Ser exposta na rede é mais comum do que se pensa e muito menos raro do que deveria.
Para quem sofre a exposição, muitas vezes é difícil saber como lidar com a situação e, principalmente, como pedir ajuda. Por isso, conversamos com duas terapeutas familiares que tentam ajudar quem passa por essa barra.
Foto: Thinkstock/Getty Images
Pedir ajuda aos pais é uma opção
“Os jovens sempre devem procurar contar para os pais tudo o que está acontecendo, independente de ser algo ruim ou não”, lembra a psicopedagoga e terapeuta familiar Quézia Bombonatto. E em casos de exposição na internet, a afirmação não é menos verdadeira.
Independente dos problemas que filhos e pais tenham em casa, via de regra, são eles os mais empenhados em ajudar os filhos nas questões mais difíceis.
Para a terapeuta familiar Suely Buriasco, o primeiro passo é reconhecer que poderia ter tido mais cuidado. Ela explica que dessa maneira a pessoa sai do papel degradante de vítima, assume as consequências dos seus atos e estará mais preparada para o passo seguinte: contar aos pais.
O jovem também deverá estar preparado para a reação inicial dos pais e estar disposto a relevá-la. Se preparando dessa maneira, será mais fácil o complicado momento de contar o problema aos pais.
Sinceridade é o melhor caminho
Suely explica que contar os fatos com clareza é a melhor maneira de contar aos pais sobre uma exposição na rede. Procurar desculpas, no entanto, não é uma alternativa.
“É preciso encarar o que aconteceu com amadurecimento e ser afetivo com os pais, pois isso também é difícil para eles”, explica.
Esconder o problema dos pais é possível?
Para Quézia essa não é uma boa opção. Ela explica que o adolescente não deve ter que resolver esse problema sozinho.
A angústia trazida por uma exposição como essa pode, inclusive, trazer problemas psicológicos ao jovem.
Já para Suely, deve ser uma opção do adolescente contar ou não para os pais, mas é preciso entender as consequências dessa decisão. Ela reafirma que os pais são as pessoas aptas a darem o suporte necessário em uma situação como essa.
“Os pais tem papel importante tanto para orientar o jovem na melhor maneira de agir, como também para que possam tomar alguma atitude cabível para dar solução ao caso”, explica.
Consultoria
Quézia Bombonatto é psicopedagoga, terapeuta familiar e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ABPp.
Suely Buriasco é mediadora de conflitos, Educadora com MBA em gestão de pessoas. Autora dos livros Uma Fênix em Praga e Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois.
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