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Muita brasilidade! Duda Beat, Lagum, Xamã e mais destaques do Festival Turá

Crédito: Instagram/@dudabeat/@festivaltura

Temperatura agradável para os amantes do calor em pleno inverno? Sim! Pluralidade? Também! Clima de celebração? Mais do que nunca! Essa foi a combinação perfeita para a 1ª edição do Festival Turá que tomou conta do gramado do Auditório do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, neste final de semana, 2 e 3 de julho, reunindo 26 pessoas pessoas.

Com o nome que faz uma brincadeira com o final das palavras “abertura”, “cultura”, “mistura” e “releitura”, o evento trouxe mais de 24 horas de muita música boa. A programação, 100% nacional, apostou em apresentações de artistas e DJs de diferentes regiões do país.

Deixando aquele gostinho de “replay” no ar, foram mais de 20 atrações que subiram ao palco. A todateen, que marcou presença no primeiro dia de festival, também foi embalada pelo line-up que provou (mais uma vez) o quanto a indústria musical brasileira vale ouro. Por aqui, separamos os destaques do dia. Se liga!

É Salvador, é Bahia, é Larissa Luz

Substituindo Mahmundi, que precisou cancelar sua apresentação por problemas de saúde, Larissa Luz ficou responsável por abrir a programação do festival. A cantora, que conquistou os palcos Brasil afora ao interpretar Elza Soares no celebrado musical “Elza”, chegou trazendo muita baianidade em hits como “Cupido Erê”, do álbum “Deusa Dulov”, lançado no início deste ano.

Crédito: Instagram/@festivaltura

Em entrevista à todateen, a artista, que foi do pagodão baiano, ao dancehall e ao dub, estilos jamaicanos, comentou sobre a honra de fazer história sendo a primeira a artista a pisar no palco. “Eu me senti muito honrada de ter sido convidada para fazer esse ritual de abertura. Está sendo um movimento bem único voltar aos palcos depois de tudo o que nós passamos. Eu ainda estou voltando energeticamente, sentindo todas as adaptações, e muito feliz em sentir o calor humano, a vibração”, contou.

“É muito diferente ter as pessoas ali, olhando no olho. Quem não conhece a minha arte, está conhecendo. E quem conhece, está cantando. Dá o combustível para gente querer continuar”, acrescentou.

Muita discotecagem com Pathy Dejesus

Logo após a passagem de Larissa, Pathy Dejesus, muito conhecida por sua atuação como Adelia na série “Coisa Mais Linda”, da Netflix, presentou o público com o seu aclamado set que mescla, com muita fluidez, ritmos que vão do rap ao samba, passando pelo funk e pop. Quem não ama, né?

“Eu acho que eu estava esperando por esse momento, sabe? Acho que hoje, nesse período depois da pandemia, o processo musical e até a mesmo a forma que a gente consome cultura e as coisas são apresentadas para gente, mudou muito. É tudo muito rápido, tudo muito para ontem. É um sucesso agora, para daqui um mês ter outro e assim vai indo. Se eu fosse uma artista, com a necessidade de apresentar essa demanda, não serviria. Mas eu, por ser de outra geração, tudo funciona de outro jeito”, contou em conversa com a todateen.

Crédito: Instagram/@festivaltura

“Eu comecei a tocar por amor à música que me foi apresentada de forma natural, visceral, pelo meu pai. Esse tipo de música sempre esteve extremamente presente – e ainda está – dentro da minha casa. Eu acho o processo de discotecar foi até uma forma de mostrar para as pessoas a pesquisa que eu faço, eu gosto de dividir, de mostrar uma raridade e o fato de ter tido a pandemia trouxe um pouco dessa nostalgia. É um resgate de emoções, de sentimentos, e isso é muito latente, muito potente nesse momento. Eu bebo dessa fonte, meu gênero é o hip-hop, eu sou uma DJ de hip-hop, mas a minha influência sempre vai ter uma musiquinha brasileira, um sambinha misturado”.

Xamã indo além de “Malvadão”

Como já era de se esperar, Xamã levou o público ao delírio. O rapper carioca soltou a voz ao som de hits virais e não deixou ninguém ficar parado. Exemplo disso foi “Luxúria”, com o ápice no refrão que juntou todo mundo para cantar “Luxúria me estraga, me torna menos de mim”.

