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Entrevista: Amy Plum, autora de Morra por Mim

Zumbis estão na moda e Amy Plum sabe disso! Confira o bate-papo da autora com a tt!

Morra por Mim - Amy Plum
Foto: Divulgação

Zumbis são, sem dúvidas, as criaturas do momento! Sejam assustadores e sanguinários como na famosa série The Walking Dead (que também tem livros e HQs que valem suuuper a pena!), ou não-tão-terríveis-assim, como em alguns contos do livro Zumbis x Unicórnios… De qualquer forma, eles estão por toda a parte! Inclusive em Paris! Não entendeu? Então, confira a entrevista que fizemos com Amy Plum, autora de Morra por Mim. Uma história com zumbis superdiferentes que você vai adorar!

Confira:

Morra por Mim - Amy Plum

Foto: Divulgação

 Todateen – Como surgiu a ideia de fazer um livro ambientado em Paris com uma nova “modalidade” de mortos-vivos?

AMY – Quando eu decidi escrever um livro que fosse romântico e ao mesmo tempo assustador, Paris foi a primeira cidade a surgir como cenário em minha mente. Quando eu tinha por volta de 20 anos, vivi em Paris por cinco anos (e voltei no ano passado), eu estava completamente encantada pela cidade por dois motivos: pelo fato de que cada centímetro do lugar é cheio de história e beleza e, também, porque a cidade tem seu lado sórdido e assustador. Eu pensei que seria um lugar perfeito para uma batalha épica entre o bem e o mal. Quanto à criação de um novo tipo de zumbi, quando eu estava planejando a escrita do livro, eu sabia e queria que meu personagem principal fosse apaixonado por um tipo de personagem sobrenatural. Mas quando eu pensei nos tipos de criaturas existentes – vampiros, lobisomens, múmias, deuses, anjos, unicórnios… sim, eu pensei em todos eles – nenhum deles pareciam se encaixar no meu livro. Então eu decidi criar “meu próprio monstro”. Os revenants nasceram de uma mistura entre deuses, anjos e zumbis. Como o personagem Ambrose os descreve: “Nós somos como anjos da guarda mortos-vivos com o grave diagnóstico de obsessivo-compulsivo”.

Todateen – Este é seu livro de estreia. Entretanto, imagino que você já tenha várias produções literárias anteriores. Conte pra gente como você começou a escrever, onde costumava publicar até então (blog próprio? fanfics?)

AMY – Eu sempre escrevi. Quando eu era mais nova escrevia poemas e histórias, e depois, um pouco mais velha escrevia cartas épicas para minha família, descrevendo lugares onde eu havia vivido. Eu tenho mestrado em História da Arte Medieval e eu passei uma década me dedicando ao mundo das artes, e as coisas que escrevia nessa época eram teses acadêmicas e artigos sobre artes. Eu me mudei para o interior da França e comecei a escrever um blog para dizer aos meus amigos e familiares como era minha vida de mulher de negócios de Nova Iorque, que de repente ficou desempregada, com um bebê, vivendo completamente isolada em Loire Valley. Depois de pouco mais de um ano, eu comecei ter muitos leitores e muitos deles eram escritores. Todos me encorajavam a continuar a escrever e a transformar o blog em um livro. Foi o que eu fiz – eu escrevi meu primeiro livro “In the Vines” – e enviei para agentes literários americanos. Em poucas semanas eu assinei contrato com a agência, mas ela não conseguiu vender o livro – havia muitos como ele no mercado. No entanto, os editores gostaram do meu estilo de escrita e pediram para ver meu próximo texto. E o livro que escrevi foi “Morra por mim”, que recebeu oferta da editora HarperCollins. Esta é minha história editorial em poucas palavras!

Todateen – Qual é o tipo de literatura que você ama? Quem são seus autores prediletos?

Amy – Eu só comecei a ler livros YA (Young Adult), para jovens adultos, quando eu comecei a escrever esse gênero. Antes eu só lia ficção. Eu tinha mais atração por livros que continham realismo fantástico – por exemplo, meu livro favorito, “Contos de Inverno”, de Mark Helprin. Mas quando eu era adolescente, eu lia muito ficção científica e fantasia, por exemplo os livros de Ursula LeGuin, que eu amo, e Robert Heinlein. E foi divertido para mim voltar a esse gênero. Agora eu me divirto com livros dos meus amigos escritores Josephine Angelini, Myra McEntire, Tessa Gratton, Beth Revis and Carrie Ryan.

Todateen – Você já foi professora universitária. Alguma história de dentro do campus ou até aluno já serviu de inspiração para você escrever?

AMY – Eu escrevi o “Morra por mim” quando dava aulas de inglês na Tours University e eu realmente usei algumas das atitudes e comportamentos divertidos de alguns de meus alunos como recurso para escrever meus personagens revenants. Sendo franceses de 20 anos, alguns dos meus alunos eram muito paqueradores, e eu definitivamente pensei neles quando escrevia sobre Jules e Ambrose.

Amy Plum

Foto: HarperCollins/Little, Brown UK/Atom

Todateen – Qual é a dica que você daria a uma adolescente, que é o público da revista Todateen, que tem o sonho de, um dia, se tornar escritora como você?

AMY – Meu conselho para jovens escritores é… escreva! Parece simples, mas não é. Se você tem ideias, sente-se e escreva-as. Trabalhe duro. E então mostre a algumas pessoas, não apenas amigos, mas pessoas de diferentes idades e grupos de interesse que terão diferentes opiniões sobre o seu texto. Eu super recomendo o livro “On Writing” (sem tradução no Brasil), do Stephen King. Não apenas porque sua história é interessante, mas porque ele dá várias dicas práticas de como escrever. E finalmente, leia. Muito! Todas aquelas histórias que estão em sua cabeça não farão de você mais criativo, mas vão te dar base subconsciente para o que você vai escrever no futuro.

Todateen – Qual é a expectativa de ver seus personagens no cinema? O que você acha das adaptações para o cinema da Saga Crepúsculo e da Saga Jogos Vorazes?

AMY – Eu sou cinéfila de carteirinha e eu amaria ver a série MORRA POR MIM nas telonas. Algumas pessoas têm me perguntado quem eu selecionaria para fazer parte do casting do filme (embora esse não seja o meu trabalho) e minhas respostas mudam o tempo todo. Mas eu gostaria que houvesse alguns atores franceses para dar mais autenticidade aos personagens. E eles teriam de ser lindos de morrer, é claro! 😉
Eu li a série “Crespúsculo” depois de ter visto o primeiro filme, e eu gostei tanto dos livros quanto dos filmes. Eu li “Jogos Vorazes” antes de ver o filme e também amei. Mas eu tenho consciência de que só um pouco do livro será representado na tela. Eu não esperava que os filmes fossem exatamente iguais aos livros. Eu sinto que os diretores escolhem as cenas certas para fazer os filmes fiéis ao espírito dos livros.

Todateen – Comente sobre alguma adaptação literária para o cinema que você realmente gostou e conte pra gente porquê.

AMY – O único filme que eu penso ter sido tão bom quanto o livro é “A princesa prometida”. (Na verdade, Kate e Vincent discutem qual é o melhor em um dos meus livros). Eu estou realmente ansiosa por “Cidade dos Ossos”, de Cassie Clare, até porque eu adoro a série Os Instrumentos Mortais, assim como “Maze Runner”, de James Dashner, e “Divergente”, de Veronica Roth, que foram fabulosos literariamente. Há muitos bons livros YA que estão virando filme atualmente. Sinto que nós, como leitores, estamos sendo mimados!

Entrevista: Liliane Ito

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