O esperado
“Ouvi, uma vez em um seriado de tevê de que gostava muito que o melhor do beijo é esperar por ele. Na hora, achei apenas uma frase bonita, dessas que causam efeito. Tempos depois, entendi e concordei totalmente. O que aconteceu foi que estava conversando com um conhecido que não via há tempos. Não éramos amigos, mas tínhamos muitos assuntos em comum. Assim, a conversa rolou legal. Sentia que um certo clima pintava, mas, cautelosa como sempre, achei que era coisa da minha cabeça. A conversa continuava e, no meio de uma frase, meu ‘amigo’ solta um ‘Quero beijar sua boca’ e continua a conversa. Achei que eu havia ouvido errado e fiquei na minha. No final da noite, não queríamos nos separar. Então, ele me puxou pra pertinho e ganhei o primeiro de muitos beijos incríveis. Amanheceu, fui pra casa e sonhei, claro, com o beijo. Parecia que eu ainda estava lá, com ele. Até hoje, de vez em quando, me pego pensando neste dia…”, Juliana, 15 anos.
Paixão de criança
“A gente tinha vivido aquele amor de criança, daquele tipo que se gosta de ficar junto, mas não rola nada, nenhum beijo, nada. Muito tempo, mas muito tempo mesmo depois, nos encontramos em uma boate. Rolava só flashback, talvez isso tenha ajudado, pois, pelo menos eu, me sentia voltando no tempo. A música lenta começou e passamos a dançar juntinhos. Nem me lembrava mais de quanto tempo fazia que eu não dançava de rostinho junto com alguém. Senti um beijo quente e gostoso no pescoço. Senti um arrepio. O beijo foi caminhando, chegou no queixo, passou para o cantinho da boca… Os arrepios aumentaram, o coração parecia parado, só esperando… Ganhei um beijo lento, quente, úmido, daqueles que vão crescendo devagar, ficando intensos… e daqueles que não acontecem só na boca, mas no corpo todo, já que as maõs passeiam, sem malícia, mas preocupadas em acarinhar… Sentimos que nossa misão estava cumprida. O beijo que não rolou na infância e, que talvez, nem fosse ser tão gostoso, aconteceu e foi incrível!”, Letícia, 22 anos.
E um que não rolou, mas marcou
“Existem beijos que imaginamos e, quando acontecem, nos frustram, pois são totalmente diferentes do que imaginamos. Aí, um balde de água fria parece ter caído na cabeça. Porém, existem beijos que não acontecem e que a gente, de vez em quando, pensa neles. É gostoso, pelo menos, eu acho gostoso, ficar imaginando como seria ter beijado o menino que era tão amigo, tão amigo, mas que olhava de modo diferente, que fazia o coração parar por alguns minutos. Por falta de maturidade, de coragem, de tudo junto, a hora do beijo passou. Ele não vai rolar mesmo, mas o gostinho de como poderia ter sido fica na imaginação e, muitas vezes, preenche os momentos de solidão, quando nenhum namorado pinta no horizonte. Beijos que não foramtambém podem ser inesquecíveis”, Fabiana, 17 anos.
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