Começar no mundo da atuação não é fácil, mas a atriz Giovanna Figueiredo está se saindo muito bem! Em seu primeiro trabalho como atriz ela dá vida à personagem Anele, de Desalma.
Disponível no Globoplay, a série se passa em uma colônia ucraniana, o que exigiu uma grande preparação por parte da atriz. E para marcar esse início de carreira, ela conversou com a todateen para contar um pouco mais sobre sua personagem e sua trajetória até a estreia na televisão.
Confere só!
Como você está se sentindo nesse momento de estreia como atriz?
É meu primeiro grande trabalho então tem todo o entusiasmo, frio na barriga de fazer alguma coisa pela primeira vez. Gravar foi incrível e um grande aprendizado pra mim, sinto que agora é um segundo momento, uma nova onda de emoções e animações.
Atuar sempre foi uma vontade sua?
É uma pergunta engraçada de responder porque a resposta é não. Eu sempre soube que eu era da área das artes, eu tenho muitos exemplos de pequenos artistas na família. Pensava em ser ilustradora, estilista, confeiteira, tudo menos atriz. Mas minha mãe sempre me dizia que minha vida é um espetáculo com fortes emoções, e quando eu fiz catorze anos ela me convenceu a trocar algumas aulas extras, que eu fazia por diversão, para aulas de teatro. Foi uma briga que eu agradeço muito por ter perdido, porque assim eu encontrei o meu lugar, aquilo que mais amo.
Como foi o processo para conseguir o papel? Você estava confiante?
Foi um caminho longo, queria poder dizer: “Sim, sabia que era meu”, mas não é verdade. Eu posso dizer que estudo muito para chegar no momento e fazer o meu melhor. Mas, para ser sincera, naquele primeiro teste não fiquei nervosa para receber a resposta, eu tinha certeza que iria dar errado. Ao decorrer do processo fui ganhando confiança e não foi um trabalho só meu. Eu divido a Anele com a atriz Isabel Teixeira e eu sou muito parecida com ela quando mais nova, mas acho que não estava muito claro (haha). Foi quando a minha agente, Claudia Andrade, fez uma montagem de fotos com nós duas mais ou menos na mesma idade e mandou para a produtora Marcia Andrade, e ela achou muito parecida mesmo e foi ai que eles compraram a ideia. Agradeço muito a todas elas. Fui percebendo que talvez acontecesse. Mas foi apenas último minuto, depois de ter passado por todo o processo, com todas as pessoas que estiveram comigo e me ajudaram, que no fim eu tive uma sensação de que iria dar certo.
A rotina de atriz era o que você esperava? Quais foram algumas das surpresas no meio do percurso?
É bem próximo do que eu imaginava, é um trabalho como qualquer outro. Nós amamos, nos divertimos, ficamos cansados… Mas no fim eu não trocaria por nada.
Desalma se passa em Brígida, uma colônia ucraniana, que tipo de estudos você teve que fazer para atuar como uma personagem que vive uma cultura diferente?
A Ana Paula Maia, a roteirista, faz um trabalho de ambientação incrível que facilita muito, mas estudei várias vertentes diferentes, como: Aulas de ucraniano, com o Oskar Slushchenko, de dança folclórica, com o Raffaele Casuccio, estudei a história da Ucrânia, que tem um passado muito bonito e doloroso ao mesmo tempo. Até aprendi a fazer pysankas, que são ovinhos pintados. Foi um trabalho e tanto. Para algo tão diferente é importante se jogar de cabeça nesse novo jeito de pensar. Isso sem contar em todo o trabalho de preparação que tive com a professora Ana Kfouri.
Qual foi a parte da cultura ucraniana que você mais gostou de aprender e incorporar?
Aprender a pintar as pysankas foi a coisa que mais me tocou, a minha personagem Anele faz muita coisa artesanal, ela pinta, borda, fez eu me sentir muito próxima dela. Não só isso, durante o processo de gravação eu descobri que parte da minha família é ucraniana e a tradição de Páscoa em casa é uma adaptação dos costumes que meu bisavô trouxe de lá. Como pysankas são um costume dessa época, acabou agregando ainda mais aqui em casa.
Sua personagem Anele tem um estilo bem marcante dos anos 80, você usaria as roupas dela na vida real?
Com certeza, eu gosto de uma boa peça vintage. Tenho um scrunchie igual ao dela. E ela usa uma peça de roupa que na verdade é minha, (hahaha) vamos ver se quando sair vocês descobrem qual é!
Além da atuação, quais outras áreas artísticas fazem parte da sua vida?
Eu sempre desenhei e pintei, meu avô por parte de pai é pintor, minha mãe pintava quando eu nasci também. É algo famíliar. Além de disso eu faço lira acromática, me descobri depois de adulta amante da arte circense.
Seu Instagram é bastante diversificado, com vários poemas e “fragmentos” como você mesma nomeou, como você enxerga essa plataforma e suas possibilidades? Tem algum conselho para as leitoras que usam essa rede todos os dias?
Gosto de pensar que as redes sociais são como a roupa que você escolhe vestir. Elas dizem muito sobre você mesmo antes de poder falar alguma coisa. O Instagram hoje se tornou o jeito que você se apresenta para as pessoas. Quantas vezes alguém te “apresentou” para outra pessoa pelo Instagram? É um lugar de muita responsabilidade, que você pode usar para o bem ou para o mal. As possibilidades são infinitas: Trabalho, estudo, fazer novas amizades, descobrir novas causas. Eu tive meu primeiro contato com o vegetarianismo pelo Instagram, por exemplo. Se eu tenho uma dica que queria que tivessem me dado quando eu comecei no Instagram seria: tomem cuidado com as pessoas que vocês seguem, é um lugar muito fácil de se comparar ao outro e isso não é saudável. Sua trajetória é só sua, seu corpo é só seu. Seu caminho é único, se orgulhe dele. Você tem uma ferramenta incrível nas mãos, use-a com sabedoria. Como diz minha mãe: quem vê close não vê corre (hahaha)!