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Dia da Visibilidade Trans: Brasil ainda é o país que mais mata transexuais no mundo

Dia da Visibilidade Trans: Brasil ainda é o país que mais mata transexuais no mundo
Dia da Visibilidade Trans: Brasil ainda é o país que mais mata transexuais no mundo

O Dia da Visibilidade Trans foi criado em 2004 com o intuito de combater a transfobia e, em pleno 2021, engana-se quem pensar em algo como “Não é necessário uma data só para isso”. Isso porque, mesmo com inúmeras campanhas feitas no dia 29 de janeiro, o Brasil ainda é o país que mais mata pessoas transexuais no mundo.

Em 2020, 175 pessoas trans, sendo todas travestis e mulheres transexuais, foram assassinadas no país , de acordo com o dossiê “Assassinatos e violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2020”, feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Os dados mostram que o Brasil se mantém como líder mundial no ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo, seguido do México (57) e Estados Unidos (38).

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Em 2019, o número foi de 124. O aumento se deve principalmente à falta de políticas públicas e o aumento de discursos violentos de autoridades. Falta ainda respeitar a existência de homens e mulheres trans e reconhecer seus direitos como os sendo iguais aos de qualquer indivíduo.

O ano de 2020, ainda teve grande impacto por conta da pandemia do coronavírus. Cerca de 70% das pessoas trans não tiveram acesso às medidas emergenciais ou auxílio por parte do Estado, devido a questões como falta de documentação, acesso à internet e meios tecnológicos insuficientes que ainda se encontram recorrentes na vida dessas pessoas. Além disso, também encontraram dificuldades no preenchimento do cadastro, que não contava com campo para o uso do nome social.

estados que mais matam

No ano passado, São Paulo foi o estado que mais matou transexuais. Ele teve um aumento de 38% de casos, com 29 assassinatos, em relação a 2019. O estado do Ceará se encontra em segundo lugar, com 22 casos, um aumento de 100% em relação ao ano anterior. Em seguida estão Bahia e Minas Gerais, com 19 e 17 mortes cada um. O Rio de Janeiro se encontra em quinto lugar, seguido de Alagoas e Pernambuco.

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O dossiê divulgado pela ANTRA ainda mostra o “perfil” dos assassinatos. A jovem trans, negra e periférica é médio das vítimas de assassinato no Brasil. Dentre elas, 56% delas têm entre 15 a 29 anos. Dos 175 assassinatos, 8 vítimas tinham entre 15 e 18 anos. Em relação à cor, 78% dos casos aconteceram com pessoas pretas ou pardas.

suicídios

Há também registros de suicídio por parte dessa população. O dossiê mostra que em 2020 foram 23 casos registrados, além de 77 tentativas.

É mais do que claro a necessidade de educar cada vez mais a população acerca de pessoas trans. Além disso, é necessário ainda mais políticas no campo do trabalho, a fim de oferecer oportunidades iguais e qualificadas a essas pessoas. Mais figuras de autoridade política que defendam a causa devem ser eleitas, e, em pleno século 21, o preconceito deve ser repudiado e combatido fortemente.

 

 

 

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