica.

Desfilando pela Weider Silveiro e Lenny Niemeyer, ela também acredita que sua estreia no SPFW representa uma mudança no cenário. “Acho que no Brasil ainda vemos certa dificuldade de diferenciar curves do plus. Muitas vezes chego em trabalhos e os clientes falam que estou magra demais pra ser plus ou gorda demais pra ser slim! “Você precisa engordar, né?” Rs… Eu não achei que pegaria o SPFW ainda esse ano, mas desfilar no SPFW do lado de meninas com o mesmo padrão que eu, foi um grande passo para a evolução do departamento”, afirma.

Por fim, ela ainda deixou uma mensagem super fofa para as meninas da todateen que acompanham e se inspiram em seu trabalho.Queria dizer que o que vocês sentem de insegurança, muita mulher sente também. Mas eu juro que era a pessoa mais encanada do mundo com meu corpo e odiava ele. Comecei a seguir meninas que se vestiam bem com o corpo igual o meu. Via que elas também tinham celulite, estria e eu achava elas lindas. Por que então eu nao era? A partir disso, a minha segurança veio e até minha saúde melhorou. Eu fazia o impossível pra ter o corpo magro e vivia doente, rosto triste, abatida… Se amem, meninas! Eu juro pra vocês que consequentemente tudo melhora em seguida! Vocês são especiais demais pra se martirizarem tanto!”

Sucesso, Le!

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