Após o lançamento de Frozen, em 2013, a Disney se viu em sérios apuros de entregar um trabalho que ao menos se equiparasse ao que o fenômeno congelante havia feito: um filme de princesa, mas que conversasse com o público dos novos tempos. Felizmente, Moana – Um Mar de Aventuras, é um filme tão bem estruturado e pensado quanto seu antecessor.
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A trama de Moana (dublada pela estreante Auli’i Cravalho of Oahu, de apenas 14 anos) é situada em um antigo mundo no Pacífico Sul e mostra a busca de uma brilhante jovem em terminar a missão que antigos ancestrais de seu povo não acabaram. No caminho, ela encontra o semideus Maui (Dwayne Johnson) e, juntos, no mar aberto, encontram com diversas criaturas e muita ação.
Giphy – “Eu sou Moana”
O longa se mostra bastante seguro desde o início, fazendo o espectador imergir naquele mundo, mostrando lendas, monstros e heróis, sendo bastante feliz em nos apresentar a personalidade da personagem desde o início; Moana é uma princesa, mas é um princesa que sabe o que quer, que mesmo com deveres não deixa de sonhar e mostra o peso dos sonhos versus realidade. Diferente de Frozen, a protagonista não é pessimista: quando se trata do assunto, Moana procura sempre ver a metade meio cheia do copo.
Apesar de ser completamente baseado na Jornada do Herói (um tipo de roteiro que vemos em todos os filmes de ação e aventura, desde Harry Potter e Jogos Vorazes, até Star Wars) e trazer diversos clichês do gênero, o filme se aprofunda em mostrar como a Moana pode ser forte, fazer o que quer e manter o respeito pela família e amigos e ainda assim ter suas inseguranças, além de claro, ser uma princesa.
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O filme também é bastante feliz em abordar que somos nós mesmos que nos sabotamos na maioria das vezes, que podemos causar o mal quando irritados e que o bem é nossa escolha, podendo remediar as coisas por nós mesmos.
Outro acerto é mostrar uma princesa tão diversa e nos apresentar uma nova cultura sem cair na forma didática, o filme não te pega pela mão e te diz o que pensar, Moana é o tipo de animação que dá margem para pensar sobre diversas coisas. O filme também brinca com os próprios estereótipos do gênero e usa o sarcasmo na dose certa para fazer rir, quebrando momentos que você acreditaria já saber o que ocorreria apenas pelo histórico da empresa.
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Com um visual incrível, personagens cativantes, números musicais e uma mensagem maravilhosa, a gente não sabe se o filme vai repetir o sucesso que Elsa e Anna fizeram, mas, certamente, vai cativar o público pela forma com que nos mostra o peso da independência, da força, da responsabilidade e do amor em nossas vidas. Vale para qualquer idade e fica a lição de que sempre vamos ser os responsáveis por nossos atos e decisões que tomemos.
P.S.: Tem cena pós-crédito e é hilária.
Nos cinemas em 5 de janeiro, não vai perder essa aventura, né?
Texto: Denis Lira
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