Quando falamos de sexualidade, logo pensamos em heterossexuais (quando alguém gosta do sexo oposto), homossexuais (quando alguém gosta do mesmo sexo) e bissexuais (quando alguém gosta de ambos os sexos). Porém, normalmente, entre todas essas orientações, sempre acabamos esquecendo (ou nem sabemos da existência) da assexualidade. Mas aí você se pergunta: o que é ser assexual? Nós consultamos o psicólogo Yuri Busin que nos explicou. Vem ver!
O que é ser assexual
“É não ter atração, desejo, vontade sexual por nenhuma outra pessoa, tanto menina quanto menino. Vale lembrar que é diferente de ser celibato, em que a pessoa opta por não atender seus desejos sexuais por questões de crença”, explica o psicólogo. É o que acontece com os padres. E apesar de ser pouco discutida e conhecida, a assexualidade é bem comum: cerca de 7,7% das mulheres brasileiras e 2,5% dos homens, entre 18 e 80 anos, são assexuais de acordo com os dados do Programa de Estudos da Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (ProSex-IPq).
“Ainda não tive vontade de transar, sou assexual?”
De acordo com Yuri, tudo depende da idade e da maturidade, “estamos falando em uma constante evolução e, às vezes, você está em uma fase que ainda não tem esses desejos muito claros. Então, não necessariamente você é assexuada, você pode apenas ainda não valorizar isso”, explica o psico. Mas se você está confusa, vale procurar orientação – seus pais, seu colégio ou até mesmo um psicólogo podem ajudá-la nessa.
Zero contato íntimo
Quer dizer, então, que quem é assexuado não gosta de nenhum tipo de contato íntimo? “Muitas pessoas que são assexuadas não gostam, outras realizam o contato íntimo por uma pressão social ou para agradar o próximo. Porém, esse contato não tem importância e nem mesmo o desejo”, explica Yuri.
Isso pode mudar?
Sim! “Em alguns casos, existe uma confusão ou trauma que impedem a pessoa de ter uma liberdade sexual, reprimindo todos os desejos que possui. Por isso, caso se sinta confusa, procure a ajuda de um profissional”, aconselha Yuri.