Crédito: Instagram/@festivaltura

Em outro momento da apresentação, o artista improvisou rimas no melhor estilo free style. Ideias, comentários, presente e lembranças do passado estiveram presentes em cada uma das letras, incluindo manifestações políticas contra o atual governo.

A fofura e leveza do Lagum

Sabe aquele toque de diversão, leveza e descompromisso? Pois bem, o pop alternativo da banda mineira caiu mesmo no gosto da plateia, fazendo todo mundo dançar – não importa o jeito, o que vale é se expressar e liberar muita energia. “Quem não gosta de música assim?”, brincou o vocalista em determinada altura da apresentação.

“É sinistro estar ao lado dessas pessoas, poder participar dessa cultura atual brasileira, com vários artistas diferentes, todo mundo se comunicando entre si. É um privilégio para nós estar no meio dessa galera, fazer história em um festival como esse”, celebrou o guitarrista Otavio Cardoso à todateen logo após o show.

Crédito: Instagram/@festivaltura

Ao final do ano passado, os meninos trouxeram o álbum “MEMÓRIAS (de onde eu nunca fui)” que, além de chegar em homenagem a Breno Wilson, mais conhecido como Tio Wilson, baterista que faleceu em 2020, trouxe uma ideia de tudo aquilo que eles não viveram nos últimos tempos, justamente diante da pandemia.

“Em músicas como “Ninguém me ensinou”, a gente trata de um jovem adulto, que ainda está tentando entender o seu lugar no mundo e tem suas preocupações, suas nóias e está tentando encontrar um caminho para passar por tudo isso”, explica Pedro Calais sobre o impacto que o projeto causou. Não é a toa que o single viralizou, né?

“Em cada álbum, nós tentamos sempre descontruir algo que já fizemos e eu acho que essas músicas são outros passos, a caminho de outras coisas, buscando uma carreira de longevidade, sólida, e é isso que a gente fez no ‘Memórias’”, completou.

A magia de Duda Beat

Magia. É com essa palavra que definimos o show da Duda que teve a noite caindo, o horizonte ganhando um toque alaranjado e a lua dando as caras. Um cenário perfeito para que a pernambucana apresentasse um repertório equilibrado com singles do segundo disco e claro, hits gravados anterioramente como “Bixinho” e “Jeito de Amar”.

No pós-show, a todateen também viu de pertinho o quanto aquela energia presente em cima do palco, também acompanha a artista fora de cena. “Eu acho que posso definir toda essa recepção em um único sentimento: emoção. Eu sinto que com os dois anos de pandemia, com todo mundo afastado, o reencontro é muito emocionante para os dois lados. Eu vejo essa evolução, essa caminhada, essa retomada de uma forma muito positiva, muito bonita e, ao menos eu, fico muito emocionada. Todo show que eu faço saio meio assim, sabe, respirando fundo, muito feliz”, confessou.

Crédito: Instagram/@festivaltura

Quando despontou no Brasil, Duda era considerada uma aposta da nova MPB. Hoje, ela carrega o status de uma diva pop e comenta, com a alegria, sobre ser uma referência. “Eu faço música popular brasileira e faço pop, e os dois estão ali, juntinhos, emaranhado. Eu me sinto muito muito feliz de ter começado um movimento, de ser referência para novos cantores, principalmente no que diz respeito a fazer o que quer, o que gosta nas canções. Eu acho que esse é o legado que eu quero deixar para a nova geração que me acompanha: ‘Poxa, a Duda fez o que ela queria, não seguiu fórmulas e está aí, e eu também posso’. Então eu me sinto muito honrada em ter aberto esse caminho”.

Emicida encerrando a noite com chave de ouro

Se o dia começou incrível, terminou ainda melhor. Emicida encerrou o primeiro circuito de apresentações do festival com chave de ouro. Só para se ter ideia, logo nos versos iniciais de “A Ordem Natural das Coisas”, a plateia berrava a letra junto ao cantor.

Assim como em outros festival que já acompanhamos por aqui, o rapper indicou músicos que influenciaram essa busca com variedade musical. Wilson das Neves, Letieres Leite e Pixinguinha, por exemplo, foram homenageados com imagens e diversas citações. A famosa flauta transversal também deu um toque especial à apresentação de “Carinhoso”.

Crédito: Instagram/@festivaltura

Um dos momentos mais aguardados pelo público foi certamente em “AmarElo”, quando a voz de Belchior surge para dizer que “ano passado eu morri, mas este ano eu não morro”. Poxa, é difícil segurar a emoção.

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